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O site do INEAc disponibiliza aqui o artigo "Os estudos policiais nas ciências sociais: um balanço sobre a produção brasileira a partir dos anos 2000", escrito pelas pesquisadoras vinculadas ao INCT InEAC Jacqueline Muniz, antropóloga, cientista política e especialista em segurança pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), Haydee Caruso, professora Adjunta III do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília; e Felipe Freitas (UnB) . O artigo foi publicado na Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais. Para ler o artigo acesse o site da ANPOCS http://anpocs.com/index.php/universo/acervo/biblioteca/periodicos/bib/bib-84/11103-os-estudos-policiais-nas-ciencias-sociais-um-balanco-sobre-a-producao-brasileira-a-partir-dos-anos-2000/file
Se preferir faça o download do artigo aqui no próprio site do INCT INEAC e boa leitura!
Reproduzimos no nosso site o artigo UNIVERSIDADE PÚBLICA SOB AMEAÇA, publicado no Jornal O GLOBO, na edição de quinta-feira, 3 de maio de 2018; e escrito pelos antropólogos e pesquisadores do INCT INEAC Fábio Reis Mota e Roberto Kant de Lima.
Os ataques às universidades públicas não ocorrem somente através da diminuição drástica no orçamento que impacta em pesquisa, extensão, inovação e formação de recursos humanos essenciais para o crescimento sustentável do país. Elas também são atacadas sorrateiramente por grupos de direita e extrema-direita que visam a retroagir no tempo e transformar a universidade em um lugar permeado por dogmas, preconceitos e ideias pasteurizadas.
Segmentos radicais da sociedade, que pretendem empregar as instituições públicas em prol de seu proselitismo religioso particularista, planejaram, de antemão, uma intervenção em uma unidade da Universidade Federal Fluminense, caracterizada por sua laicidade e respeito a opiniões divergentes. O incidente, noticiado na grande mídia e em redes sociais, ocorreu no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da UFF (ICHF) e eleva a questão da liberdade de expressão a um nível muito mais alto, pois traz para dentro da universidade pública o proselitismo religioso fundamentalista — que deve ser apenas um sujeito de estudos das Ciências Sociais e, nunca, um fator constrangedor, nem aliciador, pois, por sua natureza, trata-se do lugar de opiniões sectárias fundadas em opiniões e convicções, e não em argumentos científicos.
A liberdade de expressão, já há muitos séculos, tornou-se um patrimônio inestimável das democracias modernas, assegurando que crenças religiosas diversas e antagônicas, opções sexuais e diferenças de opiniões coexistissem de forma legítima no espaço público.
Os horrores do colonialismo e da Segunda Guerra Mundial resultaram na formulação de um conceito de liberdade no qual o uso comedido das palavras e discursos e o reconhecimento da dignidade do outro, bem como a limitação das paixões, fossem as principais molas propulsoras desse sentimento de liberdade. Como se diz: liberdade não significa libertinagem, pois o gozo dela exige a consideração e o respeito ao outro, fundamentado no princípio da igualdade entre todos os diferentes seres humanos, delimitador da liberdade de todos.
As características emprestadas ao nosso espaço público — a de que o público é tido como o lugar de “todos”, logo de ninguém, podendo, portanto, ser apropriado particularizadamente — acentuam ainda mais essa confusão feita entre liberdade de expressão e uso indiscriminado da opinião fundada em concepções dogmáticas e preconceituosas, que ferem o sentido da universidade, qual seja: abrigo da diversidade em um ambiente de igualdade dos diferentes.
Fabio Reis Mota e Roberto Kant de Lima são professores do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFF
O curso de bacharelado em Segurança Pública e Social da UFF realiza, nessa quarta dia 2 de maio de 2018, dentro do tema Diálogos entre Antropologia e Direito, a palestra "A presunção da inocência em perspectiva comparada" , com o professor Marco Aurélio Gonçalves Ferreira, coordenador da graduação de Segurança Pública e Social da UFF . A atividade faz parte da disciplina Antropologia do Direito II, da professora Luciane Patrício. A palestra terá início às 18 horas, na sala 3 do prédio do Instituto Biomédico da UFF
O site do INEAc disponibiliza aqui o artigo "O sistema de justiça criminal na perspectiva da antropologia e da sociologia", escrito pelos sociólogos Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUCRS) e Jacqueline Sinhoretto (UFSCar), publicado na Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais . Para ler o artigo acesse o site da ANPOCS http://anpocs.com/index.php/universo/acervo/biblioteca/periodicos/bib/bib-84/11104-o-sistema-de-justica-criminal-na-perspectiva-da-antropologia-e-da-sociologia/file .
Se preferir faça o download do artigo em "baixar anexos", aqui no próprio site do INCT INEAC e boa leitura !
A Assessoria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (AFiDE/UFF) em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) realizou no último dia 26 de abril de 2018, o Seminário “Desafios e perspectivas: Ações Afirmativas e o Sisu 2018-1”. O Seminário teve o objetivo de reunir docentes, técnico-administrativos e discentes que atuaram nas bancas de verificação realizadas no âmbito do SiSU - 1º semestre de 2018.
A equipe do LEMI - Laboratório Estúdio Multimídia do INEAC registrou o evento e o nosso Canal no youtube, disponibiliza vídeo. Para assistir basta acessar o link https://www.youtube.com/watch?v=ZK2Zkk7dAv0&feature=youtu.be
A UNIVERSIDADE FEDERAL PÚBLICA E LAICA SOB ATAQUE
Hoje, mais uma vez, a laicidade da Universidade Pública Federal no Brasil foi atacada.
Segmentos radicais da sociedade, que pretendem empregar as instituições públicas em prol de seu proselitismo religioso particularista planejaram, de antemão, uma intervenção em uma unidade da Universidade Federal Fluminense caracterizada por sua laicidade e respeito a opiniões divergentes, desde que assentadas em fatos e teorias academicamente comprovados.
É claro que o contexto em que isso se configura é no embate político de uma eleição para Reitor (dita consulta, nas Universidades Federais) em que os ânimos se aquecem e os argumentos fundamentados se confundem, eventualmente, com as assertivas partidárias de um e de outro lado. No final desse embate, haverá um vencedor, que seguirá constrangido pelo espírito universitário, a respeitar os princípios básicos sobre os quais a Universidade Pública brasileira se erige: laicidade, qualidade, gratuidade e excelência.
Mas o incidente hoje ocorrido no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da UFF (ICHF) eleva esta divergência de opiniões a um nível muito mais alto, pois traz para dentro da Universidade Pública o debate religioso fundamentalista, que deve ser apenas um sujeito de estudos das ciências sociais e, nunca, um constrangedor, nem aliciador, de opiniões sectárias fundadas em emoções e opiniões e não em argumentos científicos.
A maneira premeditada, comprovada através das mídias sociais, com que essa agressão foi consumada merece atenção e repúdio de todos os brasileiros preocupados com a educação superior e com a laicidade que essa educação merece, desde a instituição da República brasileira no século XIX. Mais que isso, deve servir de estímulo para preservar a Universidade de pregações ideológicas, que proponham soluções autoritárias para bloquear o desenvolvimento dos processos republicanos e democráticos pelos quais tem passado nosso país. É necessário persistir nas tradições laicas que constituíram nosso passado republicano e rejeitar veementemente os laivos fascistas que episodicamente contaminaram nossas instituições de governo, sempre derrotados pelas tradições democráticas prevalecentes, das quais a Universidade Pública, laica, gratuita e de qualidade é um referencial inabalável.
Roberto Kant de Lima e Fabio Reis Mota – pelo Comitê Gestor do InEAC
EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DO INEAC
Jornalista Claudio Salles
Bolsista Bruna Alvarenga
ineacmidia@gmail.com