As pesquisas empíricas e discussões teóricas desenvolvidas têm como eixo a comparação entre as formas de administração institucional daqueles conflitos considerados “menores”, produto de relações de proximidade (vizinhança, parentesco, afinidade, amizade) e daqueles crimes classificados pelo campo jurídico como “macrocriminalidade” ou “crime organizado”.
Multidisciplinar
A perspectiva deste Instituto é de caráter multidisciplinar. Participam grupos e pesquisadores de disciplinas como Antropologia, Sociologia, História, Criminologia, Ciência Política e Direito.
As formações e especialidades diversas dos pesquisadores envolvidos permitem combinar técnicas e instrumentais de pesquisa característicos, mas não exclusivos, de distintas disciplinas.
Metodologia
São utilizadas metodologias que priorizam tanto o tratamento qualitativo, quanto quantitativo dos dados produzidos.
Busca-se a combinação de ambos os tipos de tratamento da informação entendendo que a sistematização quantitativa e a análise qualitativa se complementam de forma a fornecer interpretações mais aprofundadas e confiáveis.
A pesquisa qualitativa permite problematizar as informações quantitativas no que diz respeito tanto a sua produção, como a sua utilização, uma vez que tais dados só ganham sentido e relevância quando contrastados com a observação das interações e das demandas sociais em nível local, assim como com a análise dos discursos e das práticas dos agentes encarregados da elaboração e implementação das políticas públicas que, direta ou indiretamente, interferem nas formas de administração institucional dos conflitos.
A organização e sistematização quantitativa dos dados fornecem uma dimensão mais geral e contextual dos dados produzidos a partir das técnicas qualitativas presentes no trabalho de observação de campo, característico, principalmente, da etnografia, na Antropologia.
Caráter Comparativo
Este INCT-InEAC abrange a realização de pesquisas e a produção de conhecimento nos Estados de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e do Distrito Federal.
As análises também estão sustentadas na comparação com os estudos de pesquisadores situados na Argentina, Alemanha, França, Portugal e Canadá. Além disso, a perspectiva comparativa se baseia nas diversas experiências internacionais dos pesquisadores responsáveis pelo Instituto, em diferentes universidades de países como Estados Unidos, França, Portugal, Angola, Argentina e Canadá.