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O site do InEAC reproduz aqui matéria do do Jornal O Fluminense sobre o debate, que contou com a participação de pesquisadores vinculados ao InEAC, na Câmara Municipal de Niterói, sobre a possibilidade de se armar a Guarda Municipal de Niterói .
Especialistas discutem armamento da Guarda
O plenário da Câmara Municipal de Niterói recebeu, na noite da última segunda-feira, um debate, promovido pelo vereador Leonardo Giordano (PCdoB), sobre o armamento da Guarda Civil Municipal, cujo plebiscito sobre a questão, proposto pela prefeitura, ocorre no dia 29 deste mês.
“Gostamos da ideia de que existam consultas e que haja democratização das decisões na cidade. No entanto, discordamos da ideia de que a consulta que Niterói precisa seja especificamente esta”, disse Giordano, que se declarou totalmente contra o “aumento do número de armas das ruas”.
No intuito de ampliar a consulta, o vereador encaminhou, à prefeitura, através de indicação legislativa, outras dez perguntas a serem incluídas no plebiscito, como a gratuidade no transporte público, a implementação do orçamento participativo na cidade, a regularização do comércio ambulante noturno, e a substituição das grades das praças por guardas-municipais fixos.
Para a antropóloga Ana Paula Miranda, coordenadora do curso de especialização em Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), a medida de armar a categoria é perigosa.
“A Guarda Municipal e a segurança pública devem ser para todos os cidadãos de Niterói, e não apenas a uma parcela da cidade que, por sua posição, tem poder de voz e de reclamação. Certamente, os moradores de bairros como o Barreto e o Fonseca, que são os mais que sofrem com a violência, têm muito a dizer sobre essa medida”, opinou.
A opinião da especialista foi corroborada pela também antropóloga e professora do Departamento de Segurança Pública da UFF, Luciane Patricio, que disse que armar a guarda seria uma tentativa de se municipalizar a segurança, competência do Governo do Estado.
“Como produzimos a ideia de que mais segurança se produz somente com mais policiamento, negligenciamos a precariedade jurídica das Guardas, que já fazem policiamento e já possuem o resguardo de se armarem, conforme seu estatuto prevê. No entanto, estudos apontam que, com mais armas nas ruas, mas vitimização ocorre. É preciso saber também a posição dos agentes”, defendeu.
Além de especialistas na área, o encontro contou com a participação de aproximadamente 100 pessoas, entre eles os vereadores Sandro Araújo (PPS), Talíria Petrone e Paulo Eduardo Gomes (ambos PSOL).
NOTA DE REPÚDIO
A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense (PPGA/UFF) vem a público emitir uma nota de repúdio à reportagem publicada no jornal Gazeta do Povo, na edição do dia 4 de outubro de 2017, sob o título Em universidade federal, doutorado sobre orgias gays tem “participação especial” de autor. Em meio à plêiade de juízos de valor que atravessam a reportagem – contrariando, inclusive, a própria deontologia do fazer jornalístico, que preconiza o compromisso ético-profissional com valores, tais como a imparcialidade no tratamento dos fatos –, o jornalista Gabriel de Arruda Castro apresenta um sem-número de posicionamentos tendenciosos e questionamentos infundados acerca do objeto, dos resultados e da metodologia empregada na pesquisa que serviu de base empírica para o trabalho sobre o qual discorreria em seu texto. A pretexto, porém, de discutir a tese de doutorado do jovem antropólogo Victor Hugo de Souza Barreto, defendida há cerca de um ano pelo PPGA/UFF, sob o título Festas de orgia entre homens: territórios de intensidade e socialidade masculina, a reportagem traz um enquadramento que claramente extrapola o referido objeto. O seu foco, decerto, não se atém à tese em si que, diga-se de passagem, aborda competentemente uma temática complexa, de difícil trato e que, ainda hoje, costuma ser encarada como tabu em diversos círculos sociais (inclusive no jornalístico e no acadêmico). O alvo, ao que tudo indica, seria um tanto maior, ultrapassando não só a dissertação, a tese, o PPGA/UFF, a EDUFF, como a própria UFF.
Em meio à propalada "crise" econômica vivida no País e à consequente escassez de recursos públicos para a ciência, tecnologia e educação, uma vetusta tese acerca da produção do conhecimento parece ressurgir, ganhando novíssimo fôlego e, pode-se dizer, uma nova roupagem que, travestida pela gramática do politicamente correto, evoca algumas conhecidas noções como “utilidade”, "custos" e “serventia”. Nesse sentido, múltiplas vozes se arvoram a definir as temáticas que devem ser pesquisadas, classificando os seus objetos como mais ou menos nobres, o que, entre outras consequências, acirra as bizantinas disputas por financiamento entre as diferentes áreas do saber. No que concerne a essas disputas, não há como deixar de considerar o papel cumprido pelo jornalismo, posto que, como bem sabemos, a mídia é um dos mais importantes atores de construção social da realidade. Entre outras razões, isso se deve ao fato de que, ao difundir informações sobre determinados acontecimentos, ela lhes empresta visibilidade, contribuindo, de modo decisivo, para a formação da opinião pública a seu respeito. É claro que, ao fazerem isso, os seus agentes não operam como meros informantes do que se passa no mundo, mas também como seus intérpretes que, como tais, têm interesses, ocupam posições, fazem escolhas, definem prioridades e produzem enquadramentos do real. É isso o que revela, entre outras, a supracitada reportagem, cujo autor já se posicionou em defesa da adoção de um critério de relevância como justificativa para o aporte de recursos para pesquisas no Brasil, sustentando, inclusive, que as ciências exatas devem ser privilegiadas, em detrimento das humanidades, porque “gera[m] empregos de alta remuneração, fortalece[m] a indústria nacional e aumenta[m] o grau de inovação tecnológica, o que tem um efeito multiplicador sobre a economia”.
Contaminado pelo viés utilitarista, o jornalista demonstra ser detentor de um total desconhecimento acerca da a história das Ciências, assim como sobre os múltiplos impactos promovidos pela produção das chamadas Humanidades na promoção de tecnologias e inovações sociais que são tidas como caras às sociedades contemporâneas. Ao que tudo indica, a combinação do utilitarismo com um manifesto moralismo, temperada por uma certa obtusidade, constitui a razão última de sua resistência à realização de trabalhos como os de Victor Hugo de Souza Barreto, eufemisticamente classificados na reportagem como "pouco ortodoxos". Mais que "pouco ortodoxos" ou heterodoxos, pode-se afirmar que a dissertação de mestrado e a tese de doutorado de Victor Hugo são, por definição, trabalhos heréticos. E é desejável que assim o sejam! Perfeitamente alinhado com a perspectiva weberiana de uma "eterna juventude" das Ciências Sociais, o conhecimento antropológico não é, não deve ser e, no limite, não pode ser elaborado de forma dogmática. Suas "verdades" não se pretendem absolutas, nem definitivas. São, ao invés disso, passíveis de discussão, divergências, discordâncias, reapropriações e reformulações. Esse espírito crítico está e sempre esteve presente em toda a história da Antropologia, fazendo-se notar, inclusive, no contexto de institucionalização da disciplina, em meados do século XIX, quando seus precursores ergueram uma importante crítica às então hegemônicas teorias poligenistas, segundo as quais a diversidade seria fruto de uma desigualdade natural entre os homens, o que contribuiu para justificar práticas etnocêntricas diversas, tais como o racismo, a escravidão, os genocídios, etc.
Com isso, queremos assinalar a necessidade de que, de uma vez por todas, suplantemos os ranços medievais que, de tempos em tempos, vêm à tona nos debates envolvendo a produção do conhecimento, no Brasil e alhures. Objetivamos, pois, ressaltar a nossa concepção de que o conhecimento nunca se mostrou capaz de avançar significativamente enquanto, por qualquer razão, pesquisadores se viram constrangidos a fazer mais do mesmo. É, por meio da adoção de posturas inovadoras, ousadas e arrojadas que os avanços acontecem (ainda que aos arrepios dos setores conservadores e reacionários...). Por isso mesmo, diante da iminência da mais pálida ameaça que, porventura, se lhes apresente, faz-se imperativo que todos nós, interessados na produção de um espaço público plural, heterogêneo e democrático, nos coloquemos em estado de alerta e retomemos a seguinte questão: afinal, para que serve (e a quem serve) o conhecimento?
Niterói, 9 de outubro de 2017.
Edilson Márcio Almeida da Silva
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense (PPGA/UFF)
Fábio Reis Mota
Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense (PPGA/UFF)
Na próxima terça-feira, dia 10 de outubro de 2017, a Fundação de Economia e Estatística promove o Painel “Indicadores e desafios para uma política de segurança pública no RS”. A atividade marca o lançamento de mais uma edição da Revista Indicadores Econômicos FEE e contará com a participação do pesquisador vinculado ao InEAC, Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo, professor da PUCRS, que irá proferir a palestra cujo tema é “Elementos para uma política de segurança cidadã no RS”.
A publicação trimestral divulga análises socioeconômicas de caráter conjuntural, no âmbito das economias gaúcha, nacional e internacional.
Um dos textos desta edição é de autoria de Daiane Boelhouwer Menezes e Vitoria Gonzatti de Souza (pesquisadoras da FEE), que apresentam o estudo durante o painel da próxima semana, na sede da FEE (Rua Duque de Caxias, 1691 – Centro/POA).
O painel inicia às 14h, no auditório da Fundação. Não é necessário se inscrever antecipadamente e haverá emissão de certificados aos participantes.
“Legalização e Criminalização das Drogas Recreativas. Quem ganha e quem perde com a liberação?”, esse é o tema do painel do Ciclo de Debates Acadêmicos Inter & Transdisciplinares promovido pelo Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica da Faculdade de Direito de Valença (FDV).
O debate será coordenado pelo Professor Gabriel Borges que receberá como palestrante o pesquisado do InEAC Professor Marcos Veríssimo que é Doutor em Antropologia Social e Especialista em Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e recentemente teve sua pesquisa de doutorado “Maconheiros, fumons e growers: um estudo comparativo de consumo e do cultivo caseiro de canábis no Rio de Janeiro e em Buenos Aires” citada no STF pelo Ministro Luis Roberto Barroso no RecursoExtraordinário 635659/SP que aborda o tema da legalização.
LOCAL: Centro de Ensino Superior de Valença (CESVA/FAA)
DATA: 11 DE OUTUBRO DE 2017.
HORÁRIO: 17h as 18h30min.
SALA: 103, Bloco A.
Organização do Evento: Professor Daniel Nunnes, Coordenador do Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica da Faculdade de Direito de Valença (FDV).
As inscrições serão promovidas no dia e será atribuída hora de atividades complementar para os alunos.
Nessa sexta dia 6 de outubro de 2017 a EDUFF, editora da Universidade Federal Fluminense, lança o livro "VAMOS FAZER UMA SACANAGEM GOSTOSA ?", escrito pelo antropólogo Vitor Hugo de Souza Barreto. A obra é baseada no estudo etnográfico minucioso que realizou em saunas de prostituição masculina na cidade do Rio de Janeiro, o antropólogo trata do universo do mercado do sexo e suas peculiaridades, com relatos que vão desde a ambientação do local até a forma como os programas são negociados entre cliente e garotos de programa.
O lançamento ocorrerá às 19 horas, na livraria da Travessa, 97, rua Voluntários da Pátria, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.
Com promoção do Ministério Público Federal (MPF) acontece, em Porto Alegre (RS), na terça dia 17 de outubro, das 15h às 18h, a mesa temática "Lei de Drogas: balanço de uma década". A atividade contará com a participação do pesquisador do InEAC Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo, doutor em Sociologia e pós-doutor em Criminologia. Além dele também participarão Ana Luisa Chiodelli von Mengden, procuradora regional da República (MPF) e mestre em Direito; Luciane Marques Raupp, doutora em Saúde Pública; Rafael Francisco França, delegado da Polícia Federal e mestre em Ciências Criminais; e Ao final das explanações, haverá espaço para debate com o público.
O evento integra a programação do projeto Diálogos com a Academia e ocorrerá no auditório da Procuradoria Regional da República da 4ª Região (Rua Otávio Francisco Caruso da Rocha, 800, Praia de Belas, Porto Alegre).
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até 15 de outubro neste link: http://www.mpf.mp.br/regiao4/formularios/dialogos-com-a-academia-mesa-te....
Aceita-se a doação de um quilo de alimento não perecível, destinado ao projeto PF das Ruas, que serve almoço, nos sábados, a pessoas em situação de vulnerabilidade. As vagas são limitadas e destinam-se ao público em geral.
Programação detalhada e currículo dos palestrantes: http://www.mpf.mp.br/regiao4/sala-de-imprensa/noticias-r4/inscricoes-abe...
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/187709865106353
EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DO INEAC
Jornalista Claudio Salles
Bolsista Bruna Alvarenga
ineacmidia@gmail.com