Roberto Kant de Lima
Publicado na revista ISTO É
InEAC na Mídia
Lenin Pires
Publicado no Jornal O Globo
O site do INCT INEAC disponibiliza aqui a entrevista do antropólogo Roberto Kant de Lima para Revista Evidência, nº 25.
Evidência é uma publicação digital organizada por profissionais ligados às ciências forenses.
Evidência entrevistou o Dr. Roberto Kant de Lima, Coordenador do INCT-InEAC - Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (www.ineac.uff.br). Confira a seguir.
O Senhor entende como sendo importante a cooperação científica entre as universidades e os Laboratórios Forenses? Quais as vantagens para ambas as instituições?
Extremamente importante. Tanto para a criação e desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias cientificas stricto sensu, como para a criação, desenvolvimento e reprodução de tecnologias sociais. Estas últimas, destinadas principalmente a, através de etnografias, acompanhar a produção, circulação e consumo dos trabalhos dos peritos. Ambas as colaborações visam não só estreitar os laços entre a pesquisa de excelência da universidade e as instituições governamentais, mas adicionar melhor qualidade e quantidade de serviços públicos prestados à sociedade, tanto pela perícia, como pela universidade.
Recentemente o senhor teve um projeto aprovado em edital da FAPERJ sobre ciências forenses. Poderia falar um pouco sobre esse projeto e sobre sua relevância?
Sim, intitula-se “Produção, circulação, uso e consumo do laudo pericial no fluxo criminal: tecnologias, impactos e inovação da perícia técnico-científica na construção da verdade jurídica em casos de letalidade violenta” e quando mencionei acima a questão das tecnologias sociais empregadas na produção, circulação e consumo dos serviços periciais, me referia exatamente a alguns dos produtos previstos nele. Note-se que não é um projeto “sobre “ a perícia, mas “com” a perícia. Neste sendo o esforço é conjunto na produção de resultados. A metodologia é fundamentalmente etnográfica, em que os observadores e seus interlocutores interagem no campo do trabalho pericial, partilhando de suas experiências. Mas também estamos interessados no exame dos laudos e nos regramentos de várias instituições sobre as condições e critérios de sua produção. Também faz parte da pesquisa identificar, analisar e interpretar a circulação desses laudos: para onde vão, quem os recebe, quais são as reações e representações que os outros agentes do sistema de justiça têm sobre eles. E, finalmente, como são consumidos pelos magistrados, que são, em nosso sistema, os destinatários finais de todos os atos e peças processuais, visando sua persuasão. Resumidamente, trata-se de acompanhar a produção, circulação e consumo dos laudos periciais em casos de morte, especialmente as intencionais, e classificadas como homicídio doloso.
O senhor é um reconhecido pesquisador na área de Antropologia “Social”. Tradicionalmente, os Institutos médico legais apresentam setores dedicados à Antropologia “Biológica” que tem aplicações diretas em casos investigações de homicídios e desaparecimentos forçados, em geral. Como a Antropologia “social” pode contribuir para a ciência forense e, em especial, para a investigação de crimes?
Como eu disse acima, há vários exemplos dessas contribuições. Eu mesmo, tornei-me conhecido porque fiz uma etnografia do sistema de justiça criminal da cidade do Rio de Janeiro na década de 80, tendo parte deste material se tornado minha tese de doutorado no exterior, que foi publicada em forma de livro, do qual recentemente lancei a 3ª edição (2019). Posteriormente, ve a oportunidade de realizar semelhante trabalho, junto à polícia e ao sistema judiciário dos EUA, em Birmingham, Alabama e em San Francisco, California. A metodologia da Antropologia contemporânea não é a comparação por semelhança, como é a do Direito Comparado, e, mesmo da Ciência Política e da Sociologia em sua maioria. Comparamos diferentes sistemas exatamente por suas diferenças e é este contraste que nos permite “estranhar” o nosso próprio sistema. Por isso, ve vários insights sobre nosso sistema de justiça criminal bastante originais. Posteriormente. acabei por criar, juntamente com meus colegas, linhas de pesquisa em cursos de pós-graduação em Antropologia e em Direito, que resultaram na formação de gerações de pesquisadores que se envolveram com o estudo etnográfico das práticas jurídicas no Brasil e no exterior. No Brasil, principalmente, a etnografia é a única forma de identificar, conhecer e explicitar as práticas dos sistemas de justiça. Isso porque a doutrina jurídica está voltada para definições do “dever ser”, e não do que atualmente acontece. E as leis, como sabemos, não têm interpretações consensuais sobre sua aplicação, havendo mesmo duas ideias de igualdade jurídica vigentes em nosso sistema: uma, escrita em nossa Constuição, que reza que “todos são iguais perante a lei”, isto é, os diferentes cidadãos têm os mesmos direitos; este disposivo, no entanto, é aplicado segundo a regra práca de que “a regra da igualdade é quinhoar de desigualmente os desiguais na medida em que se desigualam”. De acordo com esta regra práca, só os semelhantes têm os mesmo direitos e os diferentes têm direitos desiguais. Isso naturaliza a aplicação desigual, não uniforme da lei, a casos semelhantes, pois ela frequentemente varia de acordo com o status dos envolvidos e não de acordo com os atos comedos. Pesquisas deste po contribuem para um conhecimento mais acurado das formas de aplicação de nosso direito e podem, eventualmente, levar a sua melhor compreensão e aperfeiçoamento. Afinal, não se pode melhorar o que não se conhece...
Este esforço culminou na aprovação de um projeto, em 2009, que criou o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC – www.ineac.uff.br). Hoje, 13 anos depois, continuamos a pertencer a este seleto grupo de INCTs, centros de excelência na realização de pesquisas, formação de quadros e transferência dos produtos das pesquisas para a sociedade. São ao todo 104 INCTs, em todas as áreas do conhecimento, que foram financiados para continuar trabalhando nas fronteiras da Ciência, Tecnologia e Inovação. O nosso INCT-InEAC hoje está presente em 6 unidades da federação e em sete países, além do Brasil, onde mais de 100 pesquisadores e mais de 200 pesquisadores em formação na graduação, no mestrado e no doutorado das áreas de antropologia, sociologia, ciência políca, história, comunicação, direito e psicologia, realizam pesquisas de caráter etnográfico sobre o sistema de justiça e sobre seus efeitos nas sociedades. Por meio dele, criamos um curso de graduação em segurança pública na UFF (presencial); um curso de tecnólogo em segurança pública (a distância, via convênio UFF/CEDERJ) destinado pelo MEC a profissionais de segurança pública; e um curso de mestrado acadêmico em Justiça e Segurança, todos reunidos em uma Unidade de Ensino, o Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (IAC/UFF), que tem o mesmo nome da rede internacional. Desta maneira, estamos transferindo o conhecimento produto das pesquisas de excelência realizadas para o público interessado. O INCT-InEAC, além de nosso site acima mencionado, também tem programas de divulgação e educação cienfica na área de administração de conflitos através de nossos canais no Youtube, Instagram, Facebook e Twier . Também publicamos, além de argos cienficos,coleções de livros com dissertações, teses e coletâneas realizadas por pesquisadores do InEAC. Uma dessas Coleções, intulada “Conflitos, Direitos e Sociedade”, publicada pela Editora Autografia, tem já 56 tulos publicados, que estão disponíveis no site da editora, inclusive em forma de e-book.
Para o senhor, qual a importância da perícia oficial para a segurança pública?
A perícia oficial pode ter importância crítica para a elucidação de eventos, desde que seja bem-feita, com padrões de qualidade contemporâneos e seja considerada pelos demais agentes da segurança pública e da justiça criminal com o respeito e o valor que merece. Só realizar a perícia não é suficiente para que ela produza efeitos, ela precisa ter legitimidade junto ao sistema de justiça criminal para produzir efeitos consistentes com seus resultados. No Brasil, historicamente, existe um princípio, do “livre convencimento movado do juiz”, que lhe confere poder, inclusive, de desconsiderar os resultados da perícia. Por outro lado, o próprio Direito brasileiro, não sendo uma ciência social aplicada (embora assim seja classificado pelas agências de fomento), tem relações ambíguas com o conhecimento cienfico, com frequência instrumentalizando-o de acordo com os interesses mais imediatos dos agentes e operadores. É preciso muito trabalho ainda para que este quadro se reverta. Esperamos, sinceramente, juntamente com os peritos, contribuir para o aperfeiçoamento dos recursos materiais e humanos encarregados da produção, circulação e consumo dos produtos periciais para fortalecimento e maior eficácia de suas atividades .
As docentes Ana Paula Miranda, do Programa de Pós-graduação em Antropologia e do Mestrado Acadêmico em Justiça e Segurança, e Jacqueline Muniz, do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (IAC), ambas também pesquisadoras vinculadas ao INCT/INEAC, receberam nessa terça, dia 06 de dezembro de 2022, o Prêmio Marielle Franco. Na ocasião, 47 defensores e defensoras de direitos humanos foram homenageados, tendo em vista o desenvolvimento de ações de promoção, valorização e defesa de direitos no estado do Rio de Janeiro.
No caso da professora Ana Paula Miranda, o reconhecimento é fruto do seu trabalho na esfera estadual, no período de 2003 a 2008, como diretora do Instituto de Segurança Pública. À época, foi responsável por coordenar diferentes iniciativas na área de segurança e ainda organizar o dossiê da mulher. Soma-se a isso, o desenvolvimento de pesquisas no âmbito da UFF sobre a defesa dos povos tradicionais de matriz africana, a vitimização de trabalhadores e o direito de acesso à energia, em parceria com a Enel, e, por fim, o projeto sobre terreiros, o Ginga UFF.
Para a professora Jacqueline Muniz, o prêmio Marielle Franco é uma forma de produção e preservação da memória, da resistência e das lutas diárias por pertencimento, reconhecimento e direitos que constroem, garantem e ampliam a nossa cidadania, no dia a dia das favelas e dos asfaltos. “Este prêmio é uma construção solidária e partilhada de um sentido de igualdade e liberdade que afirma as diferenças e busca superar as desigualdades e as exclusões. Tenho orgulho de participar e de ser contemplada, pois meu trabalho como professora, pesquisadora, gestora pública na área de segurança pública e direitos humanos tem se pautado para a produção do conhecimento ao alcance de todos e da política que se faz com compaixão, sentindo a dor dos outros", afirma a antropóloga.
Além de reconhecer a atuação de todos os coletivos, organizações e pessoas, o prêmio é uma forma de destacar a relevante atuação em direitos humanos de Marielle Franco, tanto no fortalecimento da pauta dos direitos das mulheres, da população LBGTI, da negritude e da favela. O mês escolhido para a entrega da premiação é simbólico e em alusão ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado em 10 de dezembro.
A cerimônia de entrega do Prêmio aconteceu no no Plenário Lúcio Costa, na ALERJ - Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro .
Acontece no próximo dia 12 de dezembro de 2022, ás 14h, no IAC -Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos, o Seminário de Encerramento da II Feira de Ciências "Conflitos e Diálogos na Escola". A atividade será transmitida pelo LEMI - Laboratório de Estudos Multimídias do INCT/INEAC pelo link
MESA 1 - https://www.youtube.com/watch?v=AFHpBekqTME
MESA 2 - https://www.youtube.com/watch?v=lpI8PtaeuBI
A Feira de Ciências Conflitos e Diálogos na Escola busca aproximar Universidade e alunos e professores do ensino médio de escolas públicas estaduais do Rio de Janeiro, buscando trabalhar a educação científica a partir de temas relacionados aos processos de administração de conflitos em ambientes escolares. Ela integra um esforço do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Instituto Nacional de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC/UFF) em construir uma linha de pesquisa que procure analisar de que maneira os conflitos estão presentes e são administrados no espaço escolar.
Segue abaixo a programação do evento:
Mesa 1 – Comissão Avaliadora Externa – 14 horas
Mediação: Yuri Motta – doutorando em Sociologia e Direito pela UFF.
José Resende - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. – Professor Catedrático da Universidade de Évora – participação remota
Bruno Dionísio - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. – Professor Auxiliar da Universidade de Évora - participação remota
Jorge Paes - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. – Doutor em Sociologia e Direito pela UFF e Diretor da Regional Baixada Litorânea da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro – participação presencial
Mesa 2 – Balanço Geral do Evento e Entrega dos Resultados – 16 horas
Barbara Lisboa Pinto - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. – Doutorado em História pela UFF, professora da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro - participação presencial
Lumárya Souza de Sousa - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. – Doutoranda em Comunicação pelo PPGCOM/UFF; Membro do Laboratório de Investigação em Ciência, Inovação, Tecnologia e Educação (Cite-Lab) - participação remota
Thaiane Moreira de Oliveira - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. – Superintendência de Comunicação Social (UFF); Professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCOM/UFF); Coordenadora do Laboratório de Investigação em Ciência, Inovação, Tecnologia e Educação (Cite-Lab) – participação presencial
Roberto Kant de Lima - Professor Titular de Antropologia - UFF/UVA
Coordenador do NEPEAC/INCT-InEAC - Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos/PROPPi/UFF - participação presencial
A Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) realizou o evento "Tradição do ensino jurídico – representações de uma pedagogia do poder”, presencialmente, no Auditório Desembargador Paulo Roberto Leite Ventura (Rua Dom Manuel, 25, 1º andar, Centro do Rio).
No encontro, promovido pelo Fórum Permanente de Inovação do Poder Judiciário e do Ensino Jurídico, pelo Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas e Acesso à Justiça (Nupejaj) e pelo Núcleo de Pesquisa em Direito Comparado (Nupedicom), foi lançado o livro de Hector Luiz Martins Figueira, de título homônimo ao do evento: "Tradição do ensino jurídico – representações de uma pedagogia do poder”.
Com transmissão pelas plataformas Zoom e YouTube ( https://www.youtube.com/watch?v=saWMdWyyhWs) , o encontro foi aberto pelo vice-presidente do Fórum e coordenador do Nupedicom, desembargador Carlos Gustavo Direito.
Palestraram os professores Hector Luiz Martins Figueira, assessor acadêmico de publicações e pesquisas da EMERJ; Solange Ferreira de Moura; Cláudia Lima Marques, diretora da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); e Augusto Niche Teixeira.
Nessa quarta-feira, dia 30 de novembro, a Universidade Federal Fluminense lança o Catálogo de Tecnologias Sociais - edição 2022. O evento acontece presencialmente, às 14h, na Torre Nova (3º andar), do Instituto de Física, e conta com a participação dos coordenadores, vice-coordenadores e integrantes dos 14 projetos incluídos neste ano.
O Catálogo é uma realização da Coordenação de Inovação e Tecnologias Sociais, vinculada à Agência de Inovação da UFF (AGIR) e teve sua primeira edição em 2017. A publicação de 2022 reúne 95 experiências de tecnologia social desenvolvidas pela comunidade universitária da instituição e destaca os projetos elaborados durante o período de isolamento social causado pela pandemia por COVID-19. Nesse caso, o uso e a popularização das tecnologias de informação e comunicação permitiram que muitas atividades que antes eram realizadas presencialmente fossem adaptadas ao universo online, à distância.
O Catálogo de Tecnologias Sociais tem como objetivo reunir experiências de tecnologia social, em curso, em fase piloto ou já finalizadas, desenvolvidas pela UFF por meio dos seus docentes, estudantes ou técnicos administrativos. Com isso, busca produzir registro e memória, além de dar publicidade às experiências, fruto de projetos de ensino, pesquisa, extensão e/ou inovação, desenvolvidos a partir do encontro entre os saberes da universidade e da sociedade, e que tem como objetivo o desenvolvimento social.
As tecnologias sociais apresentadas no Catálogo estão reunidas em 9 subgrupos: Metodologias e Ferramentas Didáticas Inovadoras, Valorização e Preservação da Memória Cultural, Jogos, Geração de Renda, Acesso a Direitos e Cidadania, Inovação e Saúde, Formação de Recursos Humanos e Intervenção Social, Redes e Políticas Públicas e Projetos Piloto.
O evento, além de acontecer presencialmente, também será transmitido no canal do Youtube do Instituto de Estudos em Administração de Conflitos (INEAC) : https://www.youtube.com/watch?v=0vU_7oUJoaE .
Para mais informações e conferir as edições do Catálogo, acesse http://tecnologiasocial.uff.br/
Confira a programação
14h – Abertura Institucional
Profa. Dra. Andrea Brito Latge – Pró-Reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação – PROPPI
Prof. Dr. Ricardo Leal – Diretor da Agência de Inovação – AGIR
Profa. Dra. Luciane Patricio – Coordenadora de Inovação e Tecnologias Sociais – AGIR
14h30 – Anúncio dos projetos catalogados em 2022
GRUPO 1 - Metodologias e Ferramentas Didáticas Inovadoras
Escolas saudáveis e sustentáveis: conectando produção e consumo de alimentos conscientes
Coordenadora: Profa. Dra. Patricia Camacho Dias
Vice Coordenadora: Kamilla Carla Bertu Soares
Ferramenta tecnológica para formação de merendeiras no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar
Coordenadora: Profa. Dra. Daniele da Silva Bastos Soares
Vice Coordenadora: Profa. Roseane Moreira Sampaio Barbosa
Desenvolvendo a acessibilidade para Surdos em museus itinerantes
Coordenadora: Profa. Dra. Lucianne Fragel Madeira
Vice Coordenadora: Alessandra Teles Sirvinskas Ferreira
GRUPO 2 - JOGOS
HPV-Quiz: Jogo android sobre HPV para educação em saúde de adolescente universitário
Coordenador: Prof. Dr. Jorge Luiz Lima da Silva
GRUPO 3 - VALORIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA CULTURAL
Preservação e digitalização de filmes amadores fluminenses
Coordenador: Prof. Dr. Rafael de Luna Freire
GRUPO 4 - GERAÇÃO DE RENDA
Mãos que criam - costura para decoração
Coordenadora: Profa. Dra. Marcia Marques de Queiroz Carvalho
GRUPO 5 - INOVAÇÃO E SAÚDE
Programa de telemonitoramento de hipertensos resistentes do hospital universitário no contexto da Covid-19
Coordenadora: Profa. Dra. Dayse Mary da Silva Correia
Vice-coordenador: Prof. Dr. Ronaldo Altenburg Odebrecht Curi Gismondi
GRUPO 6 - Formação de Recursos Humanos e Intervenção Social
Educação interprofissional no campo da saúde e baseada na comunidade
Coordenadora: Profa. Dra. Francelise Pivetta Roque
Vice-Coordenadora: Profa. Dra. Priscila Starosky
Curso de Extensão Antirracismo e as mobilizações profissionais do campo do direito
Coordenadores:
Prof. Pedro Heitor Barros Geraldo
Profa. Ana Paula de Oliveira Sciammarella
Prof. Carlos Vitor Nascimento dos Santos
Joel Luiz Costa
Juliana Sanches Ramos
Djefferson Amadeus
Formação em Agroecologia e Mercado Institucional Público para agricultores familiares urbanos
Coordenadora: Profa. Dra. Roseane Moreira Sampaio Barbosa
Vice-Coordenadora: Profa. Dra. Daniele Mendonça Ferreira
GRUPO 7 - Popularização e Democratização da Ciência e da Tecnologia
Política na Escola: Ensino e Prática em Ciência Política
Coordenadora: Profa. Dra. Mariele Troiano
Vice-Coordenador: Prof. Dra. Ricardo Bruno Ferreira
Ciência & Saúde UFF: capacitação e minicursos on line via Youtube e rede colaborativa
Prof. Dr. Jorge Luiz Lima da Silva
Profa. Claudia Maria Messias
GRUPO 8 - EXPERIÊNCIAS PILOTO
Consumo Consciente, Mercado Social e Tecnologia da Informação
Coordenadora: Profa. Suenya Santos da Cruz
Mental Fog App: aplicativo para identificação de sinais de nuvem mental
Coordenador: Prof. Dr. Jorge Luiz Lima da Silva
Já está disponível a edição de número 6 da Revista francesa MAUSS de ciências Sociais .
Se os defensores da diferença exigem igualdade e reconhecimento por ela, eles exigem o impossível”, escreveu o antropólogo Louis Dumont em 1984 em seus Essays on Individualism. Ele estava certo? É realmente impossível conciliar igualdade e alteridade? Entre culturas, entre raças, entre sexos, gêneros, indivíduos, etc. ?
Este número da Revue du Mauss, na sequência do anterior, dedicado à guerra das identidades contemporâneas, propõe-se a questionar esta tensão e a defender, apesar de tudo, este casal impossível. Em que sentido somos – ou deveríamos ser – “alterações iguais”? Uma questão antropológica – onde se repetem os conflitos entre universalismo e relativismo – mas também uma questão filosófica e sociológica. Ambos teóricos e terrivelmente concretos. Eminentemente político.
Política das identidades ou política da não identidade? A alternativa pode não ser tão clara. E se a (velha) busca por identidades não estivesse, de fato, sendo esgotada em prol de uma “nova busca pela alteridade”? Como então pensar as condições para uma convivência resolutamente “alterófila” (e convivialista), baseada na liberdade de “dar” e de se reconhecer mutuamente? E não é isso que nos cabe hoje levar todos... à distância?
Para leitura em francês acesse o link http://www.journaldumauss.net/?La-Revue-du-MAUSS-no60-Alterite-Egalite-Plaidoyer-pour-un-couple-impossible
Acontece a partir dessa terça. 15 de novembro de 2022, pelo modo virtual o Congresso Internacional "Igreja e Inquisição no Contexto Global, séculos XVI - XVIII". Novos Problemas, Abordagens e Metodologias. Este evento totalmente virtual será nos dias 15, 16, 17 e 18 de novembro de 2022 e contará com a participação da historiadora Lana Lage (UFF), pesquisadora vinculada ao INCT/INEAC, na mesa “La persecución de la solicitación en el contexto de la Reforma Tridentina de la Iglesia en Brasil del siglo XVIII”. A apresentação da professora Lana Lage terá início ás 15 horas, no horário de Brasília.
O Prêmio UNB de Pós Graduação escolheu esse ano a dissertação “O que colhe quem planta? Uma etnografia da produção de provas em processos de aposentadoria por idade rural nos Juizados Especiais Federais” de autoria de Jordi Othon Mourão Martins Correa Angelo e orientação de Luís Roberto Cardoso de Oliveira PPG: Direito. Deixamos aqui registrado as nossas congratulações pela excelente pesquisa e a premiação.
Acontece, entre 8 e 11 de novembro de 2022, o IV Simpósio Internacional de Antropologia entre o Legal e o Ilegal, promovido pelo LAESP (Laboratório de Estudos sobre Conflito, Cidadania e Segurança Pública da UF). O evento será na sede do IAC/UFF, que está localizada no Campus Valonguinho da Universidade Federal Fluminense, no Centro de Niterói.
IV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ANTROPOLOGIA ENTRE O LEGAL E O ILEGAL
DIA 8/11/22
MESA DE ABERTURA
9h - Mesa de lançamento Andrea Latgé - Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação Roberto Kant de Lima - Coordenador do INCT-InEAC Pedro Heitor Barros Geraldo - Diretor do IAC Lenin Pires - Coordenador do Evento Fernando Rabossi - Coordenador do Evento
https://www.youtube.com/watch?v=xxFq-8lZkqo
CONFERÊNCIA DE ABERTURA
10 h - Conferência de abertura José Cláudio Souza Alves- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro https://www.youtube.com/watch?v=xTNu4qV5j7E
Painel 1 – DISPUTANDO A ORDEM
14h - Painel 1: Disputando a ordem Mapeamento dos grupos armados: reflexões sobre o subterrâneo da política Daniel Hirata - Depto de Sociologia - Universidade Federal Fluminense Um só ou vários PCC's? Algumas considerações sobre a ideia de "facções nacionais" Karina Biondi - Universidade Estadual do Maranhão Da facção à milícia aos grupos armados: considerações introdutórias sobre a variação entre os dispositivos criminais Antonio Rafael Barbosa - Depto de Antropologia da UFF Operações policiais e suas injunções no controle armado de territórios e de mercados dos ilegalismos Lenin Pires - LAESP/InEAC
https://www.youtube.com/watch?v=4FdClyarpaM
DIA 9/11/22
Painel 2: Nas fronteiras entre o legal e o ilegal
9h - Painel 2: Nas fronteiras entre o legal e o ilegal (I) Chácharas y ropas usadas. Contrabando y comercio de mercancías globalizadas en la frontera de Texas y Monterrey Efren Sandoval- Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropologia Social (México) Cruzamentos entre o legal e o ilegal em uma fronteira sitiada: Pedro Juan Caballero-Ponta Porã Juan Martens- Universidad Nacional de Pilar/INECIP/Conacyt (Paraguay) Extracción y comercio de esmeraldas: de las veredas colombianas hacia las vitrinas globales Johanna Andrea Parra Bautista- Universidad Nacional del Rosario (Colombia) O legal e o ilegal na tríplice fronteira entre Brasil, Colombia e Peru José Lindomar Albuquerque - Universidade Federal de São Paulo Metaforas y relatos sobre frontera y criminalidade - Notas sobre processos de sujeción criminal mediatizados Maria del Rosario Millán - IESyH/UNaM/CONICET/FHyCS
https://www.youtube.com/watch?v=tAX-k0CXEvI
Painel 3: Etnografias e processos de mudanças nos ilegalismos
14h30 - Painel 3: Etnografias e processos de mudanças nos ilegalismos "La proliferación de estafas a través de plataformas financieras digitales en la Argentina" Maria Soledad Sanchez - Universidad de Buenos Aires “Minha família é o bicho: a relações entre as disputas familiares de banqueiros do jogo do bicho e milícias para o domínio político-econômicos da contravenção Rômulo Labronici - LAESP/InEAC/UFF Assaltos contra instituições financeiras em cidades pequenas e médias também, chamados de "novo cangaço" Jânia Perla Diógenes Aquino- Laboratório de Estudos da Violência, Universidade Federal do Ceará Cuando los sectores médios (i) legalizan: pugnas em torno al acceso a la vida Mariano Perelman - Universidad de Buenos Aires
https://www.youtube.com/watch?v=_wPErqrKd14
Painel 4: As fronteiras entre a política e a economia entre o legal e o ilegal
17h - Painel 4: As fronteiras entre a política e a economia entre o legal e o ilegal Notas sobre ilegalismos y gubernamentalidad Ángel Vivanco y Lucas Gutiérrez- ZEM/IESyH/UNaM/CONICET/FHyC "Um empréstimo gracioso": um estudo de caso sobre a fronteira entre o legal e o ilegal no mercado de objetos culturais brasileiro Clarissa Reis Guimarães- Universidade Federal do Rio de Janeiro "Quem não deve não tem": as intricadas relações entre camelôs e agiotas em uma localidade na região metropolitana do Rio de Janeiro Thiago José Aguiar da Silva- PPGSD/ Universidade Federal Fluminense
https://www.youtube.com/watch?v=4b2Pa-lYgjI
DIA 10/11/22
PAINEL 5
9h Painel 5: Enquadramentos, relatos e territórios Da propriedade intelectual à circulação: o novo foco de incidência da atuação corporativa Fernando Rabossi- Universidade Federal do Rio de Janeiro Lugares de luz: um relato sobre insegurança, soberania e direitos em disputa a partir de projetos de desenvolvimento urbano na cidade de Joanesburgo, África do Sul (apresentação remota) Elizabete Albernaz - Universidade de Witwatersrand (Johanesburgo) Precariedades contemporáneas en un barrio popular de Montevideo Marcelo Rossal - Universidad de la República (Uruguay) Regimes de governança das prisões: pensando a partir de Pernambuco José Luiz Ratton, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
https://www.youtube.com/watch?v=wx-8Ymb93Ek
PAINEL 6
14h - Painel 6: Imagem, ação e Segurança Pública A cara pública do segredo - antropologia das investigações policiais Brigida Renoldi - ZEM/IESyH/UNaM/CONICET/FHyCS “A segurança como um esquema”: percepções e expectativas de jovens com a polícia militar nos subúrbios carioca. Eduardo de Oliveira Rodrigues - LAESP/InEAC/UFF Segurança Pública e Democracia: a experiência pública e democracia Ernesto Isunza- Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social (México) Monitorando as operações policiais no Rio de Janeiro Carolina Grillo - GENI/Universidade Federal Fluminense
https://www.youtube.com/watch?v=8yaSk0g2sCw
Conferência de encerramento
17h - Conferência de encerramento Roberto Kant de Lima Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos INCT-InEAC/UFF
https://www.youtube.com/watch?v=1QhdndKK6OU
18h30 -
Mesa de encerramento - Lenin Pires Fernando Rabossi Brigida Renoldi Efren Sandoval
https://www.youtube.com/watch?v=iVAUEqXGpVg
DIA 11/11/22
14h - Reunião da Rede de Antropologia entre o Legal e o Ilegal (REALI)
Faço o download de toda a programação do evento nos PDFs em anexo.
O Núcleo de Estudos do Oriente Médio da Universidade Federal Fluminense realiza, nos próximos dias 3 e 4 de novembro de 2022, o Seminário internacional Política e Religião no Oriente Médio e Norte da África que será realizado de forma 100% online e transmissão pelo canal do Youtube do INCT/INEAC.
Confira abaixo a programação e mais informações:
Seminário internacional Política e Religião no Oriente Médio e Norte da África
Dias: 03 e 04 de novembro (quinta e sexta-feira)
Horário: 15h
Local: Transmissão pelo canal do INCT INEAC no Youtube.
Link: https://www.youtube.com/c/InEAC
Programação:
Apresentação (03/11): Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto (NEOM-UFF)
Mesa 1 (3/11): Política e Religião no Norte da África
• Bruno Ferraz Bartel (UFPI/NEOM-UFF)
Título da apresentação: Os sufis de "Sua Majestade": cooptação e formas de adesão à monarquia marroquina.
• Francisco Freire (CRIA/Universidade NOVA de Lisboa)
Título da apresentação: Areias movediças: política e religião no noroeste africano.
• Silvia Montenegro (CONICET/Universidad Nacional de Rosario)
Título da apresentação: Novos discursos sobre a diversidade cultural no Marrocos e políticas nativas de autenticidade entre negros Gnawa do deserto marroquino.
Mesa 2 (4/11): Política e Religião no Oriente Médio
• Guilherme Di Lorenzo (PUC-MG)
Título da apresentação: O Conflito Sectário no Oriente Médio sob a Perspectiva da Ciência Política.
• Leonardo Schiocchet (Austrian Academy of Sciences)
Título da apresentação: Ritualização e Religiosidade em Campos de Refugiados Palestinos no Líbano
• Liza Dumovich (NEOM-UFF)
Título da apresentação: “Que Deus ajude a Turquia”: Religião e Nacionalismo entre mulheres muçulmanas turcas no exílio.
• Rodrigo Ayupe (NEOM-UFF; PUC-MG)
Título da apresentação: Sectarismo e Sectarização no Líbano Contemporâneo
EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DO INEAC
Jornalista Claudio Salles
Bolsista Bruna Alvarenga
ineacmidia@gmail.com