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As docentes Ana Paula Miranda, do Programa de Pós-graduação em Antropologia e do Mestrado Acadêmico em Justiça e Segurança, e Jacqueline Muniz, do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (IAC), ambas também pesquisadoras vinculadas ao INCT/INEAC, receberam nessa terça, dia 06 de dezembro de 2022, o Prêmio Marielle Franco. Na ocasião, 47 defensores e defensoras de direitos humanos foram homenageados, tendo em vista o desenvolvimento de ações de promoção, valorização e defesa de direitos no estado do Rio de Janeiro.
No caso da professora Ana Paula Miranda, o reconhecimento é fruto do seu trabalho na esfera estadual, no período de 2003 a 2008, como diretora do Instituto de Segurança Pública. À época, foi responsável por coordenar diferentes iniciativas na área de segurança e ainda organizar o dossiê da mulher. Soma-se a isso, o desenvolvimento de pesquisas no âmbito da UFF sobre a defesa dos povos tradicionais de matriz africana, a vitimização de trabalhadores e o direito de acesso à energia, em parceria com a Enel, e, por fim, o projeto sobre terreiros, o Ginga UFF.
Para a professora Jacqueline Muniz, o prêmio Marielle Franco é uma forma de produção e preservação da memória, da resistência e das lutas diárias por pertencimento, reconhecimento e direitos que constroem, garantem e ampliam a nossa cidadania, no dia a dia das favelas e dos asfaltos. “Este prêmio é uma construção solidária e partilhada de um sentido de igualdade e liberdade que afirma as diferenças e busca superar as desigualdades e as exclusões. Tenho orgulho de participar e de ser contemplada, pois meu trabalho como professora, pesquisadora, gestora pública na área de segurança pública e direitos humanos tem se pautado para a produção do conhecimento ao alcance de todos e da política que se faz com compaixão, sentindo a dor dos outros", afirma a antropóloga.
Além de reconhecer a atuação de todos os coletivos, organizações e pessoas, o prêmio é uma forma de destacar a relevante atuação em direitos humanos de Marielle Franco, tanto no fortalecimento da pauta dos direitos das mulheres, da população LBGTI, da negritude e da favela. O mês escolhido para a entrega da premiação é simbólico e em alusão ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado em 10 de dezembro.
A cerimônia de entrega do Prêmio aconteceu no no Plenário Lúcio Costa, na ALERJ - Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro .
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EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DO INEAC
Jornalista Claudio Salles
Bolsista Bruna Alvarenga
ineacmidia@gmail.com