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Claúdio Salles

Claúdio Salles

Terça, 13 Setembro 2022 15:23

Seleção de Doutorado PPGAS/UnB

 

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília - PPGAS/UnB - está com inscrições abertas para Seleção de Doutorado para ingresso de estudantes em março/2023.

 

Doutorado - inscrições de 5 de setembro a 5 de outubro de 2022

 

Em breve informações sobre a Seleção de Mestrado

 

Os Editais de Seleção estão disponíveis no site:

http://dan.unb.br/pt/junte-se-a-nos/processos-seletivos/abertos

 

NOTA DE FALECIMENTO
PROFa. MARIA STELLA FARIA DE AMORIM
(26/01/1936 – 11/09/2022)

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense – PPGA-UFF lamenta profundamente o falecimento da Profa. Maria Stella Faria de Amorim, ocorrido ontem, dia 11 de setembro de 2022. Ao longo de seis décadas de experiência profissional como pesquisadora, professora, autora, conselheira e gestora, Stella Amorim atuou de modo brilhante nos campos disciplinares da Antropologia, da Sociologia, das Ciências Sociais e do Direito, integrando em diferentes posições os quadros da Universidade do Brasil (1963-1967), do IFCS-UFRJ (1967-1993), do ICHF-UFF (1978-1989), da Universidade Gama Filho – UGF (1978-2014), da Fundação Darcy Ribeiro (1996 até o presente), do INCT-InEAC (2009 até o presente), da Universidad de Buenos Aires – UBA (2009-2011), da Universidade Nova de Lisboa (2010) e da Universidade Veiga de Almeida – UVV (2014 até o presente). Com seu alto rigor acadêmico, destacada competência, bom humor e pensamento crítico marcante, contribuiu para a formação de várias gerações de profissionais, muitos deles hoje professores, tendo participado de diversas bancas examinadoras, projetos institucionais, missões de trabalho, seminários, mesas redondas, cursos e outras atividades do PPGA-UFF desde a sua criação. O velório será realizado amanhã, dia 13 de setembro de 2022, na capela 6 do Cemitério São João Batista, em Botafogo - RJ, das 12h às 15h. Nossos sentimentos a familiares, amigos, colegas, orientandos, alunos e alunas da Profa. Stella Amorim.

 

O que esperar da política de segurança pública em 2023?
Especialistas do Instituto Sou da Paz, Fogo Cruzado e Universidade Federal Fluminense analisam os planos de governo dos candidatos mais bem colocados nas pesquisas .

O site do INCT/INEAC reproduz aqui matéria da Revista CARTA CAPITAL (https://www.cartacapital.com.br/politica/o-que-esperar-da-politica-de-seguranca-publica-em-2023/) publicada nessa segunda-feira 12/9/22 e que conta com a participação do antropólogo Lenin Pires , pesquisador vinculado ao INCT/INEAC .

 

POLÍTICA
O que esperar da política de segurança pública em 2023?
Especialistas do Instituto Sou da Paz, Fogo Cruzado e Universidade Federal Fluminense analisam os planos de governo dos candidatos mais bem colocados nas pesquisas

POR CAMILA DA SILVA 

 

Apesar de uma leve e desigual redução no número de mortes violentas intencionais, o Brasil ainda convive com episódios preocupantes de violência extrema. Nos últimos anos, foram simbólicos o massacre na favela do Jacarezinho, a execução em câmara de de gás de Sergipe, e os assassinatos do indigenista Bruno e do jornalista Dom Phillips.

Também preocupa a disparada no número de armas em circulação no País. Segundo dados obtidos pelos institutos Igarapé e Sou da Paz, o número de armas registradas 

no País chegou a 1 milhão. Só na região amazônica, o aumento foi de 700%. O cenário revela a fragilidade dos arranjos institucionais da segurança pública no país e impõe desafios ao próximo ocupante da cadeira presidencial.

Para analisar os destaques das propostas dos candidatos e como eles pretendem mudar este cenário, CartaCapital convidou Cecília Olliveira, diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado e ​​especialista em tráfico de armas e drogas; Lenin Pires, antropólogo, professor do Departamento de Segurança Pública e diretor do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos da Universidade Federal Fluminense e Carolina Ricardo, advogada, socióloga e diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.

CartaCapital: Há pontos em comum nos planos. Um deles é a implementação do Sistema Único de Segurança Pública, o SUSP. Qual sua importância para diminuição dos indicadores de violência?
Cecília: O Sistema Único de Segurança Pública foi criado em 2018 com o objetivo de preservar a ordem pública e a integridade das pessoas e do patrimônio, através da atuação conjunta dos órgãos de segurança pública nas esferas Federal, Estadual e Municipal.  A principal função do SUSP é proporcionar o compartilhamento de informações entre os órgãos de segurança pública. A integração das forças de segurança sob a mesma governança permite uma padronização de dados, integração tecnológica e de inteligência em informações e operações. Isso gera maior eficiência para que o sistema opere de forma mais eficaz na prevenção da violência e no controle qualificado da criminalidade.

 

Lenin: Um episódio que contaminou o SUSP foi a intervenção federal no Rio de Janeiro. Você tem na prática aquilo que seria um Sistema Único de Segurança Pública para integrar atividades de profissionais civis na prática, por um lado, por conta do que aconteceu no Rio de Janeiro e por outro lado a emergência explícita das Forças Armadas no cenário federal fez com que esta integração seja muito mais pensada dentro dessa coisa ostensiva, do que na questão da inteligência. 

O que fragilizou bastante as fronteiras, permitindo evidentemente o aumento de tráfico de drogas e tráfico de armas, entre outras formas de contrabando. Evidentemente, os decretos do governo Bolsonaro permitiram uma circulação inconstitucional de que também contribuíram bastante para isso, porque hoje os contrabandistas têm formas de legitimar suas ações, mas sobretudo na fragilidade das polícias federais. 

A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal — esta, inclusive, passou a atuar ostensivamente em qualquer lugar do País, não só cuidando das das rotas, mas buscando o maior protagonismo nacional urbano. Então diria que essa coisa da integração foi deturpada pela ênfase da guerra às drogas e à ostensividade.

CC: Qual a efetividade da tecnologia para prevenção e investigação de crimes? O que merece ser destacado?
Cecília: Não existe bala de prata na segurança pública e muitas vezes a tecnologia é tomada como uma solução mágica. E não é, O uso de no combate ao crime organizado é, sem dúvida, uma ferramenta indispensável para construir políticas de fiscalização da fronteira, rastreio e monitoramento de armas e munições, interceptação das rotas do tráfico internacional de drogas que cortam o país, monitoramento do garimpo ilegal na Amazônia comandada por grupos criminosos e para solucionar homicídios.

Mas as ferramentas tecnológicas estão sujeitas ao uso – não raro político – que se faz delas e às escolhas que fazemos enquanto sociedade. Para avaliar o impacto de uma tecnologia com foco em combater a criminalidade, é preciso saber antes quais os quais os objetivos e metas e qual o planejamento por trás do seu uso.

Lenin: ​​Se o uso da força é ostensivo, e muitas vezes abusivos, as tecnologias também vão favorecer isso. No Rio de Janeiro, por exemplo, policiais já começam a organizar a atividade deles de maneira que a bateria das câmeras que eles carregam sejam gastas num contexto onde eles estão aparentemente lidando com o patrulhamento. E, na hora que o sujeito vai lá na favela, acabou a bateria.

 

LULA (PT)


CC: O candidato fala sobre a implementação de diretrizes nacionais e padronização dos procedimentos operacionais, essa é uma medida viável?

Lenin: Olha, não é descartável esse tipo de medida, mas a cultura institucional corporativa é muito mais forte. São profissionais formados a partir de uma pedagogia muito particular, que apostam em mudar o corpo dos profissionais, na socialização  pela extenuação e que colocam a identidade policial num patamar superior ao da população. É muito difícil mudar esse paradigma com “cursinho isolado”. É necessário um programa onde a socialização dos policiais seja feita junto com a população, em cursos de capacitação e extensão.

 

Cecília: Ações voltadas para a valorização do trabalho policial, melhoria nas condições de trabalho e de proteção são sem dúvidas essenciais. Mas elas não resolverão o problema que está arraigado no nosso modo de fazer política de segurança. É preciso investir em planejamento, em informação e inteligência, mas também entender a segurança como parte de algo maior, levando em consideração outras políticas públicas, como as educacionais e sociais.

A segurança não pode ser o último bastião dos problemas sociais, depois que tudo falhou, como é a décadas. Sem ações sistêmicas, focadas, baseadas em evidência e não apenas na letalidade, que muitas vezes ajuda a angariar votos, não veremos uma substancial nesse quadro. 

Carolina: Na proposta do Lula tem cinco pontos específicos de segurança pública, dois deles de valorização do profissional, então parece que a valorização dos agentes será um princípio orientador de todas as políticas.

É um valor importante, assim como um plano de direitos humanos, mas ele é o começo, não é suficiente. E aí quando a gente olha a outra parte [do plano] me parece que teve um esforço de pensar concretamente, de pensar formação e seleção, padronizar  os procedimentos operacionais e abrir diálogo para modernização das carreiras. Mas também é preciso conversar sobre os marcos legais das polícias.

Pelo menos no que foi formalizado, não entrou nada sobre a questão de controle de armas, é muito importante retomar o que está no Estatuto do Desarmamento de manter a proibição do porte de armas.

 

JAIR BOLSONARO (PL)

CC: Bolsonaro apresenta um aumento da população carcerária e apreensão de drogas como resultado positivo de seu mandato. Quais seriam as consequências de mais quatro anos dessa política?

Cecília: A prisão não resolve tudo. Prendemos muito, mas isso não tem tido impacto em nossos índices criminais. Os crimes contra a pessoa somam 11% [das prisões]. Isso significa que os crimes contra a vida, num País que perde em média 50 mil pessoas assassinadas por ano, não tem sido olhados como deveria.

O Fogo Cruzado mapeia tiroteios e disparos de arma de fogo em 3 regiões metropolitanas. Rio de Janeiro, Recife e Salvador. Em Rio e Salvador, apenas em agosto, mapeamos 3 e 6 chacinas, respectivamente.

Em Recife, 91 crianças e adolescentes foram baleadas nesses 8 meses de 2022. Se apenas prender indivíduos resultasse em mais segurança, o cenário seria bem diferente, não? Segurança pública se faz com inteligência, planejamento e participação dos cidadãos. 

Carolina: Eu não acredito que esse é o maior problema do plano dele [mas, sim] quando ele gasta um trecho inteiro falando da importância da preservação e potencialização do exercício da legítima defesa que autoriza o uso da força inclusive com arma de fogo. Ele apostou numa lógica de Segurança Pública que não é uma lógica coletiva da política pública, ele apostou no todos contra todos.

Lenin: Sobre o Bolsonaro, eu quero te chamar atenção para um detalhe. Ele diz que a política que ele vai desenvolver em todos os níveis é para os cidadãos que trabalham. Então, para ele o cidadão é o que trabalha e tem família, ou seja, os moradores de rua, os estrangeiros, as pessoas desempregadas. São 40 milhões de pessoas na informalidade, pelo menos 30 milhões passando fome, ou seja, nessa lógica temos 70 milhões de não-cidadãos, segundo Bolsonaro.

A política dele é toda de reafirmação da repressão, ele já definiu o limite da cidadania e portanto para quem pode ser pensado algum tipo de direito civil. 

CIRO GOMES (PDT)

 

CC: Diferentemente dos outros planos, há destaque ao programa de proteção a crianças e adolescentes ameaçados de morte. Quais os impactos específicos da violência armada contra esse grupo?

Carolina: Há diferentes formas de violência contra às crianças e adolescentes e é muito importante que tenha uma prioridade específica sobre isso como tem no plano do Ciro.

A gente presta atenção na questão da violência armada que tem atingido cada vez mais crianças e adolescentes em contextos vulneráveis de violência à tráfico de drogas, eventualmente os chamados casos das “balas perdidas”.

O programa de proteção a crianças e adolescentes atinge esses casos mais graves e é fundamental que tenham outras políticas que olhem para outros tipos de violência contra às crianças e adolescentes, como a violência doméstica.

Cecília: Em toda a série histórica do Fogo Cruzado, são 1.083 crianças e adolescentes baleados somente nas regiões metropolitanas do Rio, Recife e Salvador somadas. E há ainda o impacto que raramente ganha a devida atenção: operações policiais mal planejadas com muita frequência resultam em escolas fechadas.

Anos atrás, o Nobel de Economia, James Heckman, mostrou que o investimento na primeira infância ―de zero a 5 anos― é uma estratégia primordial para o crescimento econômico: para cada dólar gasto, o retorno financeiro para a sociedade era de seis dólares , com um retorno sobre o investimento de 7 a 10% ao ano. É preciso virar a chave da segurança pública para preservar a infância e planejar nosso futuro. Não existe amanhã sem o hoje.


SIMONE TEBET (MDB)


CC: Como você avalia as propostas principais do plano de recriar o Ministério da Segurança Pública e atualizar o Código de Execução Penal e o Código de Processo Penal?

Carol: [Em relação a alteração da legislação penal] Essa é uma tentativa de dialogar com essa sensação que as pessoas têm da impunidade – que não vem tanto no caso de homicídios, mas fala muito mais da questão do crime patrimonial. As pessoas estão com medo por causa do Pix, de ter o celular roubado. Essas propostas tentam responder a isso. Seria muito mais efetivo fazer uma discussão de gestão das polícias.

Lenin: O programa da Simone Tebet é interessante, o problema é que os pontos estão ancorados numa visão de mundo. Como se, por exemplo, os setores privados tivessem um compromisso com essas mudanças que são necessárias em todos os âmbitos, mas não há nenhuma menção aos direitos civis. 

Em relação a priorização com os ministérios, depende da orientação. Eu acho legal. Assim como o Rio de Janeiro ficou muito mal das pernas sem uma Secretaria de Segurança Pública.

Cecília: O essencial quando se fala em órgãos relacionados à segurança pública no Brasil hoje é notarmos que não existe integração dos dados da segurança pública. Dentre as principais mazelas da segurança, está a falta de um sistema unificado de dados da segurança. Isso é fundamental para criação de políticas públicas efetivas. O que se vê hoje são registros que apresentam significativa variação de qualidade no preenchimento a depender da Unidade da Federação. Para que sejam elaboradas políticas públicas eficazes, antes de tudo deve ser feita uma análise precisa dos fenômenos;

Como fazer isso sem que ocorra a melhoria da qualidade e transparência dos dados de segurança pública? Como saber o real significado da expansão da política de armas se até o Exército que é que habilita colecionadores, atiradores e caçadores diz não saber detalhes dessas armas?

A gente vive um verdadeiro apagão de informações e não tem como dar qualquer passo adiante sem superar esse problema. Para que tenha real dimensão do problema: até hoje não existe integração entre os sistemas do Exército com os de órgãos de segurança pública. Uma das integrações previstas seria a do Sisnar (Sistema Nacional de Rastreamento de Produtos Controlados pelo Exército) com o Sinesp (Sistema Nacional de Informação de Segurança Pública).

O Sinesp é o sistema do Ministério da Justiça e da Segurança Pública que agrega dados de segurança pública e pode ser acessado por policiais estaduais, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Atualmente, ele é a principal ferramenta usada no dia a dia de policiais para o rastreamento de armas. No entanto, não agrega dados do Exército, que é o órgão responsável por registrar armas de CACs, militares das Forças Armadas e policiais. 

 

Camila da Silva
Repórter e Produtora de CartaCapital

 

Comunicado de Falecimento da Professora Maria Stella Faria de Amorim

Na qualidade de coordenador do InEAC cumpre-me a triste tarefa de comunicar o falecimento, hoje à tarde (11/9/22), no Hospital da UNIMED na Barra da Tijuca, da Professora Stella Amorim, pesquisadora, coordenadora de sub-projeto,  membro do Comitê Gestor do InEAC e Coordenadora do NUPIAC/PPGD/UVA.

Logo que receber informações, comunicarei aos colegas detalhes acerca das cerimônias fúnebres.

Roberto Kant de Lima

 

 

 

Sábado, 10 Setembro 2022 23:58

IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO INCT/INEAC

"Direitos, Desigualdades e Ciência - Impactos da pandemia em Perspectiva Comparada" , esse é o tema do IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO INCT/INEAC, que já está com as inscrições abertas e acontecerá entre os dias  25 a 28 de Outubro de 2022, no formato híbrido.

 

FORMATO HÍBRIDO

 

Algumas atividades, como os GTs serão realizadas inteiramente online, porem as Mesas Temáticas e Conferências acontecerão presencialmente, na recém inaugurada sede do IAC, o Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos, no campus do Valonguinho da UFF, com transmissão ao vivo realizada pelo LEMI- laboratório Estúdio Multimídia do INCT-InEAC. 

O IX Seminário é aberto a todas e todos. As mesas e conferências serão transmitidas ao vivo pelo nosso canal no YouTube e também poderão ser assistidas presencialmente no auditório do IAC, no campus do Valonguinho da UFF.

Por outro lado, os GTs não terão transmissão ao vivo e os inscritos deverão acessá-los pela plataforma Zoom, cujos links estarão disponíveis na área dos inscritos no site IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO INCT/INEAC,

É imprescindível que todas e todos que desejem assistir aos GTs estejam devidamente inscritos, bem como para receber os certificados de ouvinte das Mesas e Conferências.

 

Fiquem atentos aos prazos de inscrição do evento e também de submissão de trabalho nos nossos GTs.

 

Mais informações acesse o Site do IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO INCT/INEAC através do link

https://www.ixseminariodoineac.com/

 

 

Já está disponível o quinto livro editado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública reúne 20 capítulos sobre como dados criminais foram sendo produzidos e utilizados no país e conta, a partir do relato de casos e experiências práticas, como questões políticas, teóricas e metodológicas foram sendo tratadas. É um livro que serve tanto como registro sistemático histórico inédito dos papéis políticos e sociais das estatísticas criminais, quanto como descrição dos esforços feitos para que tais dados fossem insumos para a modernização da segurança pública e da atividade policial.

As antropólogas Ana Paula Mendes de Miranda e Jacqueline Muniz, ambas pesquisadoras vinculadas ao INCT/INEAC estão entre os autores dessa publicação.

Para ler "Estatísticas de Segurança Pública: produção e uso de dados criminais no Brasil" faça o download do PDF abaixo em anexo.

 

A equipe do Acervo do INCT/INEAC está organizando o lançamento de livros durante o IX Seminário Internacional do Ineac, e está convidando os pesquisadores do Ineac a participar com sua publicação, desde que tenha sido editada no período 2021 / 2022. 
 
É importante destacar que esse evento ocorrerá no dia 28 de outubro às 18h no Auditório do IAC e será híbrido.
 
Todos os autores que quiserem participar do lançamento presencialmente  ou de forma virtual devem fazer a inscrição até dia 20 de setembro, informando a modalidade e enviar os seguintes dados para
Sonia Castro (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) e Juliana Vinuto (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.):
 
Nome completo, titulo do livro, ano, editora, modalidade de apresentação (presencial ou virtual), coleção-se tiver, e-mail do autor e a foto da capa da publicação e um resumo do livro com até 750 caracteres.
 
Aqueles que forem fazer o lançamento virtualmente, além de fazer a inscrição, devem enviar os seguintes dados para
Sonia Castro (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) e Juliana Vinuto (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.):
 
Nome completo, titulo do livro, ano, e-mail e a foto da capa da publicação, além de  fazer e nos enviarem um vídeo sobre o livro com as seguintes especificações:
 
-Tempo limite de até 3 minutos;
-Prazo para envio: 20/09/2022;
-Gravação pelo celular;
-Formato horizontal;
-Mantenha seu rosto iluminado e visível;
-Cuidado com gravações contraluz;
-Atenção ao áudio;
-Não existe problema com relação ao fundo da gravação;
-Imagens poderão ser acrescentadas ao longo do vídeo, portanto podem nos enviar junto fotos do livro, caso tenham;
 
Qualquer dúvida sobre como gravar o vídeo, podem entrar em contato com o LEMI (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)
 
Em caso de dúvidas sobre o lançamento dos livros, podem entrar em contato com Sonia Castro (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) e Juliana Vinuto (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)
 

O site do INCT-INEAC reproduz aqui o artigo "Da militarização à milicialização das cidades: efeitos de uma política nacional" publicado originalmente no LE MONDE DIPLOMATIQUE https://diplomatique.org.br/da-militarizacao-a-milicializacao-das-cidades-efeitos-de-uma-politica-nacional/ .

O Texto foi escrito por Daniel Hirata (UFF), Jordana Almeida (IPPUR/UFRJ), Lia de Mattos Rocha (UERJ), Maria Júlia Miranda (Defensoria Pública RJ), Orlando dos Santos Junior (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Tarcyla Fidalgo Ribeiro (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Utanaan Reis Barbosa Filho (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Priscila Coli (University of California Berkeley) e Lenin Pires (LAESP/UFF).

 

DIREITO À CIDADE

Da militarização à milicialização das cidades: efeitos de uma política nacional

Os números nos revelam, sem surpresas, um país que promove um crescente genocídio da população jovem negra e que vem ampliando seu cenário de violência social. É clara a contribuição dos discursos presidenciais no sentido de fortalecer essas práticas.

 

Desde o início do governo, o presidente Jair Bolsonaro adotou discursos voltados para a incitação do ódio e da violência no Brasil, com a defesa de aquisição ampla de armas de fogo pela população e utilização de força contra adversários políticos. Mas não se trata apenas de palavras. As políticas do governo Bolsonaro também têm promovido a crescente militarização e milicialização das cidades.

A expressão militarização das cidades, ou urbanização militar, está fundada na abordagem de Stephan Graham[1] e busca dar conta das transformações recentes nas sociedades urbanas, nas quais se percebe que os espaços – envolvendo desde a infraestrutura, os recursos naturais e a população –, tornam-se palco de conflitos militares. Dessa forma, a metáfora da guerra é cada vez mais acionada para descrever a condição das cidades, já em constante batalha contra as drogas, o crime, a insegurança, o terror, e tudo o mais que se constrói enquanto um inimigo a ser combatido.

Já a milicialização pode ser considerada como uma das expressões mais significativas da militarização no contexto periférico brasileiro. Caracteriza-se pelo controle de um grupo armado sobre um território, associado a um modelo de negócios que faz a intermediação de bens e serviços bastante diversificado, envolvendo a segurança púbica, a produção habitacional, serviços de gás, televisão, internet, entre outros. Trata-se, assim, de um fenômeno que opera nas fronteiras, muitas vezes indiscerníveis, entre o legal e o ilegal, o lícito e o ilícito, o formal e o informal, envolvendo aparatos e instituições do Estado.

As milícias, que já foram consideradas um fenômeno carioca, expandiram a atuação para outros territórios no Estado do Rio de Janeiro e também para outras unidades da federação. Expandiram ainda os ramos de negócios nos quais atuam. E, além disso, exportaram esse modelo, cada vez mais adotado por grupos armados que controlam territórios populares mundo afora.

Militarização e milicialização são dimensões do fenômeno dos ilegalismos que atravessam as cidades brasileiras. Neste artigo, destacamos alguns aspectos desse fenômeno, que merecem ser abordados na discussão dos impactos da inflexão ultraliberal sobre o direito à cidade.

 

O crescimento das mortes violentas intencionais e o padrão racial nas mortes decorrentes das intervenções policiais

A política federal de segurança pública tem aprofundado a criminalização da pobreza e o caráter racista do sistema de justiça criminal, como confirmam os dados dos Anuários Brasileiros de Segurança Pública, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) a cada ano.

O ano de 2020 revelou um crescimento de 4% na taxa de mortes violentas intencionais no Brasil em relação a 2019, fazendo com que esta alcançasse a marca de 23,6 por 100 mil habitantes. Quem são as vítimas destas mortes violentas intencionais? Segundo as evidências dos dados compilados no Anuário, os homens, os negros e os jovens são as principais vítimas em todos os tipos de morte violenta intencional. Pretos e pardos foram 77,9% das vítimas desses homicídios, a maioria delas com idades entre 12 e 29 anos. É estarrecedor constatar que a violência é a principal causa de morte entre os jovens.

A gravidade desse quadro também se expressa nos dados relativos à violência policial. Segundo o Anuário, em 2020, os dados sobre morte em decorrência de intervenções policiais atingiram o seu maior número desde que esse indicador passou a ser monitorado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados de 2020 reproduzem o padrão histórico dessas vítimas, constituídas majoritariamente por homens (98,4% das vítimas). Outro aspecto que deve ser destacado é a reprodução do padrão racista institucional das polícias, que vitimizam mais os negros do que os brancos. Em 2020, 78,9% das vítimas de ações policiais eram negras. Ou seja, negros e negras têm 2,8 vezes mais chances de morrer durante uma ação policial do que pessoas brancas.

Os números nos revelam, sem surpresas, um país que promove um crescente genocídio da população jovem negra e que vem ampliando seu cenário de violência social. É clara a contribuição dos discursos presidenciais no sentido de fortalecer essas práticas.

Operações militares em favelas e territórios populares estão se disseminando como um padrão de intervenção das polícias militares em vários Estados da federação, mas o caso do Rio de Janeiro aparece como o principal paradigma. Aqui, a violação de direitos fundamentais durante as intervenções policiais não é excepcional, sendo rotina nas favelas e periferias do Estado a invasão de domicílio, destruição de patrimônio, agressões físicas e verbais, assédio, mortes e execuções sumárias. Sempre posicionado dentre os Estados com maior percentual de mortes decorrentes de intervenção policial na relação com as mortes intencionais violentas, o impacto da atuação das polícias no Rio de Janeiro tem reflexos nacionais, ocupando especial espaço na mídia e nos debates acadêmicos e jurídicos.


Fuzileiros Navais participam de operação de segurança em favela na zona norte do Rio de Janeiro (Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Militarização e milicialização dos territórios e instituições públicas

militarização é um traço estrutural da organização das polícias Militar e Civil, que operam com mecanismos seletivos, reproduzindo e promovendo desigualdades sociais e raciais. De fato, a militarização é um fenômeno de múltiplas dimensões, e é possível observá-lo também em sua dimensão político-institucional. Entre as eleições de 2014 e 2018, o número de representantes eleitos para o Legislativo oriundos das Forças Armadas, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, considerando as Assembleias Legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado, saltou de 18 para 73, segundo levantamento do portal G1, com base nos dados do TSE[2]. Isso significa que o número de policiais e militares eleitos foi quatro vezes maior do que nas eleições precedentes.

A militarização também se expressa na agenda política. Tomando a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) como referência, pode-se identificar a tramitação de diversos projetos de lei que buscam garantir a disseminação da militarização pela estrutura estatal, sobretudo na área da segurança. Ao mesmo tempo, e como parte desse processo de militarização, a diminuição do controle externo da atividade policial possibilita maior liberdade aos batalhões de Polícia Militar. Como resultado disso, as incursões em morros e favelas no Rio de Janeiro não atendem a nenhum planejamento amplo de Segurança Pública, se orientando tão somente pela vontade de ação de cada batalhão. O resultado é a discricionariedade das incursões policiais justificadas pelo “combate ao inimigo” incerto, sem localidade pré-definida e não dotado de direitos.

A ausência de ações coordenadas e informadas do Estado também interfere na disputa do controle territorial exercido por grupos armados, como facções e milícias. Mais precisamente, a ação da polícia pode fortalecer militarmente um grupo em detrimento de outro, intervindo, mesmo que não diretamente, no confronto existente.

Por sua vez, o Mapa dos Grupos Armados no Rio de Janeiro[3] revelou que os grupos milicianos atualmente controlam 56,8% do território da capital fluminense, exercendo controle sobre a vida de uma população de aproximadamente 2.178.620 pessoas (33,9% da população total). Ao mesmo tempo, são essas áreas que apresentam menor número de embates com as forças policiais. Ou seja, o que se revela é que a falta de uma estrutura coesa de segurança pública no Estado coopera para ações pouco transparentes daqueles que possuem poder de repressão e grande poderio bélico.

Apesar de não se apresentarem como um grupo homogêneo – diferenciando-se por suas ligações e influências políticas e institucionais –, as milícias são uma ameaça à democracia em todas as suas dimensões, pois são parte do próprio Estado. O cenário atual da política brasileira ainda conta com a presença massiva de membros do Exército Brasileiro em espaços decisórios. A militarização das instituições dentro do contexto de anomalia política que vivemos modela, justifica e fortalece a barbárie, pois a partir dela deriva o militarismo, uma anomalia que está no cerne do próprio processo de milicialização referido.

 

O que fazer?

O crescente processo de militarização e milicialização das cidades tem fortes impactos sobre as possibilidades de exercício do direito à cidade. Em primeiro lugar, podemos dizer que estamos diante de processos que bloqueiam ou dificultam a constituição de agentes e sujeitos coletivos que expressem a agenda do direito à cidade, afetando o exercício da cidadania e os ativismos nos territórios populares. Em segundo lugar, a militarização e milicialização também promovem fortes obstáculos às possibilidades de apropriação da cidade por parte dos moradores estigmatizados e criminalizados por suas ações. Por fim, estamos diante da difusão de padrões de coesão social fundados na intolerância, na violência e no controle armado que constituem em grave ameaça às liberdades individuais e coletivas, bem como às possibilidades de constituição de outras solidariedades fundadas no afeto, na democracia, na tolerância e na justiça social.

A partir de todo o exposto, é fundamental o fortalecimento das ações da sociedade civil, e mesmo de agentes públicos, em torno das denúncias e enfrentamentos de medidas que aprofundem o cenário crescente de militarização/milicialização experimentado em nosso país. Como pauta de ação, é fundamental:

Ampliar o debate social e institucional sobre a política nacional de inteligência e segurança pública;

Defender a elaboração de planos estaduais de redução da letalidade policial;

Debater e propor políticas e medidas visando a desmilitarização e ao maior controle das ações das polícias militar e civil;

Sustentar a defesa do fim das operações militares como dispositivo de rotina do policiamento nos territórios de favela;

Promover canais de controle social e de gestão democrática das políticas federal e estaduais de segurança pública;

Adotar políticas de restrição à comercialização e uso de armas letais; e

Promover e instituir mecanismos de gestão comunitária dos territórios populares para estimular padrões de solidariedade local fundados na tolerância, na paz, na democracia e na justiça social.

 

 

*Texto escrito por Daniel Hirata (UFF), Jordana Almeida (IPPUR/UFRJ), Lia de Mattos Rocha (UERJ), Maria Júlia Miranda (Defensoria Pública RJ), Orlando dos Santos Junior (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Tarcyla Fidalgo Ribeiro (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Utanaan Reis Barbosa Filho (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Priscila Coli (University of California Berkeley) e Lenin Pires (LAESP/UFF).

[1] Cf. GRAHAM, Stephen. Cidades sitiadas: o novo urbanismo militar. São Paulo: Boitempo, 2016.

[2] Cf. https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/eleicao-em-numeros/noticia/2018/10/08/numero-de-policiais-e-militares-no-legislativo-e-quatro-vezes-maior-do-que-o-de-2014.ghtml, acessado em julho de 2022.

[3] Ver https://geni.uff.br/2021/03/26/apresentacao-ao-mapa-dos-grupos-armados-do-rio-de-janeiro/


Acontece nessa quinta-feira 8 de setembro de 2022, ás 14h a live sobre "RELATÓRIO DOS CONFLITOS DE NATUREZA ETNICO-RACIAL-RELIGIOSAS NO RJ" com a mediação e apresentação das antropólogas Ana Paula Mendes de Miranda e Rosiane Rodrigues , ambas pesquisadoras vinculadas ao INCT/INEAC, e as participações do jornalista Aydano Motta e de Lúcia Xavier coordenadora da ONG Criola.  A atividade acontecerá no LEMI - Laboratório de Estudos Multimídias do INCT/INEAC.

Para assistir acesse o link do Canal do INCT/INEAC no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=kxR9xw7lGSA

 

 

O INCT/INEAC recebeu o Prêmio de Divulgação Científica pela ABA - Associação Brasileira de Antropologia , durante a 33 Reunião Brasileira de Antropologia, que acontece entre 28 de agosto e 3 de setembro de 2022, pelo INEAC AO VIVO , uma série de lives mediada ou com a participação de antropólogos do InEAC e de fora dele, este conjunto é composto por 8 programas que produziram 95 lives nos anos de 2020, 2021 e 2022.

Esta proposta foi selecionada dentre os múltiplos conteúdos produzidos e divulgados pelos pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC – www.ineac.uff.br), através de seu Laboratório Estúdio Multimídia do InEAC (LEMI).

Assista no link abaixo momento da Premiação

https://youtu.be/X0YUfT0517M

A série INEAC AO VIVO teve grande adesão de diversos pesquisadores do INCT-InEAC, muitos deles jovens pesquisadores e recém doutores mais familiarizados com o domínio das plataformas. Foram desenvolvidos 8 programas, totalizando 95 episódios e apresentadas e produzidas 5 Mesas, em torno de temas centrais de produção do Instituto, uma delas “InEAC para o mundo”, com a participação do nosso consultor internacional antropólogo George Bisharat (Hastings College of the Law, U. Califórnia, San Francisco). Em razão da rapidez com que conseguimos promover essas atividades, bem como manter sua periodicidade semanal, muitas delas foram utilizadas como material didático para diversos cursos de graduação e pós-graduação, entre eles os cursos de graduação em Antropologia, Ciências Sociais, Segurança Pública, Direito e Ciências Sociais nos campi da UFF de Niterói e de Campos dos Goytacazes, e nos cursos de pós-graduação da UFF em Antropologia e em Justiça e Segurança, ambos da grande área de Antropologia da CAPES. 

Inicialmente, a proposta do INEAC AO VIVO era de promover uma série de lives semanais distribuídas em diferentes programações que trouxessem entrevistas e rodas de conversa para divulgação das etnografias realizadas pelos pesquisadores da nossa rede nacional e internacional, presente em 8 (oito) unidades da federação e 8 (oito) países, além da divulgação de novas pesquisas realizadas sobre os impactos da pandemia que a cada momento se atualizavam.  Com a continuidade da pandemia, o INEAC AO VIVO passou também a produzir e transmitir eventos acadêmicos inteiramente virtuais, como seminários, congressos e colóquios.

Criado no âmbito do INCT-InEAC com uma equipe de profissionais, bolsistas e pesquisadores que se dedicaram a organizar dezenas de conteúdos digitais disponibilizados nas nossas principais redes sociais, as mais de 95 lives realizadas foram divulgadas por meio de cartazes eletrônicos e vídeos amplamente difundidos pelo WhatsApp e também pelas referidas redes sociais, organizadas em 8 (oito) programas diferentes, todos contando com a presença de antropólogos da rede do InEAC, como listado a seguir.

O “InEAC ao vivo” é composto pelos programas “Antropopapo”, “Para sua Ciência”, “Um Covid à Reflexão”, “Sexta Básica”, “Luz Vermelha”, “InEAC pelo Mundo” e Mesas de Conversa diversas, como o programa que ainda segue ativo “Justas Conversas”, tendo todo seu conteúdo transmitido no formato de lives pelo Facebook, Instagram e canal do Youtube, e posteriormente gravados e disponibilizados neste último (https://www.youtube.com/InEAC/).

 

 

  1. InEAC ao vivo: “Antropopapo”

O Antropopapo foi um programa de divulgação científica do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas (NUFEP/ICHF/UFF) e do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT/InEAC). O programa, apresentado pelos antropólogos Fábio Reis Mota (UFF), Yolanda Gaffrée Ribeiro (PPGA/UFF), Hully Falcão (FIOCRUZ), Luiza Aragon Ovalle (NUFEP) e Daniela Velásquez Pelaez (PPGA/UFF) recebia convidados - em sua maioria oriundos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFF (PPGA/UFF) -, mas também lideranças de movimentos sociais, para discutir e debater temas concernentes à antropologia de maneira acessível, como um bate-papo. Os assuntos trazidos foram diversos, tais quais, sexualidade e corpo; segurança pública; formação antropológica; organização e ocupação do espaço público; trabalho de campo e mudanças em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Inicialmente, era realizado semanalmente, depois passou a ser organizado quinzenalmente. O primeiro Antropopapo foi ao ar em 20 de maio de 2020, e em sua maioria foi realizado no formato de lives no perfil do InEAC no Instagram e, após sua realização, inserido no canal do InEAC no YouTube.

LINK: https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP7fu7c3h9Tqr9SONDhIvIHJ

 

  1. InEAC ao vivo: “Para sua Ciência”

A fim de divulgar a importância das pesquisas realizadas na grande área de ciências humanas como parte fundamental da atividade científica brasileira, a antropóloga Izabel Nuñez (NEPSSE/INCT-InEAC) conduzia entrevistas com convidados diversos para que eles apresentassem suas pesquisas e contribuições para o enfrentamento e compreensão dos problemas sociais no Brasil. Foram abordados temas como cibercultura e trabalho de campo nas redes; etnografias em sistemas prisionais; racismo; divulgação científica e desinformação; gestão de mortos na pandemia; entre outros.

LINK: https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP4EwO5KULvDfDbIYuc7mnx7

 

  1. InEAC ao vivo: “Um Covid à Reflexão”

Em “Um Covid à Reflexão”, a antropóloga Elizabete Albernaz (WITS University/INCT-InEAC) e o pesquisador Igor Vasconcellos (PPGSD/UFF) recebiam juntos, sob a forma de uma roda de conversa, pesquisadores de diversas áreas de formação para falarem sobre suas dissertações de mestrado e teses de doutorado com a proposta de garantir um espaço de divulgação das etnografias dos pesquisadores da nossa rede e para além dela, em uma tentativa de superar o isolamento imposto durante o enfrentamento da pandemia, além de novas reflexões entre esses trabalhos e as novas dinâmicas e problemas oriundos da mesma. Foram discutidas pesquisas sobre jogo do bicho; populações tradicionais no Mato Grosso e políticas públicas em tempos de COVID; população em situação de rua; antropologia da infância; trabalhadores de plataformas digitais e precarização do trabalho; entre outros.

LINK:

https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP6-l_g9BRCVMewuGWgvqSIY

 

  1. InEAC ao vivo: “Sexta básica”

O antropólogo Lenin Pires (LAESP/IAC/InEAC), também diretor do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (IAC/UFF), apresentava toda sexta-feira o “Sexta básica”, programa de lives com temas variados envolvendo a comunidade científica, a sociedade e a Segurança Pública, cuja proposta era de promover uma reflexão e pensar propostas para compreender e superar os desafios impostos pela pandemia e seus reflexos nas Universidades e cidades brasileiras com antropólogos, historiadores e gestores públicos. Foram discutidos temas como tecnologias digitais; mercados ilegais; práticas esportivas e a pandemia; experiências contrastivas de ensino no Brasil, Canadá e Argentina durante a pandemia.

LINK: https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP6Xjm3rQA0r56g0irvRJ2XG

 

  1. InEAC ao vivo: “Luz Vermelha”

Programa de divulgação e difusão científica apresentado pelo jornalista Claudio Salles (LEMI/INCT-InEAC), coordenador de Comunicação do LEMI. O programa trazia antropólogos do INCT/INEAC e convidados especiais de fora da academia, como o ex-Ministro Nelson Jobim, o cantor Ney Matogrosso, o ex-ministro Carlos Minc, o cartunista Aroeira, os deputados Alessandro Molon e Marcelo Freixo, além de antigos interlocutores de pesquisa, para debaterem sobre suas percepções e pesquisas diante de temas muitas vezes considerados tabus na sociedade brasileira. Foram debatidos temas como cultura cannábica; um especial sobre a obra “Carnavais, Malandros e Heróis”, do antropólogo Roberto DaMatta; censura; organizações de prostitutas no Brasil; mobilidade urbana; fake news e disputas de narrativas na internet; amor e sexualidades; e muitos outros.

LINK:

https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP4zewAZgnlYg0A59jSRmJ7h

 

 

 

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