Claúdio Salles
"Educação privada é uma ilusão" - entrevista de Ana Paula Miranda para o JB.
O site do INCT-InEAC reproduz aqui a entrevista de João Francisco Werneck, com a antropóloga Ana Paula Mendes de Miranda, publicada hoje, 05/11/2018, na Coluna da Hildergard Angel, no Jornal do Brasil: https://www.jb.com.br/colunistas/hildegard_angel/2018/11/953955-educacao-privada-e-uma-ilusao.html
"Educação privada é uma ilusão"
Imprensa censurada no Iate Clube. Universidades em declínio, sobretudo com a anunciada separação do Ensino Superior do Ministério da Educação, passando para o Ministério da Tecnologia. Superpoderes ao ativista de toga. Ainda que não tenha tomado posse, é desta maneira que Jair Bolsonaro começa seu mandato na Presidência do Brasil. Preocupações emergem em todos os setores da sociedade, em especial nas áreas já citadas, estendendo-se para Segurança Pública, Saúde e Meio Ambiente. São tempos de incerteza para o Brasil.
Para falar sobre eles, o repórter da Coluna, JOÃO FRANCISCO WERNECK, entrevistou a professora Ana Paula Miranda, antropóloga e pesquisadora do “Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas” e do “Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos da UFF” (INEAC). Com a autoridade de quem há anos frequenta as universidades e os principais espaços de debate do país, Ana Paula nos recebeu para falar sobre Educação Superior, Políticas Públicas, Intolerância Religiosa e o que mais há de se esperar do governo de Jair Bolsonaro.
Sua entrevista confirma previsões, avisos e até apelos já feitos nesta coluna, anunciando perigos por chegar. O campo de batalha político-ideológico está posto, e os atores já em cena. Ana Paula fala deste momento, e afirma que fazer resistência é diferente de torcer para dar errado. O Brasil é dos brasileiros, dos imigrantes, negros, gays, mulheres e demais minorias. Resistir é zelar pelos nossos.
Macaque in the trees
Professora Ana Paula Miranda, antropóloga e pesquisadora (Foto: Ana Paula Miranda/Divulgação)
Como foram, na UFF, os dias anteriores ao pleito presidencial?
A Universidade tem vivido uma efervescência de movimentos políticos, e não apenas partidários. Há uma reorganização dos movimentos estudantis desde 2013. Com a eleição presidencial, a temática ressurgiu com força, principalmente por conta de uma agenda política que a eleição deixou transparecer, que é de intolerância, intolerância política, religiosa, e de gênero. Há um tema que agitou muito as universidades, que foi o possível fim das cotas. Isso causou uma inquietude. Agora, o problema não é atividade política dentro da Universidade, muito pelo contrário. Nossas faculdades necessitam disso, para que haja exercício político e liberdade de ideias. A UFF, por exemplo, tem um Movimento Cristão, de católicos e protestantes, que faz parte do debate universitário, com pessoas como Ivani dos Santos e a pastora Marina, que foram ameaçados por suas posições não compactuarem com o conservadorismo. É importante manter a pluralidade e o respeito à diversidade.
Houve clima de insegurança, após as invasões policiais sob ordens do TRE?
Me sinto solidária com meus colegas que passaram por isso. Acompanhei de perto esse cenário. A mobilização estudantil passou alguma segurança aos professores. Mas não somos ingênuos e sabemos que há questões acontecendo. A Universidade vem sofrendo ataques há algum tempo. O último, todos sabem, foi a questão da faixa na Faculdade de Direito. Isso é muito interessante porque na Universidade de Roma há uma placa em mármore dizendo que naquela Instituição não se aceita o fascismo e tampouco o nazismo. E aqui, uma faixa, que não é partidária, e que vem sendo exibida desde um episódio de discriminação racial nos Jogos Jurídicos, teve aquela repercussão. A Universidade está lidando com críticas há muito tempo, e algumas delas não têm procedência. Nós sabemos que as Faculdades são muito mais inclusivas do que foram, hoje são majoritariamente femininas e negras.
Você falou de intolerância religiosa, como você avalia isso no Brasil e nas Universidades?
Há um crescimento indiscutível, provado por censos religiosos, do protestantismo neopentecostal. Algumas correntes são fundamentalistas. Algumas... O universo dos evangélicos é muito plural. Diversidade e divergência sempre existiram e vão continuar existindo. Esses grupos fundamentalistas, com sua estratégia proselitista, que é de ir ao confronto, tem produzido acirramento desses casos. Há aquele pastor Tupirani da Hora Lores, que inclusive foi preso. O grupo dele destruiu um centro de umbanda aqui no Catete. Com grupos que não conseguem lidar com a existência de outros grupos religiosos, esse fundamentalismo acirra, e a tendência é de acirrar ainda mais. Porque as declarações políticas dadas nesse momento estimulam que a violência desses grupos cresça. Quando um governante emite determinadas declarações é como se ele dissesse para população: “Pode fazer, nós iremos permitir”; e isso é muito grave.
Qual o papel das universidades no combate ao crescimento da extrema-direita?
Ser o espaço de convivência da diversidade e do debate de ideias. Mas claro que há conflitos.
Teve o episódio da Sara Winter…
Exatamente. Esse episódio é bastante interessante porque ali tem uma questão que foi muito mal esclarecida. A Sara estava ali através de um convite de um professor da Universidade. Não há problema nenhum em levar lideranças religiosas para o espaço público, mas isso apenas quando o debate é plural. E esse grupo não permitia o debate. Era fechado para reprodução ideológica. Acho importante debatermos a religião, assim como a laicidade do estado. O problema é o limite do espaço público, então, quando as faculdades conseguem construir um espaço público plural, é porque elas conseguiram atingir um objetivo. Não existe a bibliografia de deus. Temos que ler absolutamente tudo.
Ainda falando sobre polarização política, você teme ações como a proposta pela parlamentar catarinense, de filmar professores?
Sim. São elementos como esse de que devemos tomar cuidado. Precisamos entender que não existe neutralidade, a neutralidade é uma meta, não um fato. É uma busca para atingir limites equilibrados para posições pessoais. Não podemos acreditar que existe um ambiente neutro, como é o caso dessa moça, porque ela já foi vítima do próprio veneno. Eu mesma neste processo eleitoral, durante uma aula, falava do 11 de setembro, de lideranças políticas, e uma aluna perguntou o meu voto. Isso não tem nada a ver com esconder. Acontece que na sala de aula o espaço de discussão é de outra ordem. Mas nem por isso deixaremos de entender e apresentar o que representa cada discurso. Uma consequência desse processo, e que nos tem preocupado muito, é o sofrimento de alguns estudantes nos conflitos com seus familiares. Principalmente aqueles que não têm uma orientação sexual hétero. Isso foi muito agravado neste momento. São vários casos de estudantes que procuram professores, dizem que pensam em abandonar os cursos... A liberdade e o exercício da democracia fazem bem, e o direito à democracia precisa ser exercitado.
Houve, então, um amadurecimento político dos nossos debates?
Sim, mas houve algumas perdas. A possibilidade de descrença sobre algumas instituições em que havia uma grande estima social, por exemplo.
Você se refere ao TRE?
Sim, quando a juíza diz que uma bandeira antifascista representa uma campanha contra um determinado candidato, então ela está chamando este de fascista. Se não era isso que ela queria dizer, então temos um problema de português.
Mas há um outro lado....
Sim, os momentos de crise podem ser produtivos, para amadurecimento, principalmente. O brasileiro sempre acha que o novo é bom. Eu digo que o novo já nasce velho. Quando falamos de Direitos Humanos, estamos discutindo algo muito antigo. E infelizmente parece que não saímos da Idade Média, sobretudo do ponto de vista de direitos. Se esse processo eleitoral pelo qual passamos permitir uma explicitação disso, a respeito de quem são os subcidadãos brasileiros, eu acho que teremos um ganho. O lugar de produção dos conhecimentos precisa ser preservado.
Falando em subcidadãos, como você avalia a declaração do Wilson Witzel, que quer abater bandidos armados?
Eu uso como exemplo os meus alunos policiais para dizer que isso não cabe. Entre eles, eu diria que é dividido. Há os que apoiam, que fazem coro ao discurso fácil do “bandido bom é bandido morto”, e há aqueles que são contra, mas esses temem falar, porque podem ser punidos. E há os que não têm medo de falar, e dizem que isso é inaceitável. Os snipers, inclusive, foram contra. E por uma questão muito simples: a responsabilidade segue sendo do agente que praticou. Esse é Direito brasileiro. Agora, a proposta não tem qualquer efeito prático. O governante tem que ter cuidado com o que fala. Quando ele diz isso ele está dando um cheque em branco para os agentes da lei. Na prática, alguns vão lá e fazem, mas esses serão punidos severamente. Essa ideia de exclusão de ilicitude já é garantida por lei, e se for em legítima defesa, o agente não é punido. O que não podemos permitir é a montagem de processo. O Auto de Resistência, o filme, fala muito bem desse tema.
Como você avalia a separação do Ensino Superior do Ministério da Educação, passando para o Ministério da Tecnologia?
Com muita preocupação. Constitucionalmente, o que rege o ensino no Brasil é a Lei de Diretrizes e Bases. Ela regulamenta todo esse processo e o Conselho Federal de Educação. Mas isso não foi discutido nessas instâncias. Qualquer mudança consequente em um processo de ensino, deveria considerar uma série de elementos. O que estamos vendo é um show de pirotecnia, com uma acusação equivocada e inconstitucional que é a questão da cobrança das mensalidades. Há uma determinação do STF que proíbe as Universidades de receber até mesmo taxa de matrícula. Do ponto de vista formal, há uma série de omissões, em um tema extremamente complexo, de gente que desconhece o funcionamento dessas instituições. As Universidades querem mais autonomia, de cátedra, financeira, administrativa. E as universidades são tratadas dentro de um conjunto da burocracia pública como se fosse tudo a mesma coisa, mas só que não é. O Bolsonaro tem um discurso privatista, que se difere bastante do Bresser, do PSDB. Mostra desconhecimento. É um risco para o serviço público como um todo. Estamos comprando a narrativa da precariedade do serviço público, sem oferecer nada em troca. É um cheque em branco para o Bolsonaro, e esse é o grande risco.
E como pode ficar o fomento do Governo à pesquisa?
Ninguém sabe. Quando, na verdade, o que precisávamos era um reajuste desses valores e uma ampliação do número de bolsas. Um outro ponto importante é que nós tivemos um momento de expansão das universidades, e isso foi muito necessário para o Brasil. Ainda estamos muito aquém de outros países. Países de referência investem muito dinheiro do seu PIB, dinheiro público, em pesquisas, seja na área de humanas ou tecnologia. Um dos autores mais citados no mundo é Paulo Freire, de humanas. A antropologia brasileira é uma referência mundial. Obama, quando lançou e organizou o Obamacare, consultou a estrutura do SUS. O SUS tem os seus problemas, é claro, a execução é equivocada, mas o projeto é inegavelmente bom. Precisamos parar com esse complexo de vira-lata, e sair vendendo tudo a qualquer custo. Há uma série de discursos nesse processo que são equivocados. A ideia deles é enfraquecer as universidades. Achar que a iniciativa privada resolve é uma ilusão, eles têm outra preocupação./
"Educação privada é uma ilusão" - entrevista de Ana Paula Miranda para o JB.
O site do INCT-InEAC reproduz aqui a entrevista de João Francisco Werneck, com a antropóloga Ana Paula Mendes de Miranda, publicada hoje, 05/11/2018, na Coluna da Hildergard Angel, no Jornal do Brasil: https://www.jb.com.br/colunistas/hildegard_angel/2018/11/953955-educacao-privada-e-uma-ilusao.html
"Educação privada é uma ilusão"
Imprensa censurada no Iate Clube. Universidades em declínio, sobretudo com a anunciada separação do Ensino Superior do Ministério da Educação, passando para o Ministério da Tecnologia. Superpoderes ao ativista de toga. Ainda que não tenha tomado posse, é desta maneira que Jair Bolsonaro começa seu mandato na Presidência do Brasil. Preocupações emergem em todos os setores da sociedade, em especial nas áreas já citadas, estendendo-se para Segurança Pública, Saúde e Meio Ambiente. São tempos de incerteza para o Brasil.
Para falar sobre eles, o repórter da Coluna, JOÃO FRANCISCO WERNECK, entrevistou a professora Ana Paula Miranda, antropóloga e pesquisadora do “Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas” e do “Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos da UFF” (INEAC). Com a autoridade de quem há anos frequenta as universidades e os principais espaços de debate do país, Ana Paula nos recebeu para falar sobre Educação Superior, Políticas Públicas, Intolerância Religiosa e o que mais há de se esperar do governo de Jair Bolsonaro.
Sua entrevista confirma previsões, avisos e até apelos já feitos nesta coluna, anunciando perigos por chegar. O campo de batalha político-ideológico está posto, e os atores já em cena. Ana Paula fala deste momento, e afirma que fazer resistência é diferente de torcer para dar errado. O Brasil é dos brasileiros, dos imigrantes, negros, gays, mulheres e demais minorias. Resistir é zelar pelos nossos.
Macaque in the trees
Professora Ana Paula Miranda, antropóloga e pesquisadora (Foto: Ana Paula Miranda/Divulgação)
Como foram, na UFF, os dias anteriores ao pleito presidencial?
A Universidade tem vivido uma efervescência de movimentos políticos, e não apenas partidários. Há uma reorganização dos movimentos estudantis desde 2013. Com a eleição presidencial, a temática ressurgiu com força, principalmente por conta de uma agenda política que a eleição deixou transparecer, que é de intolerância, intolerância política, religiosa, e de gênero. Há um tema que agitou muito as universidades, que foi o possível fim das cotas. Isso causou uma inquietude. Agora, o problema não é atividade política dentro da Universidade, muito pelo contrário. Nossas faculdades necessitam disso, para que haja exercício político e liberdade de ideias. A UFF, por exemplo, tem um Movimento Cristão, de católicos e protestantes, que faz parte do debate universitário, com pessoas como Ivani dos Santos e a pastora Marina, que foram ameaçados por suas posições não compactuarem com o conservadorismo. É importante manter a pluralidade e o respeito à diversidade.
Houve clima de insegurança, após as invasões policiais sob ordens do TRE?
Me sinto solidária com meus colegas que passaram por isso. Acompanhei de perto esse cenário. A mobilização estudantil passou alguma segurança aos professores. Mas não somos ingênuos e sabemos que há questões acontecendo. A Universidade vem sofrendo ataques há algum tempo. O último, todos sabem, foi a questão da faixa na Faculdade de Direito. Isso é muito interessante porque na Universidade de Roma há uma placa em mármore dizendo que naquela Instituição não se aceita o fascismo e tampouco o nazismo. E aqui, uma faixa, que não é partidária, e que vem sendo exibida desde um episódio de discriminação racial nos Jogos Jurídicos, teve aquela repercussão. A Universidade está lidando com críticas há muito tempo, e algumas delas não têm procedência. Nós sabemos que as Faculdades são muito mais inclusivas do que foram, hoje são majoritariamente femininas e negras.
Você falou de intolerância religiosa, como você avalia isso no Brasil e nas Universidades?
Há um crescimento indiscutível, provado por censos religiosos, do protestantismo neopentecostal. Algumas correntes são fundamentalistas. Algumas... O universo dos evangélicos é muito plural. Diversidade e divergência sempre existiram e vão continuar existindo. Esses grupos fundamentalistas, com sua estratégia proselitista, que é de ir ao confronto, tem produzido acirramento desses casos. Há aquele pastor Tupirani da Hora Lores, que inclusive foi preso. O grupo dele destruiu um centro de umbanda aqui no Catete. Com grupos que não conseguem lidar com a existência de outros grupos religiosos, esse fundamentalismo acirra, e a tendência é de acirrar ainda mais. Porque as declarações políticas dadas nesse momento estimulam que a violência desses grupos cresça. Quando um governante emite determinadas declarações é como se ele dissesse para população: “Pode fazer, nós iremos permitir”; e isso é muito grave.
Qual o papel das universidades no combate ao crescimento da extrema-direita?
Ser o espaço de convivência da diversidade e do debate de ideias. Mas claro que há conflitos.
Teve o episódio da Sara Winter…
Exatamente. Esse episódio é bastante interessante porque ali tem uma questão que foi muito mal esclarecida. A Sara estava ali através de um convite de um professor da Universidade. Não há problema nenhum em levar lideranças religiosas para o espaço público, mas isso apenas quando o debate é plural. E esse grupo não permitia o debate. Era fechado para reprodução ideológica. Acho importante debatermos a religião, assim como a laicidade do estado. O problema é o limite do espaço público, então, quando as faculdades conseguem construir um espaço público plural, é porque elas conseguiram atingir um objetivo. Não existe a bibliografia de deus. Temos que ler absolutamente tudo.
Ainda falando sobre polarização política, você teme ações como a proposta pela parlamentar catarinense, de filmar professores?
Sim. São elementos como esse de que devemos tomar cuidado. Precisamos entender que não existe neutralidade, a neutralidade é uma meta, não um fato. É uma busca para atingir limites equilibrados para posições pessoais. Não podemos acreditar que existe um ambiente neutro, como é o caso dessa moça, porque ela já foi vítima do próprio veneno. Eu mesma neste processo eleitoral, durante uma aula, falava do 11 de setembro, de lideranças políticas, e uma aluna perguntou o meu voto. Isso não tem nada a ver com esconder. Acontece que na sala de aula o espaço de discussão é de outra ordem. Mas nem por isso deixaremos de entender e apresentar o que representa cada discurso. Uma consequência desse processo, e que nos tem preocupado muito, é o sofrimento de alguns estudantes nos conflitos com seus familiares. Principalmente aqueles que não têm uma orientação sexual hétero. Isso foi muito agravado neste momento. São vários casos de estudantes que procuram professores, dizem que pensam em abandonar os cursos... A liberdade e o exercício da democracia fazem bem, e o direito à democracia precisa ser exercitado.
Houve, então, um amadurecimento político dos nossos debates?
Sim, mas houve algumas perdas. A possibilidade de descrença sobre algumas instituições em que havia uma grande estima social, por exemplo.
Você se refere ao TRE?
Sim, quando a juíza diz que uma bandeira antifascista representa uma campanha contra um determinado candidato, então ela está chamando este de fascista. Se não era isso que ela queria dizer, então temos um problema de português.
Mas há um outro lado....
Sim, os momentos de crise podem ser produtivos, para amadurecimento, principalmente. O brasileiro sempre acha que o novo é bom. Eu digo que o novo já nasce velho. Quando falamos de Direitos Humanos, estamos discutindo algo muito antigo. E infelizmente parece que não saímos da Idade Média, sobretudo do ponto de vista de direitos. Se esse processo eleitoral pelo qual passamos permitir uma explicitação disso, a respeito de quem são os subcidadãos brasileiros, eu acho que teremos um ganho. O lugar de produção dos conhecimentos precisa ser preservado.
Falando em subcidadãos, como você avalia a declaração do Wilson Witzel, que quer abater bandidos armados?
Eu uso como exemplo os meus alunos policiais para dizer que isso não cabe. Entre eles, eu diria que é dividido. Há os que apoiam, que fazem coro ao discurso fácil do “bandido bom é bandido morto”, e há aqueles que são contra, mas esses temem falar, porque podem ser punidos. E há os que não têm medo de falar, e dizem que isso é inaceitável. Os snipers, inclusive, foram contra. E por uma questão muito simples: a responsabilidade segue sendo do agente que praticou. Esse é Direito brasileiro. Agora, a proposta não tem qualquer efeito prático. O governante tem que ter cuidado com o que fala. Quando ele diz isso ele está dando um cheque em branco para os agentes da lei. Na prática, alguns vão lá e fazem, mas esses serão punidos severamente. Essa ideia de exclusão de ilicitude já é garantida por lei, e se for em legítima defesa, o agente não é punido. O que não podemos permitir é a montagem de processo. O Auto de Resistência, o filme, fala muito bem desse tema.
Como você avalia a separação do Ensino Superior do Ministério da Educação, passando para o Ministério da Tecnologia?
Com muita preocupação. Constitucionalmente, o que rege o ensino no Brasil é a Lei de Diretrizes e Bases. Ela regulamenta todo esse processo e o Conselho Federal de Educação. Mas isso não foi discutido nessas instâncias. Qualquer mudança consequente em um processo de ensino, deveria considerar uma série de elementos. O que estamos vendo é um show de pirotecnia, com uma acusação equivocada e inconstitucional que é a questão da cobrança das mensalidades. Há uma determinação do STF que proíbe as Universidades de receber até mesmo taxa de matrícula. Do ponto de vista formal, há uma série de omissões, em um tema extremamente complexo, de gente que desconhece o funcionamento dessas instituições. As Universidades querem mais autonomia, de cátedra, financeira, administrativa. E as universidades são tratadas dentro de um conjunto da burocracia pública como se fosse tudo a mesma coisa, mas só que não é. O Bolsonaro tem um discurso privatista, que se difere bastante do Bresser, do PSDB. Mostra desconhecimento. É um risco para o serviço público como um todo. Estamos comprando a narrativa da precariedade do serviço público, sem oferecer nada em troca. É um cheque em branco para o Bolsonaro, e esse é o grande risco.
E como pode ficar o fomento do Governo à pesquisa?
Ninguém sabe. Quando, na verdade, o que precisávamos era um reajuste desses valores e uma ampliação do número de bolsas. Um outro ponto importante é que nós tivemos um momento de expansão das universidades, e isso foi muito necessário para o Brasil. Ainda estamos muito aquém de outros países. Países de referência investem muito dinheiro do seu PIB, dinheiro público, em pesquisas, seja na área de humanas ou tecnologia. Um dos autores mais citados no mundo é Paulo Freire, de humanas. A antropologia brasileira é uma referência mundial. Obama, quando lançou e organizou o Obamacare, consultou a estrutura do SUS. O SUS tem os seus problemas, é claro, a execução é equivocada, mas o projeto é inegavelmente bom. Precisamos parar com esse complexo de vira-lata, e sair vendendo tudo a qualquer custo. Há uma série de discursos nesse processo que são equivocados. A ideia deles é enfraquecer as universidades. Achar que a iniciativa privada resolve é uma ilusão, eles têm outra preocupação./
Prêmio de Excelência Científica da UFF destaca pesquisas de sua comunidade
Como forma de estimular a busca pela excelência na pós-graduação, reconhecer o mérito científico dos membros da comunidade acadêmica e os melhores projetos de inovação, a Universidade Federal Fluminense, por meio de sua Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Proppi), realizará sua tradicional cerimônia para entrega dos Prêmios de Excelência 2018, no dia 06 de novembro de 2018, às 10h, no auditório do Núcleo de Estudos em Biomassa e Gerenciamento de Águas - NAB/UFF. Divididas nas categorias de Teses, Dissertações e Monografias, Excelência Científica e Inovação, as premiações, concedidas anualmente, se estendem aos três colégios do conhecimento: Ciências da Vida, Ciências Exatas e Tecnológicas, e Ciências Sociais e Humanas.
O doutorando Érick Oliveira Rodrigues, por exemplo, foi um dos contemplados, levando o prêmio de melhor tese na categoria de Exatas e Tecnológicas por um trabalho que culminou na criação de uma subárea dentro da Computação. Com outros prêmios no currículo, como o de melhor dissertação, também na mesma categoria, e uma menção honrosa da Capes, conferindo ao seu trabalho um destaque nacional, Érick conta como seu interesse pela área teve início: “Comecei a programar lá pelos 12 anos de idade por um motivo bem incomum. Na época, Tibia era um jogo bastante famoso e, como todo garoto, era bastante viciado em jogos. Pela vontade de estar envolvido no jogo de alguma forma, mesmo quando não podia usar a Internet, comecei a programar utilitários para o jogo, inicialmente em Visual Basic. Foi o começo de tudo. Fiz muitos sites, e tive o segundo maior site de Tibia do Brasil. Hoje sou professor adjunto de uma universidade federal”.
Outro trabalho premiado, na categoria Ciências da Vida, foi o de Camille Nigri Cursino. Com orientação da professora Sabrina Calil Elias, a monografia de conclusão do programa de residência em farmácia realizou o acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes submetidos a medicações incorporadas pelo Ministério da Saúde para o tratamento da hepatite C crônica em 2015. Segundo ela, com essa pós-graduação foi realizada uma pesquisa científica que gerou um retorno aplicado à sociedade, com a implantação do serviço de cuidado farmacêutico. Camille destacou a importância do prêmio no reconhecimento do trabalho realizado pelo farmacêutico, cujas ações no “âmbito da atenção à saúde são importantes ferramentas para o alcance do uso racional dos medicamentos, garantindo a qualidade do tratamento e permitindo gerar material para a atualização dos protocolos”.
Na categoria de Excelência Científica, também na área de Ciências da Vida, quem recebeu a premiação foi a professora Etel Rodrigues Pereira Gimba, que destacou estar imensamente grata à instituição por todo o apoio às iniciativas acadêmicas e na atividade de pesquisa. Docente da universidade há dez anos, ela foi responsável por montar ao longo desse período o primeiro Laboratório de Biologia Molecular de Doenças Neoplásicas do Norte do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a professora, através de estreita colaboração técnico-científica com o Programa de Oncobiologia Celular e Molecular do Instituto Nacional de Câncer (INCa), os últimos anos foram marcados por uma forte atuação “na descrição de biomarcadores neoplásicos e potenciais novos alvos para o tratamento de câncer, incluindo tumores sólidos e não sólidos. A descrição destas moléculas pode vir a contribuir no diagnóstico precoce de tumores, bem como no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas que venham a sobrepujar atuais limitações do tratamento, tais como a resistência à quimioterapia e à radioterapia”.
Já na área de Ciências Sociais e Humanas, foi premiada a monografia de Marta Maria de Andrade Gomes, desenvolvida na Especialização em Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança Pública, e com orientação da professora Ana Paula Mendes de Miranda. A pesquisa, de acordo com Ana Paula, “analisa as dificuldades que as mulheres negras enfrentam para atuar num espaço convencionado como predominantemente masculino, e também a forma como as mulheres se posicionam frente às situações de discriminação racial e de gênero em seu cotidiano profissional na Diretoria de Assistência Social da Polícia Militar do Rio de Janeiro”.
Além de ser premiada como orientadora da monografia, Ana Paula Mendes de Miranda também recebeu uma homenagem na categoria Inovação. Seu projeto, realizado em conjunto com um grupo de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, totalizando quarenta e seis profissionais formados e em formação, e em parceria com a empresa privada Enel, foi elaborado para a “análise das áreas de risco e situações de risco no diagnóstico de perdas não técnicas de energia elétrica, conhecidas popularmente como os ‘gatos’ de luz, nos municípios de São Gonçalo e Duque de Caxias (RJ)”. Nesse trabalho, explicou a professora, “foi possível agregar, de forma articulada, o conhecimento desenvolvido pelo grupo de pesquisa na área de segurança pública em uma parceria com uma empresa privada, como parte de um diagnóstico de um problema estratégico para o desenvolvimento sustentável do país, que é o furto de energia elétrica, bem como sobre os problemas enfrentados pelos trabalhadores da empresa para a realização de suas tarefas em contextos de violência”.
Também na área de Ciências Sociais e Humanas, outro destaque foi o trabalho de Ricardo Ferreira Lopes, do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Com orientação da professora Leila Mendes de Vasconcellos, Ricardo desenvolveu uma pesquisa voltada para a busca de caminhos estratégicos no ensino da Arquitetura frente às tecnologias digitais. Para ele, o prêmio “será muito importante na carreira, em especial a docente, como um grande reconhecimento de que é possível nos dias atuais se dedicar ao ensino do desenho, de forma aberta, livre de preconceitos, com qualidade e inclusão social”.
Confira os vencedores:
Monografia
Ciências da Vida - Camille Nigri Cursino e MENÇÃO HONROSA João Marcos da Silva Barbosa
Ciências Exatas e Tecnológicas - Daiane Ferreira Dias
Ciências Sociais e Humanas - Marta Maria de Andrade Gomes
Dissertação
Ciências da Vida - Pâmela de Oliveira Ornellas
Ciências Exatas e Tecnológicas - Bruno Martins Pimentel
Ciências Sociais e Humanas - Wandilson Guimarães Junior
Tese
Ciências da Vida - Carlos Mourão
Ciências Exatas e Tecnológicas - Érick Oliveira Rodrigues
Ciências Sociais e Humanas - Ricardo Ferreira Lopes
Excelência Científica
Ciências da Vida - Etel Rodrigues Pereira Gimba
Ciências Exatas e Tecnológicas - Ricardo Jorgensen Cassella
Ciências Sociais e Humanas - Roberto Kant de Lima
Inovação
Desenvolvimento Social - Ana Paula Mendes de Miranda e Roberto Kant de Lima
Desenvolvimento Mercadológico - Felipe Silva Semaan, Ana Luisa da Silva, Grasielli Correa de Oliveira e Eduardo Ariel Ponzio
MICHEL LOBO PARTICIPA DO " DIÁLOGOS ENTRE ANTROPOLOGIA E DIREITO"
Desenvolvendo o tema “Nem Todo Morto é Vítima” e "Nem Todo Criminoso é Bandido": Práticas e Negociações Jurídico-Policiais na Administração de Homicídios Dolosos, o sociólogo Michel Lobo (UVA/Pós Doc. INEAC) participa nessa quarta, 7 de novembro de 2018, de mais uma edição do projeto " DIÁLOGOS ENTRE ANTROPOLOGIA E DIREITO", promovido pelo do curso de bacharelado em Segurança Pública e Social da UFF . A atividade faz parte da disciplina Antropologia do Direito II, da professora Luciane Patrício. A palestra acontece às 18 horas, na sala 3 do prédio do Instituto Biomédico.
Lançamento dos livros da Coleção Primeiros Campos
Acontece nessa quarta , dia 31 de outubro de 2018, no LEMI - Laboratório Estúdio Multimídia do INEAC, o lançamento dos livros da Coleção Primeiros Campos, organizados pela Profª. Drª. Ana Paula Mendes de Miranda.
O evento que será transmitido pelo LEMI terá inicio às 16h, com o Lançamento do livro Frestas estreitas: uma etnografia do Museu de Imagens do Inconsciente, do Felipe Magaldi .
Na mesa de apresentação estarão : Prof. Dr. Nilton Santos (PPGA/UFF), Glória Chan (Museu de Imagens do Inconsciente), e o autor Felipe Magaldi.
Às 17h será o lançamento do livro Primos em Minas: processos de construção identitária na Comunidade árabe de Juiz de Fora, do Rodrigo Ayupe.
Na mesa de apresentação vão estar: Prof. Dr. Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto (PPGA/UFF), Alejandro Bitar (Cônsul Geral do Lìbano no Brasil) e Rodrigo Ayupe - autor.
Quem quiser acompanhar online e ao vivo os lançamentos da Coleção Primeiros Campos basta acessar os canais do LEMI - Laboratório Estúdio Multimídia do INEAC, pelo Youtube: https://www.youtube.com/c/ineac ou pelo facebook no endereço https://www.facebook.com/inctineac/
lançamentos da Coleção Primeiros Campos
Dia: 31/10/2018
Local: LEMI - Laboratório Estúdio Multimídia do NEPEAC
Endereço: Rua José Clemente, 73 ; 9º andar - centro, Niterói ; RJ.
Kátia Mello participa do Ciclo de Debates: Sistema de Justiça Criminal, Violências e Segurança Pública
O curso de bacharelado em Segurança Pública e Social da UFF e o INCT-INEAC promovem, nessa terça, 24 de outubro de 2018, mais uma atividade do projeto DIÁLOGOS ENTRE ANTROPOLOGIA E DIREITO, que é coordenado pela antropóloga e professora Luciane Patrício (DSP-UFF).
A palestrante hoje é a pesquisadora Katia Sento Sé Mello, professora do Departamento de Politica Social e Serviço Social Aplicado e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da ESS da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutora em Antropologia pelo PPGA/ICHF da Universidade Federal Fluminense, com estágio sanduiche pela convenção Capes-Cofecub na Université Paris X-Nanterre (2007). Possui Mestrado em Sociologia pelo PPGSA/IFCS da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994) e Bacharelado em Ciências Sociais pelo IFCS/UFRJ (1987). Pesquisadora associada ao INCT-Ineac/Nufep/UFF e ao NUSIS-ESS e NECVU-IFCS/UFRJ.
O projeto de extensão concederá horas de atividades complementares. A palestra acontece às 18 horas, na sala 3, do Instituto Biomédico da UFF - R. Prof. Hernani Melo, 101 - São Domingos, Niterói - RJ.
Confira abaixo a programação toda do projeto.
VESTIBULAR CEDERJ ABRE INSCRIÇÕES
Estão abertas as inscrições do Vestibular Cederj 2019.1. Para se inscrever, o candidato deve acessar o formulário de inscrição até 31 de outubro de 2018 e, ao final do preenchimento imprimir o boleto para efetuar o pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 88. Serão ofertadas 7.684 vagas distribuídas nos 16 cursos de graduação a distância em Universidades Públicas, 625 a mais do que as oferecidas no último semestre.
Para se inscrever: clique aqui!
Para acessar o Manual do Candidato: clique aqui!
Para acessar o Edital: clique aqui!
Este acréscimo no número de vagas aconteceu porque quatro polos receberão novos cursos a partir do próximo ano: Licenciatura em Ciências Biológicas (UERJ) no polo de Belford Roxo, Engenharia de Produção (CEFET) no polo de Campo Grande, Engenharia de Produção (UFF) no polo de Paracambi e Licenciatura em Turismo (UFRRJ) no polo de Rio das Flores. Além disso, outros nove polos Cederj – Barra do Piraí, Belford Roxo, Campo Grande, Itaperuna, Rio Bonito, Três Rios, Petrópolis, Niterói e São Gonçalo – estão com mais ofertas de vagas em seus cursos, aumentando as chances de ingresso no Ensino Superior em 2019.
As vagas destinadas para o Curso de Tecnologia em Segurança Pública são reservadas apenas para os profissionais da ativa da Segurança Pública, como: Policiais Civis e Militares do Estado do Rio de Janeiro, Guardas Municipais, Agentes Penitenciários, Bombeiros, Policiais Rodoviários Federais, Policiais Federais, membros das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), Agentes Portuários e Policiais Civis e Militares de outros Estados da federação.
As provas serão aplicadas no dia 01 de dezembro de 2018, a partir das 9h (horário de Brasília) e as aulas começam no primeiro semestre de 2019.
Serviço Vestibular Cederj:
Valor da Inscrição: R$ 88,00
Para se inscrever: clique aqui!
Para acessar o Manual do Candidato: clique aqui!
Para acessar o Edital: clique aqui!
Período de inscrição: 24/09 a 31/10 de 2018.
Prova: 01/12/2018 com início às 9h.
Resultado: 15/01/2019.
Início das aulas: primeiro semestre de 2019.
Simpósio Internacional "Segurança, Espaço Público,Desigualdade e Cidadania - Olhares comparados Brasil e Africa do Sul"
Acontece nos próximos dias 29 e 30/10/2018, no Instituto Biomédico da UFF, o Simpósio Internacional entitulado "Segurança, Espaço Público,Desigualdade e Cidadania - Olhares comparados Brasil e Africa do Sul".
O evento consiste de três atividades, assim distribuídas:
29/10 - Auditório do Instituto Biomédico da UFF, às 18h
Exibição do Filme "Logo ali: Africa do Sul" , seguido de debate com o diretor Beto Chaves.
Sinopse: Um policial do Rio de Janeiro vai a Africa do Sul e tenta compreender como a sociedade marcada pelo apartheid, vive o desafio de promover noções de igualdade em um país marcado pela lógica doracismo e com 11 línguas oficiais. O policial, que dirige o documentário junto com Léo Santos, constrói sua narrativa com as pessoas do povo, que falam de seus cotidianos e de suas percepções sobre variados aspectos.
O endereço do Instituto Biomédico é Rua Professor Hernani Pires de Melo, 102.
30/10 - Laboratório de Estudos Multimidia do InEAC (LEMI), em dois horários
10h - Conferência Internacional:
"Flawed Accountability - partisan policing and its possibilities and failures" -
Dra. Julia Hornberger - Antropóloga e professora da Wittswaterands University
Comentários: Roberto Kant de Lima (INCT-InEAC)
O LEMI está situado na Rua José Clemente, 73, 9º andar, Niterói, Centro.
14h - Mesa Redonda: Uma África boa para pensar o Brasil: novos contextos da política e da pesquisa no sul-global
Erick Omena - Observatório das Metrópoles
Flávia Medeiros Santos - Grupo de Estudos e Pesquisa em Antropologiado Direito e das Moralidades (GEPADIM/NUFEP/UFF)
Ronaldo Lobão - Nucleo de Pesquisas Empíricas em Instituições Jurídicas (NUPIJ/FD/UFF)
Elizabete Albernaz - Laboratório de Estudos sobre Conflitos, Cidadania eSegurança Pública (LAESP/UFF).
As atividades no LEMI - Laboratório Estúdio Multimídia do INEAC serão transmitidas pelo canal do Youtube: https://www.youtube.com/c/ineac ou pelo facebook no endereço https://www.facebook.com/inctineac/
O evento é promovido pelo Laboratório de Estudos sobre Conflitos,Cidadania e Segurança Pública (LAESP), núcleo integrante do InEAC eINCT-InEAC.
Seminário: Práticas em Pesquisa no TCE-RJ: seus desdobramentos e aplicações
Acontece nessa quarta-feira, dia 17 de outubro de 2018 o Seminário: Práticas em Pesquisa no TCE-RJ: seus desdobramentos e aplicações. A atividade promovida pela Escola de Contas e Gestão do TCE-RJ terá várias palestras. O Cientista Político Pedro Heitor Geraldo , pesquisador vinculado ao INCT-INEAC (Professor Adjunto do Departamento de Segurança Pública e Vice-diretor do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos da Universidade Federal Fluminense (InEAC-UFF). Doutor em Ciência Política pela Université Montpellier 1. Mestre pelo Programa em Pós-graduação em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense (2006); participa do evento e promoverá a palestra: Diferentes contextos de pesquisa e suas possibilidades . O seminário acontece 14h às 17h na Escola de Contas e Gestão do TCE-RJ - Rua da Constituição, 44, Centro, Rio de Janeiro, RJ.
Confira abaixo a programação completa do Seminário
Palestras:
Abertura:
Rodrigo Melo do Nascimento (Conselheiro do TCE-RJ)
João Paulo Menezes Lourenço (Diretor-Geral da Escola de Contas e Gestão - ECG/TCE-RJ)
- Diferentes contextos de pesquisa e suas possibilidades
Pedro Heitor Barros Geraldo
- Programa de Pesquisa ECG/TCE-RJ
Sérgio Paulo Vieira Villaça
- Caminhos de Pesquisa: análise de dados e seus desdobramentos no Controle Externo
Bruno Mattos S. S. Melo (Secretaria-Geral de Controle Externo - SGE/TCE-RJ)
Marcos Ferreira da Silva (SGE/TCE-RJ)
Mediador: Alberto Tavares Neto (SGE-TCE-RJ)
- A Importância do controle tecnológico em obras de pavimentação asfáltica
Francisco Magalhães (SGE/TCE-RJ)
Sandra Oda (Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ)
Mediador: Rafael Guedes (SGE/TCE-RJ)
- Breve Análise consolidada: impactos do programa de pesquisa no cotidiano do TCE-RJ
Eduardo dos Santos Guimarães (Secretaria-Geral de Administração - SGA/TCE-RJ)
|
PALESTRA - "Como a Antropologia pode contribuir para a pesquisa jurídica? Um desafio metodológico.
O curso de bacharelado em Segurança Pública e Social da UFF e o Ineac promovem hoje, 10 de outubro de 2018, mais uma atividade do projeto DIÁLOGOS ENTRE ANTROPOLOGIA E DIREITO, coordenado pela antropóloga Luciane Patrício (DSP-UFF).
A palestrante hoje é a pesquisadora Barbara Lupetti - Possui doutorado (2012) e mestrado (2007) em Direito pela Universidade Gama Filho. É Professora Adjunta da Faculdade de Direito da UFF. Professora Permanente do PPGD/UVA. Pesquisadora integrante do Instituto de Estudos Comparativos em Administração de Conflitos (NEPEAC/InEAC/PROPPI). A professora Barbará vai desenvolver o tema "Como a Antropologia pode contribuir para a pesquisa jurídica? Um desafio metodológico.
O projeto de extensão concederá horas de atividades complementares. A palestra acontece às 18 horas, na sala 3, do Instituto Biomédico da UFF - R. Prof. Hernani Melo, 101 - São Domingos, Niterói - RJ.