Claúdio Salles
QUANDO O CAMPO É A POLÍCIA: EXPERIÊNCIAS ETNOGRÁFICAS NA PM-RJ
A antropóloga Haidée Caruso (UNB), pesquisadora associada do INCT/InEAC e pesquisadora visitante da ICS - ULisboa , participa, nessa sexta 26 de fevereiro de 2018, do Seminário GI - Identidades, Culturas, Vulnerabilidades; desenvolvendo o tema QUANDO O CAMPO É A POLÍCIA: Experiências etnográficas na PM-RJ.
A atividade, coordenada pelas professoras Suzana de Matos Viegas e Virginia Calado, tem início às 13:30h na sala Polivalente da ICS ULISBOA.
HOMICÍDIO, SUICÍDIO, MORTE ACIDENTAL... O QUE FOI QUE ACONTECEU?
O artigo discute as práticas dos profissionais responsáveis por classificar uma morte como “homicídio”, suicídio”, “acidente” ou “morte natural” à luz de abordagens construtivistas que tratam dos processos de criminalização. São analisadas as receitas profissionais utilizadas pelo staff da perícia criminal na tipificação de ocorrências. A pesquisa foi realizada em 2012 com base na observação de 19 “perícias de local do crime” no Rio de Janeiro. Os resultados indicam que as práticas adotadas em casos de morte típicos são diferentes das receitas profissionais seguidas pelo mesmo staff nos casos de morte atípicos. Por isso, o trabalho da perícia parece pouco contribuir para a elucidação da autoria em casos típicos de mortes classificadas como homicídios. Os resultados demonstram a desigualdade social na investigação dos homicídios.
OLHARES, XINGAMENTOS E AGRESSÕES FÍSICAS: A PRESENÇA E A (IN)VISIBILIDADE DE CONFLITOS REFERENTES ÀS RELAÇÕES DE GÊNERO EM ESCOLAS PÚBLICAS DO RIO DE JANEIRO
OLHARES, XINGAMENTOS E AGRESSÕES FÍSICAS: A PRESENÇA E A (IN)VISIBILIDADE DE CONFLITOS REFERENTES ÀS RELAÇÕES DE GÊNERO EM ESCOLAS PÚBLICAS DO RIO DE JANEIRO
Ana Paula Mendes de Miranda*
Bóris Maia**
Universidade Federal Fluminense – Brasil
Resumo: Tomando por objeto conflitos referentes às relações de gênero ocorridos em escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, pretende-se contrastar a visibilidade da temática das relações de gênero na esfera pública com a invisibilidade que tal temática adquire no cotidiano das escolas públicas. Observa-se que os conflitos que ocorrem na escola são classificados como “problemas de disciplina”, sendo muitas vezes associados a práticas de discriminação de gênero, que se manifestam como parte constitutiva das sociabilidades escolares. A partir da descrição de dois casos de conflitos de gênero, busca-se mostrar os agentes envolvidos, os discursos mobilizados e a forma institucional pela qual foram administrados pela equipe técnico-pedagógica da escola. Os dados apresentados derivam de uma pesquisa realizada em diferentes escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, nas quais as atividades escolares foram acompanhadas a partir de trabalho de campo e observação participante.
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: A CONSTRUÇÃO DE UM PROBLEMA PÚBLICO
Disponível para download no site do InEAC o artigo - INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: A CONSTRUÇÃO DE UM PROBLEMA PÚBLICO, escrito por Ana Paula Mendes de Miranda (Professora Associada I do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia – UFF, pesquisadora do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas (NUFEP) e do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT-Ineac) – UFF, bolsista de Produtividade 2 - CNPQ.); Roberta de Mello Correa (Bolsista Pós-doc CAPES do Programa de Pós-graduação em Antropologia – UFF, pesquisadora do
Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas (NUFEP) e do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT-Ineac) – UFF ) e Rosiane Rodrigues de Almeida ( Bolsista CAPES. Doutoranda em Antropologia do Programa de Pós-Graduação em Antropologia – UFF e também pesquisadora do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas (NUFEP) e do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT-Ineac) – UFF).
ASCENSÃO, QUEDA E RESSURREIÇÃO DOS INCTS
Ascensão, queda e ressurreição dos INCTs
Mais inovador programa para desenvolvimento da ciência e tecnologia agoniza.
Por Carlos Morel e Renata Hauegen
Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia foram criados há cerca de dez anos, visando fortalecer essas áreas essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país. O edital 15/2008 do CNPq, que criou o programa INCT, adotou inovações financeiras, gerenciais e organizacionais: 1- estruturado em rede virtual de laboratórios líderes no Brasil e no exterior; 2- destinado a grupos liderados por pesquisadores nível I do CNPq; 3- focado em temas de interesse nacional ou áreas prioritárias para determinados Estados; 4- financiado por um pool de recursos do CNPq, Capes, fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs) e Ministérios atuantes em áreas específicas (saúde, energia, meio ambiente, agricultura); 5- gestão, monitoria e avaliação via comitê gestor central e comitês gestores em cada INCT.
PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DA TRADIÇÃO INQUISITORIAL NO BRASIL: ENTRE DELAÇÕES E CONFISSÕES PREMIADAS, POR ROBERTO KANT DE LIMA E GLAUCIA MARIA PONTES MOUZINHO
Este artigo, fruto de pesquisa empírica, explicita o fato de que os recentes acontecimentos judiciários observados nos processos oriundos das ações penais referentes ao chamado Mensalão e da Operação Lava-Jato apenas tornaram mais transparentes e de domínio público procedimentos rotineiros da Justiça Criminal brasileira, empregados pelos tribunais no trato das infrações atribuídas às classes populares. No caso da Operação Lava-Jato, a adesão ao instituto da delação (ou colaboração) premiada acabou por promover a sujeição criminal dos poderosos acusados, processo que resultou por igualá-los aos alvos mais frequentes da repressão criminal no Brasil.
Curso de Especialização em Justiça Criminal e Segurança Pública
Curso de Especialização em Justiça Criminal e Segurança Pública
Curso Superior de Bacharelado em Segurança Pública e Social
Curso Superior de Bacharelado em Segurança Pública e Social
Tecnologia em Segurança Pública
Tecnologia em Segurança Pública
COORDENADOR DO INCT INEAC RECEBE OUTORGA DE CIENTISTA DO NOSSO ESTADO
O antropólogo Roberto Kant de Lima, coordenador do INCT InEAC recebeu nessa quarta-feira, dia 31 de janeiro de 2018, a outorga de CIENTISTA DO NOSSO ESTADO. A solenidade aconteceu na Sala Cecília Meireles na, cidade do Rio de Janeiro e contou com as participações do Governador do Estado do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão; do Ministro da Ciencia e Tecnologia, Inovações e Comunicação, Gilberto Kassab; do presidente da FINEP Marcos Cintra; do Secretário do Estado de Ciência e Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social Gabriel Carvalho dos Santos; do Presidente do CNPQ (interino) Marcelo Marcos Morales, e do presidente da FAPERJ Ricardo Vieiralves de Castro.
Roberto Kant de Lima, um dos grandes pensadores brasileiros no campo da antropologia, segurança pública e administração de conflitos, possui graduação em Direito pela Faculdade de Direito de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1968), mestrado em Antropologia Social pelo Museu Nacional UFRJ (1978), doutorado em Antropologia pela Harvard University (1986), pós-doutorado na University of Alabama at Birmingham (1990). É Coordenador do INCT-InEAC - Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos, Coordenador do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Administração Institucional de Conflitos (NEPEAC/PROPPI/UFF), Professor do PPGD da Universidade Veiga de Almeida (UVA), Professor do PPGA da Universidade Federal Fluminense (UFF), Professor Titular Aposentado do Departamento de Antropologia e Professor Aposentado Adjunto do Departamento de Segurança Pública da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A, Bolsista do Programa Cientistas do Nosso Estado da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. Foi Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PROPPI UFF),Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Vice Presidente da Associação Brasileira de Antropologia, Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Direito da Faculdade de Direito da Universidade Gama Filho, Professor visitante da Faculdade de Filosofia e Letras (Doutorado em Antropologia) da Universidade de Buenos Aires, Professor visitante do Departamento de Criminologia da University of Ottawa. Foi membro do Comitê Assessor de Antropologia e Coordenador do Comitê Assessor de Ciências Sociais do CNPq, e é Representante titular das Universidades Federais no Conselho Superior da FAPERJ-SECTI/RJ, consultor ad hoc da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), de diversas Fundações Estaduais de Apoio à Pesquisa e do FONCyT-Fondo para la Investigación Científica y Tecnológica (Argentina) e do Consejo de Investigaciones Científicas y Técnicas da Argentina-CONICET. Tem experiência na área de Teoria Antropológica, com ênfase em Método Comparativo, Antropologia do Direito e da Política, Processos de Administração de Conflitos e Produção de Verdades e em Antropologia da Pesca.