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Claúdio Salles

Claúdio Salles

Na última quarta FEIRA,  27 de julho aconteceu o lançamento do curta-metragem “Os caminhos de Xangô – a resistência das religiões afro-brasileiras”, na sala de cinema Walmir Almeida, no Centro Cultural de Aracaju.
 
A atividade, realizada pela Diretoria de Direitos Humanos (DDH) da Secretaria Municipal da Assistência Social, integra o projeto “Aracaju Sem Racismo” e marca as ações do “Julho das Pretas”, em alusão ao Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha, comemorado no dia 25 de julho.
 
O diretor de Direitos Humanos de Aracaju, Ilzver Matos, comenta que “Com a criação do projeto ‘Aracaju Sem Racismo’ a Prefeitura reconheceu a importância de enfrentar a questão do racismo em nossa cidade. O lançamento do curta-metragem se soma às várias ações, levantando a questão da intolerância contra as religiões de matriz africana.
 
 
Material didático
Com a duração de 12 minutos, o curta é resultado do projeto de pesquisa “Diversidades e intolerâncias: análise de processos de mobilizações e de políticas públicas em conflitos de natureza religiosa, étnico-racial e de gênero”, coordenado pela professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ana Paula Miranda. A produção do curta-metragem foi feita pelos estudantes Mariana Maiara Soares e Iago Menezes.
 
“Só tenho a agradecer, pois Aracaju nos acolheu desde que começamos a pesquisa, em 2016. Então é uma grande alegria poder fazer o primeiro lançamento aqui no Centro Cultural e contando com a parceria da Diretoria de Direitos Humanos, que nos ajudou diretamente para a realização do curta-metragem”, relata a antropóloga Ana Paula Mendes de Miranda (UFF - INCT/INEAC)
 
Segundo a pesquisadora, a proposta é que o filme seja utilizado como material didático, contribuindo para o combate ao racismo. “A intolerância religiosa é uma das principais manifestações do racismo contra a população negra. No curta, apresentamos o caso da violação do terreiro do Pai Lau, que teve o espaço sagrado violado pela polícia, num caso explícito de racismo institucional”, detalha Ana Paula. 
 
No link abaixo acesse a matéria sobre o Lançamento de "Os caminhos de Xangô – a resistência das religiões afro-brasileiras". 
 
 
 
 

A EDUFF está lançando o livro A LUTA POR UM MODO DE VIDA: Enfrentamento ao racismo religioso no Brasil . A obra de autoria da antropóloga Dra. Rosiane Rodrigues de Almeida, pesquisadora vinculada ao INCT/INEAC foi vencedora da primeira edição do Prêmio Lélia Gonzalez, categoria "Melhor Tese", concedido pelo Comitê de Antropólogas/os Negras/os da Associação Brasileira de Antropologia na 32ª Reunião Brasileira de Antropologia (2020) e é uma leitura fundamental para quem deseja entender as agressões que, contemporaneamente, atingem aos povos e comunidades de matriz africana. O livro tratam também das mobilizações que tem possibilitado resistir e reivindicar direitos, arduamente conquistados pelos terreiros.

 

 

"Direitos, Desigualdades e Ciência - Impactos da pandemia em Perspectiva Comparada" , esse é o tema do IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO INCT/INEAC, que já está com as inscrições abertas e acontecerá entre os dias  25 a 28 de Outubro de 2022, no formato híbrido.

 

FORMATO HÍBRIDO

 

Algumas atividades, como os GTs serão realizadas inteiramente online, porem as Mesas Temáticas e Conferências acontecerão presencialmente, na recém inaugurada sede do IAC, o Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos, no campus do Valonguinho da UFF, com transmissão ao vivo realizada pelo LEMI- laboratório Estúdio Multimídia do INCT-InEAC. 

O IX Seminário é aberto a todas e todos. As mesas e conferências serão transmitidas ao vivo pelo nosso canal no YouTube e também poderão ser assistidas presencialmente no auditório do IAC, no campus do Valonguinho da UFF.

Por outro lado, os GTs não terão transmissão ao vivo e os inscritos deverão acessá-los pela plataforma Zoom, cujos links estarão disponíveis na área dos inscritos no site www.seminariodoineac.com.br.

É imprescindível que todas e todos que desejem assistir aos GTs estejam devidamente inscritos, bem como para receber os certificados de ouvinte das Mesas e Conferências.

 

Fiquem atentos aos prazos de inscrição do evento e também de submissão de trabalho nos nossos GTs.

 

Mais informações acesse o Site do IX SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO INCT/INEAC através do link

https://www.ixseminariodoineac.com/

 

 

Aconteceu entre os dias 20 e 22 de Julho de 2022. em Maceió - AL,  o VIII Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cientrometria. que discuti governança institucional, responsabilidade social das universidades e a busca da soberania. O tema geral dessa 8º edição foi Métricas responsáveis: desafios e oportunidades para a pesquisa e avaliação da ciência e tecnologia.

A Professora Thaiane de Oliveira, pesquisadora vinculada ao INCT/INEAC participou do evento no segundo dia do 8º EBBC,  na Mesa: Métricas responsáveis e o impacto das universidades na sociedade: desafios e perspectivas . Nessa atividade, além dela, estiveram também a Dra. Samile Andrea de Souza Vanz (UFRGS), o Dr. Alejandro Uribe Tirado (Universidad de Antioquia, Colômbia) e a mediação foi da Dra. Kizi Mendonça de Araújo (Fiocruz).

Para assistir acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=GBXrtM4UHUw

 

 

Aconteceu entre os dias 20 e 22 de Julho de 2022. em Maceió - AL,  o VIII Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cientrometria. que discuti governança institucional, responsabilidade social das universidades e a busca da soberania. O tema geral dessa 8º edição foi Métricas responsáveis: desafios e oportunidades para a pesquisa e avaliação da ciência e tecnologia.

A Professora Thaiane de Oliveira, pesquisadora vinculada ao INCT/INEAC participou do evento no segundo dia do 8º EBBC,  na Mesa: Métricas responsáveis e o impacto das universidades na sociedade: desafios e perspectivas . Nessa atividade, além dela, estiveram também a Dra. Samile Andrea de Souza Vanz (UFRGS), o Dr. Alejandro Uribe Tirado (Universidad de Antioquia, Colômbia) e a mediação foi da Dra. Kizi Mendonça de Araújo (Fiocruz).

Para assistir acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=GBXrtM4UHUw

 

 

A Editora Proprietas promove, no dia 25 de julho, o lançamento do livro “A confissão pelo avesso: sacramento da penitência e assédio sexual a mulheres no Brasil setecentista”, de autoria da historiadora Lana Lage , pesquisadora vinculada ao INCT/INEAC. 

A Blooks Livraria é localizada na praia de Botafogo, 316 (Espaço Itaú de Cinema), às 18h. A entrada no evento é gratuita.

 

O site do INCT INEAC republica aqui o artigo  SEGURANÇA PÚBLICA E DEMOCRACIA: DECIFRA-ME OU TE DEVORO escrito por RODRIGO GHIRINGHELLI DE AZEVEDO (Sociólogo, professor da Escola de Direito da PUCRS) e  FERNANDA BESTETTI DE VASCONCELLOS

(Socióloga, Coordenadora do PPG em Segurança Cidadã da UFRGS) . O artigo foi originalmente publicado no site https://fontesegura.forumseguranca.org.br/seguranca-publica-e-democracia-decifra-me-ou-te-devoro/ 

 

 

SEGURANÇA PÚBLICA E DEMOCRACIA: DECIFRA-ME OU TE DEVORO

A GRANDE QUESTÃO QUE SE COLOCA É A BAIXA ADESÃO DE POLICIAIS DE VÁRIOS NÍVEIS HIERÁRQUICOS E GERAÇÕES AO VALORES DEMOCRÁTICOS E CONSTITUCIONAIS, E A ADESÃO SIGNIFICATIVA AO CANTO DA SEREIA DE UMA PERSPECTIVA AUTORITÁRIA

A história dos mecanismos institucionais de controle social e administração de conflitos no Brasil pode ser contada como a história da imposição violenta de uma ordem social, política e econômica desigual e excludente. Desde a consolidação do estado nacional, que este ano completa 200 anos de independência, diversos foram os episódios em que as forças militares e policiais foram utilizadas para a supressão de conflitos, revoltas e manifestações populares de descontentamento.

Regimes autoritários, como o Estado Novo e a Ditadura Militar, foram caracterizados pelo maior aparelhamento especialmente da investigação criminal, tradicionalmente baseada em confissões de acusados e na palavra de informantes da polícia, com a utilização da tortura em delegacias de polícia contra as classes populares e os opositores do regime. Mas, mesmo em períodos de maior abertura política, os padrões de atuação violenta e discricionariedade sem controle teimam em permanecer, e se relacionam com a existência de zonas de sombra onde atuam esquadrões da morte ou milícias privadas, produzindo padrões elevados de letalidade, medo e desconfiança, e comprometendo a legitimidade social das polícias.

Com a redemocratização dos anos 80, o desafio de democratização do funcionamento das polícias foi colocado como uma questão chave para os novos governadores eleitos durante aquela década, antes mesmo da promulgação da Constituição de 88, como Leonel Brizola no Rio de Janeiro e Franco Montoro em São Paulo. A partir de 88, se não pudemos contar com um texto constitucional mais transformador em relação às estruturas institucionais das polícias, ao menos passamos a ter mais claramente estabelecidos os direitos e garantias fundamentais, que deveriam balizar o funcionamento das instituições de justiça e segurança no país.

Ao longo das décadas de 90 e 2000, diversas iniciativas foram tomadas pelo governo federal no sentido de assumir maiores responsabilidades na coordenação e no financiamento de ações para formar, equipar e melhor estruturar as policiais federal e estaduais, além de fomentar iniciativas de cooperação entre os diversos entes federativos, incluindo os municípios e as instituições de justiça e segurança.

No entanto, problemas relacionados com a violência policial, a corrupção, e a reprodução da desigualdade social como desigualdade de tratamento pelas instituições não foram resolvidos, e no atual momento passaram inclusive a ser estimulados ou minimizados pelo governo federal, o primeiro a assumir em confronto explícito com os ideais democráticos da Carta de 88. O resultado não são apenas as altas taxas de letalidade policial, mas também altas taxas de suicídio dentro das corporações, problemas de saúde  mental e de violência doméstica, entre outros.

A grande questão que se coloca, e que merece a construção de uma agenda de pesquisa e de intervenção no campo, é a baixa adesão de policiais de vários níveis hierárquicos e gerações ao valores democráticos e constitucionais, e a adesão significativa ao canto da sereia de uma perspectiva autoritária, que ao mesmo tempo inaugura um novo período e se relaciona com a longa duração de um padrão de funcionamento do Estado brasileiro no campo da segurança pública, tradicionalmente inquisitorial e elitista, voltado para a defesa de interesses particularistas e corporativos mais do que para a garantia de uma segurança pública baseada em critérios universalistas, democráticos e legalmente legitimados.

Pretendemos, em uma série de artigos publicados a partir deste mês no Fonte Segura, propor aos leitores uma reflexão sobre esses temas, para tentar responder à esfinge da nossa jovem democracia: decifra-me ou te devoro. Consideramos que as pistas para a resolução do mistério já foram lançadas por uma rica produção do campo dos estudos sociológicos, políticos e antropológicos da violência e da administração de conflitos no Brasil.

Conceitos-chave dessa produção, como os de ética policial, acumulação social da violência, violência socialmente implantada, legitimidade da atuação policial/judicial, (não) Estado de Direito, segurança cidadã, masculinidade violenta, precisam ser valorizados e acionados para a compreensão de uma realidade complexa e multifacetada, e de processos sociais em que as mudanças são frequentemente neutralizadas ou bloqueadas por atores e estruturas institucionais que sustentam privilégios e critérios desiguais de tratamento, característicos de sociedades pré-modernas, e que hoje se confundem com as características de uma nova ordem social dita pós-moderna.

Como perguntava Caetano Veloso em Podres Poderes (1984), estaremos fadados a sempre confirmar a incompetência da América Católica, que sempre precisará de ridículos tiranos? E cada paisano e cada capataz, com sua burrice fará jorrar sangue demais, nos pantanais, nas cidades, caatingas e nos gerais? Será possível escrever uma outra história? Talvez, desde que possamos retomar o fio da meada de uma ideia de democracia como sendo não apenas o regime em que é possível escolher os governantes, mas também em que há um horizonte de reconhecimento de cada um como cidadão portador de direitos. A pergunta que lançamos a partir deste artigo é: o que a polícia tem a ver com isso?

 

A Editora Autografia acaba de lançar, dentro da coleção CONFLITOS, DIREITOS E SOCIEDADE o livro "UFF nas ruas: um projeto de extensão de assessoria popular em administração de conflitos urbanos na cidade de Niterói" .  Escrito pelos pesquisadores Lenin Pires (UFF-INCT/INEAC) e Juliana Vinuto (UFF/INCT/INEAC), este livro apresenta os principais resultados alcançados na primeira fase de realização do projeto de extensão “UFF nas Ruas: assessoria popular em administração de conflitos urbanos na cidade de Niterói (RJ)”. O livro fala sobre os principais desafios enfrentados, além de suas potencialidades e conquistas, dando espaço para todos os grupos relevantes para a realização do UFF nas Ruas: os coordenadores do projeto, os estudantes extensionistas e os interlocutores dos cinco GTs: Trabalhadores Ambulantes, Povos de Terreiro, População LGBTI, Privação de Liberdade e Comunicação e Informação.

O exemplar pode ser adquirido no site da Autografia: https://www.autografia.com.br/produto/uff-nas-ruas-um-projeto-de-extensao-de-assessoria-popular-em-administracao-de-conflitos-urbanos-na-cidade-de-niteroi/

Essa semana, no dia 22/07, encerram as inscrições para o processo seletivo do Programa de Pós-graduação em Justiça e Segurança/UFF. 

Acesse o edital no PDF em anexo para mais informações.

 

O site do INCT INEAC disponibiliza o artigo "Mediação de Conflitos e Justiça Restaurativa no Brasil: balanço de vinte anos de produção acadêmica", escrito pelas pesquisadoras Juliana Tonche - Universidade Federal do Vale do São Francisco e Kátia Sento Sé Mello da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisadora vinculada ao INCT INEAC.

O artigo foi publicado na  CONTEMPORÂNEA - Revista de Sociologia da UFSC - https://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/view/978

Resumo

A mediação de conflitos e a justiça restaurativa constituem-se em alternativas à tradicional maneira como as instituições de justiça e segurança pública lidam com conflitos cotidianos e violências. Considerando a aparente expansão dessas práticas e pesquisas sobre o tema, nosso objetivo é analisar a produção acadêmica relativa à mediação e JR no Brasil, entre os anos 2000 e 2019. Qual lugar o tema ocupa nas Ciências Humanas e Sociais no Brasil? Seriam a mediação e a JR temas de “baixo impacto”, conforme aparecem nas práticas implementadas no sistema de justiça criminal? 

Para ler o artigo acesse o link acima ou faça abaixo  download do PDF . 

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