Claúdio Salles
EBC entrevista antropólogo Roberto Kant, coordenador do INCT INEAC
A EBC - Empresa Brasil de Comunicação entrevistou o antropólogo Roberto Kant de Lima que falou sobre o X SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO INCT INEAC e sobre as pesquisa desenvolvidas pelos pesquisadores da rede.
Professor fala sobre ciclo de debates abordando desigualdades
O antropólogo Roberto Kant de Lima defende que a sociedade brasileira tende a transformar diferenças em desigualdades
A Universidade Federal Fluminense (UFF) promove seminário para discutir desigualdades jurídicas, econômicas e sociais. Para entender melhor a proposta do evento o Revista Rio conversou com o professor Roberto Kant de Lima, antropólogo, professor emérito da UFF e coordenador do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC).
Confira a matéria no site da EBC -
https://audios.ebc.com.br/2d/2d0e38dbe71a14b3d8a8d168392b0bbc.mp3
10ª Edição do Seminário Internacional do INCT-InEAC tem início nesta quinta-feira
Nessa quinta-feira, dia 23 de novembro de 2023, terá início a 10ª edição do Seminário Internacional promovido pelo Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC), rede internacional de pesquisa com sede na Universidade Federal Fluminense e que agrega instituições, grupos de pesquisa e programas de pós-graduação de sete estados brasileiros (RJ, MG, SP, RR, RS, SC e MS) e do Distrito Federal, e de outros oito países além do Brasil (Canadá, Argentina, França, Estados Unidos e Portugal, Suíça, Peru e México).
O evento começará com a Mesa Institucional de Abertura, transmitida online a partir das 9h pelo canal do YouTube do InEAC: https://www.youtube.com/watch?v=fWKLkUTEqVA
A Mesa de Abertura contará com a participação de importantes nomes da ciências brasileiras, incluindo Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto (Vice-Coordenador do INCT-InEAC/PPGA/NEOM-UFF), Lenin dos Santos Pires (Diretor IAC/UFF), Fábio Passos (Vice-reitor UFF) e Monica Maria Savedra (Pró Reitora PROPPI). A mediação ficará a cargo da antropóloga Paloma Monteiro (INCT-InEAC/UFF).
Após a abertura, terão início as reuniões dos Grupos de Trabalho (GT), programadas das 10h às 13h e das 14h às 17h. As atividades seguirão na sexta-feira, dia 24, nos mesmos horários.
Com o tema "Políticas Públicas em Perspectiva – a desigualdade como estruturante", o seminário ocorrerá de forma online nos dias 23 e 24 de novembro, sendo presencial entre 28 de novembro e 1º de dezembro, com realização no IAC - Instituto de Administração de Conflitos da UFF - Endereço: Outeiro de São João Batista, S/N, Campus do Valonguinho. Centro. Niterói - RJ. 24020-141.
A programação completa está disponível no site do evento. https://xseminarioinctineac.com/
Não deixe de acompanhar e participar desse importante fórum de discussão.
O LEMI - Laboratório Estúdio Multimídia do INCT INEAC transmitirá o evento pelo canal do INCT INEAC no youtube.
Segue abaixo os links para assistir ao X SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO INCT INEAC
Mesa Institucional de Abertura 23/11/23
com Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto (Vice-Coordenador do INCT-InEAC/PPGA/NEOM-UFF), Lenin dos Santos Pires (Diretor IAC/UFF), Fábio Passos (Vice-reitor UFF) e Monica Maria Savedra (Pró Reitora PROPPI).
A mediação ficará a cargo da antropóloga Paloma Monteiro (INCT-InEAC/UFF).
Horário – 9h
https://www.youtube.com/watch?v=fWKLkUTEqVA (Com transmissão em Libras)
- Terça-feira (28/11) - PRESENCIAL COM TRANSMISSÃO + LIBRAS
10h às 13h – Mesa 1:
Mesa comemorativa do aniversário de 10 anos de criação do curso de tecnólogo e 11 anos do curso de bacharelado em Segurança Pública e Social da UFF
Palestrantes: Roberto Kant de Lima (UFF); Leonardo dos Santos Ramos (PMRJ); Lenin dos Santos Pires (UFF); Pedro Heitor Barros Geraldo (UFF) e Mariana Rodriguez (SESEG).
https://www.youtube.com/watch?v=JC7d16avhb4
14h às 16h – Cine InEAC: “Marronage encontra Teatro do Oprimido”
Exibição do filme TEATRO MARRONAGE + Mesa com realizadores
Palestrantes: Mirian Alves de Souza (UFF); Claudio Salles (LEMI - InEAC/UFF); BenVindo Manima (PPGJS – UFF); Nianga Nicolina Lucau (PPGJS – UFF); Mediador: Antonio Claudio Ribeiro da Costa (PPGJS - UFF)).
https://www.youtube.com/watch?v=Wmp9CSnUXx0
16h30 às 18h - Conferência Internacional I:
Alain Battegay (Université Lumière, Lyon II), com o título "Egalité/inégalité dans les politiques de la ville en France: entre principe de légitimité et épreuves de mise en œuvre (effectivité, crédibilité, altérité)”.
Debatedor: Fabio Reis Mota (UFF).
Mediadora - Yolanda Gaffrée Ribeiro (INCT/INEAC)
https://www.youtube.com/watch?v=ofVbPZsy5Fg
- Quarta-feira (29/11) - PRESENCIAL COM TRANSMISSÃO + LIBRAS
10h às 13h - Mesa 2:
Desigualdade como estruturante: conflitos socioambientais e racismo
Palestrantes: Antonio Carlos de Souza Lima (Musel Nacional/UFRJ); Ronaldo Joaquim da Silveira Lobão (UFF); Lenin Pires (UFF).
https://www.youtube.com/watch?v=FSdioLnwKCY
14h às 17h – Mesa 3:
Desigualdade no sistema de justiça e segurança pública
Palestrantes: Karolynne Gorito de Oliveira (INCT-InEAC); Rafael Iorio (UVA); Marcus Vinícius Gonçalves da Cruz (FJP - MG).
https://www.youtube.com/watch?v=IM1p17ZVAV8
17h às 20h - Mesa Guerra em Gaza:
Violência, Geopolítica e o Paroxismo do Colonialismo Israelense na Palestina
Palestrantes: Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto (PPGA/NEOM-UFF); Gisele Chagas (PPGA/NEOM-UFF); Leonardo Schiocchet (Austrian Academy of Sciences/Universidade de Viena (via zoom); Daniele Abilas (NEOM-UFF).
https://www.youtube.com/watch?v=yGBW7JP4HZA
- Quinta-feira (30/11) - PRESENCIAL COM TRANSMISSÃO + LIBRAS
10h às 13h – Mesa 4:
Conflitos sociais e mundo digital
Palestrantes: Laura Graziela Gomes (UFF); Simone Evangelista (UERJ); Luis Nassif (Jornal GGN); Martin Soares (Lyon 2); Mediadora: Thaiane Moreira (UFF - ABC).
https://www.youtube.com/watch?v=ilvlzDVEC3Q
14h às 16h – Roda de Conversa com os alunos do ensino médio da rede pública do Estado do RJ:
Estudantes participantes do projeto Feira de Ciências – Conflitos e Diálogos na Escola; Jorge Paes (SEEDUC-RJ) e Lumárya Sousa (INCT-InEAC/ Ministério das Comunicações).
https://www.youtube.com/watch?v=JFjiOnCUEM0
16h às 18h – Lançamento de Livros e Coletâneas
18h30 – Coquetel do Lançamento de Livros
https://www.youtube.com/watch?v=NLFCaGnzbe8
Apresentação ao vivo da Orquestra de Ukeleles da UFRJ
https://www.youtube.com/watch?v=6En9QuDul50
- Sexta-feira (1º/12) - PRESENCIAL COM TRANSMISSÃO + LIBRAS
10h às 12h – Conferência Internacional II:
Marie-Hélène Sa Vilas Boas (Université Côte d’Azur), com o título: “Brasil, um extremo Ocidente. O projeto bolsonarista numa perspectiva histórica”. Debatedor: Fabio Reis Mota.
https://www.youtube.com/watch?v=vL89MSOlf7E
14h às 18h – Mesa de Encerramento:
Homenagem póstuma a Pedro Paulo Thiago de Mello + Cine InEAC
Exibição do doc "Botequim do Joia: afetos e resistências", de autoria de Kátia Sé Mello, com participação de Marco Antonio da Silva Mello (LeMetro/UFRJ); Felipe Berocan (UFF); Kátia Sé Mello (UFF); Soraya Simões (UFRJ).
https://www.youtube.com/watch?v=KbiD_98LdlE
Serviço:
X Seminário Internacional do INCT-InEAC
Onde: Auditório do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (IAC), campus do Valonguinho da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, no Rio de Janeiro.
Quando: 23/11 a 24/11 (online) e 28/11 a 1º/12 (presencial)
Mais informações no site do evento: https://xseminarioinctineac.com/
ETNOGRAFIA DE CONFLITOS E MOBILIZAÇÕES
A antropóloga Ana Paula Mendes de Miranda (UFF) , pesquisadora vinculada ao INCT INEAC está na Argentina participando de atividades acadêmicas na UBA - Universidade de Buenos Aires. Nessa terça-feira, 14 de novembro de 2023, ela estará se apresentando no "Encuetro de trabajo: ETNOGRAFIA DE CONFLITOS E MOBILIZAÇÕES", na Facultad de filosofia y letras .
Outras informações confira abaixo no cartaz do evento.
Colóquio “Intolerâncias e Racismos: uma multidimensionalidade de dois conflitos e políticas públicas”
Acontece na Faculdade de Filosofia e Letras da UBA - Universidad de Buenos Aires o Colóquio de Pesquisa em Antropologia Política e Jurídica “Intolerâncias e Racismos: a multidimensionalidade dois conflitos e políticas públicas” com a participação de Ana Paula Mendes de Miranda (INCT-InEAC | UFF) e a coordenação de María Victoria Pita ( CONICET | ICA, UBA).
A atividade está prevista para essa quarta-feira, 15 de novembro, às 17h, no Piso 9, Sala 11 do Edifício Anexo Bonifácio , Faculdade de Filosofia e Letras (J. Bonifácio 1337, CABA)
A conferência explicará o agravamento dos conflitos étnico-raciais-religiosos envolvendo as tradições africanas no Brasil, os processos de revitimização gerados pelas intervenções do poder público e a mobilização dos religiosos na luta pelos seus direitos. Resultado de pesquisas realizadas desde 2008 em diferentes cidades brasileiras, o trabalho do Dr. Aba Paula Mendes de Miranda também apresentará a experiência do GINGA, Grupo de Pesquisa e Ação para a Promoção das Religiões de Matriz Africana.
O evento é organizado PELO Programa de Antropologia Política e Jurídica / Equipe Poder de Polícia, Violência e Ativismo.
PARA ASSISTIR ACESSE: https://www.youtube.com/@ICAFILOUBA
"Entre pé-de-moleque e pasta de amendoim: incursões comparativas sobre os arranjos decisórios da Suprema Corte Norte-Americana e do Supremo Tribunal Federal do Brasil"
No próximo dia 22 de novembro de 2023 a Professora Fernanda Duarte, pesquisadora vinculada ao INCT/INEAC, vai apresentar nos Seminários do CAJU a palestra: "Entre pé-de-moleque e pasta de amendoim: incursões comparativas sobre os arranjos decisórios da Suprema Corte Norte-Americana e do Supremo Tribunal Federal do Brasil". A atividade acontecerá às 16h.
Para acompanha acesse o endereço do Zoom:
https://us06web.zoom.us/j/89052555593?pwd=Ugpga5BNrCRtatAaV2mAzqpa1nBaUo.1
Meeting ID: 890 5255 5593
Passcode: 491942
Seminário sobre Corrupção, Segurança e Justiça nos Governos Locais do México, Colômbia e Brasil
Seminário sobre Corrupção, Segurança e Justiça nos Governos Locais do México, Colômbia e Brasil
Com a participação do coordenador do INCT/INEAC, antropólogo Roberto Kant de Lima , acontece nos próximos dias 23 e 24 de novembro no México o Seminário sobre Corrupção, Segurança e Justiça nos Governos Locais do México, Colômbia e Brasil.
O Seminário tem como objetivo apresentar pesquisas sobre Acumulação Social de Violência, Tráfico de Mercadorias Políticas e Administração de Justiça” no Brasil, Colômbia e México e pretende responder às seguintes questões:
- Por que o México, o Brasil e a Colômbia, que sofreram problemas tão graves de insegurança, violência criminosa, corrupção e tráfico de poder político, têm resultados tão contrastantes em termos de responsabilização e processos? administração da justiça? Qual é o processo de acumulação social da violência no Brasil, na Colômbia e no México? Qual é o processo de acumulação do tráfico ilícito de mercadorias, do poder político e da corrupção no Brasil, na Colômbia e no México? Qual é o processo de obtenção de justiça contra a corrupção e a acumulação social de violência e de construção da paz e do Estado de direito no Brasil, no México e na Colômbia?
O evento está sendo convovado pelo Instituto de Pesquisa em Responsabilização e Combate à Corrupção do Centro Universitário de Ciências Econômico-Administrativas da Universidade de Guadalajara, Faculdade de Direito e Ciências Políticas da Pontifícia Universidade Bolivariana de Medellín e Centro Regional de Pesquisa Multidisciplinar, UNAM.
O Seminário sobre Corrupção, Segurança e Justiça nos Governos Locais do México, Colômbia e Brasil tem como gerente acadêmico o Dr. Faustino Medardo Tapia Uribe (CRIM-UNAM), e acontece na modalidade Híbrida (Presencial no Auditório “Raúl Béjar Navarro” do CRIM com transmissão remota no canal do YouTube da Coordenação de Ensino do CRIM.
Formulário de inscrição: https://forms.gle/5cg4h8cJitwjP9zn7
Ligas de transmissão ao vivo:
Sessão 1 (23 de novembro) https://youtube.com/live/qCyUTQhZ-50
Sessão 2 (24 de novembro) https://youtube.com/live/iaVJZ2FJOTY
Relatórios e contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Datas: 23 e 24 de novembro de 2023
Duração: 10 horas (9h30 às 14h30)
NOTA DE PESAR PELA PASSAGEM DO PROFESSOR DANIEL DOS SANTOS
É com profundo pesar que o Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT INEAC) comunica o falecimento do Professor Edmundo Daniel Clímaco dos Santos, da Universidade de Ottawa, Canada, no último dia 9 de novembro de 2023. Sua partida deixa uma lacuna irreparável em nossa comunidade acadêmica, sendo ele não apenas um renomado pesquisador, mas também um parceiro, colaborador, colega e amigo dedicado.
O Professor Daniel dos Santos cruzou nosso caminho em um congresso em Lisboa, onde sua presença foi inicialmente destacada por nossa estimada amiga e colega Neusa Gusmão, então na UNICAMP. A partir desse encontro, uma sólida amizade se desenvolveu, marcada pela troca de conhecimentos e experiências.
Em 1996, recebemos um convite honroso para participar de um seminário internacional na Universidade de Ottawa, iniciando uma colaboração que se estendeu por décadas. A delicadeza, agudeza de espírito, bom humor e espírito de companheirismo do Professor Daniel foram constantes em sua contribuição para o INCT INEAC.
Ao longo dos anos, sua participação foi fundamental no curso de especialização, como professor visitante no PPGA, e no acolhimento de nossos alunos da UGF e UFF em Ottawa. O professor Daniel foi um elo importante em nossa rede internacional, assinando e renovando convênios que fortaleceram nossos laços acadêmicos.
Além de suas notáveis contribuições no ambiente acadêmico, o Professor Daniel enriqueceu nossas vidas pessoais. Sua presença em Angola e sua frequente visita a Niterói e à UFF evidenciam a dimensão global de sua amizade e comprometimento.
Em memória do Professor Daniel dos Santos, expressamos nossas mais sinceras condolências à família, amigos e colegas. Sua ausência será profundamente sentida, mas seu legado e influência continuarão a inspirar gerações de estudiosos.
Que descanse em paz.
CÂMARA DE FLORIANÓPOLIS CONCEDE MEDALHA A PROFESSORA FLÁVIA MEDEIROS
A Câmara Municipal de Vereadores de Florianópolis concedeu à antropóloga Flavia Medeiros Santos, professora da UFSC e pesquisadora vinculada ao INCT INEAC, a Medalha Cruz e Sousa, que homenageia pessoas negras ou defensores da raça negra, nas áreas cultural, desportiva, de desenvolvimento social e educacional e outras, no município de Florianópolis. A cerimônia de entrega da medalha vai acontecer no dia 27 de novembro de 2023.
A professora Flavia Medeiros Santos, que é professora adjunta do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutora (2016) e Mestre (2012) em Antropologia, Bacharel e Licenciada (2009) em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (ICHF/UFF). Realizou período de mestrado - sanduíche (2011) na Universidad de Buenos Aires (UBA) e período de doutorado - sanduíche (2015-2016) na University of California, Hastings College of the Law (UC Hastings). Entre 2017 e 2019, atuou como pesquisadora de pós doutorado (PNPD/CAPES) vinculada ao Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Administração Institucional de Conflitos (NEPEAC/PROPPi/UFF), sede do Instituto Nacional de Tecnologia em Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT-InEAC). Foi professora substituta do Departamento de Segurança Pública (DSP) do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (IAC/UFF). Atualmente é pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Antropologia do Direito e das Moralidades (GEPADIM) do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisa (NUFEP/PPGA/UFF). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Teoria Antropológica, Antropologia Política e Antropologia do Direito, atuando principalmente nos seguintes temas: burocracias, conflitos, polícia, segurança pública e mortos. É autora de "Matar o morto: uma etnografia do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro" (Eduff, 2016) e "Linhas de investigação: uma etnografia das técnicas e moralidades numa Divisão de Homicídios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro" (Autografia, 2018), entre outros produtos. Atualmente, na UFSC, coordena, junto com a professora Alexandra Eliza Vieira Alencar, o Ebó Epistêmico, projeto de extensão vinculado à disciplina Estudos Afro-Brasileiros que vem reunindo cada vez mais estudantes pretos e pretas na universidade.
Confira abaixo o PDF em anexo com o PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 02657/2023 que Concede a Medalha Cruz e Sousa à professora Flavia Medeiros Santos.
.
Seminário Psicanálise e mal estar na contemporaneidade
O antropólogo Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto (UFF, INCT/INEAC) participa do encerramento do Seminário Psicanálise e mal estar na contemporaneidade que acontece no próximo dia 11 de novembro de 2023.
Com base em fragmentos e episódios imprecisos da história em Moisés e o Monoteísmo, Freud lança luz sobre a complexidade e a estranheza na identidade de Moisés. Ele inicia a obra afirmando: “Moisés, o egípcio” e com isso desconstrói a ideia da fixidez identitária de um povo e a desarticulação da linguagem que foi naturalizada para que o homem Moisés criasse uma nova ordem. Esta obra foi escrita durante os anos que caminhavam para a eclosão da II Guerra Mundial. Hoje, estamos diante de uma outra grande guerra sobre a qual consideramos necessário estranhar a linguagem ideologizada ou do senso comum sobre as identidades culturais . O Forum do Campo Lacaniano Rio de Janeiro encerra o semestre falando sobre o conflito Israel-Palestino do ponto de vista histórico-antropológico para compreendermos sua complexidade. O projeto tem a coordenação das pesquisadoras Elisa Cunha e Katia Sento Sé Mello (UFRJ e INCT/INEAC).
Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto (UFF , INCT/INEAC) possui graduação em Historia pela Universidade Federal Fluminense (1992), graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994), mestrado em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (1997) e doutorado em Antropologia - Boston University (2002). Atualmente é professor associado do Departamento de Antropologia e do PPGA da Universidade Federal Fluminense e coordenador do Núcleo de Estudos do Oriente Médio (NEOM) da UFF. Tem pesquisas etnográficas com ênfase nos seguintes temas: Antropologia do Islã, Peregrinações, Territórios Sagrados, Xiismo, Sufismo, Nacionalismo e Etnicidade, Impacto das Revoluções Árabes, Diásporas Árabes. Realizou trabalhos de campo etnográficos sobre diferentes aspectos da religiosidade muçulmana na Síria (1999-2010); Iraque (2012-2013); Tunísia (2014); Marrocos (2003; 2014); com as comunidades muçulmanas no Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte e Oliveira 2003-2020); Paraguai (Ciudad del Este 2005-2015, Encarnacion 2006, Asuncion 2015); e Argentina (2018, 2019, 2020). Bolsista Cientista do Nosso Estado da Faperj desde 2018. Bolsista de produtividade 1 C do CNPq desde 2018.
Antropologia e Direitos Humanos
O site NEXO - Políticas Públicas, publicou nessa semana matéria com a professora da Universidade Federal Fluminense, antropóloga Lucía Eilbaum, com recomendações de cinco leituras do campo antropológico que mostram as múltiplas tradições, significados e disputas que os “direitos humanos” ganham em diferentes contextos sociais, políticos, históricos e morais.
O que são os direitos humanos? É possível ser a favor ou contra os direitos humanos? O que se defende ou se ataca em nome dos direitos humanos? Eis algumas questões que fazem parte das controvérsias em torno da categoria nascida em um contexto histórico e político específico – a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela ONU, em 1948 – e que a Antropologia, por meio de diversas pesquisas, tem procurado destrinchar e problematizar.
Quando abordados de uma perspectiva etnográfica, é possível perceber as múltiplas tradições, significados e disputas que os “direitos humanos” ganham em contextos sociais, políticos, históricos e morais distintos. Superando uma perspectiva abstrata ou normativa, os direitos humanos se revelam a partir de sentidos locais, contextuais e muitas vezes até antagônicos. O debate teórico e político propiciado por esse instrumento legal resulta, portanto, em uma produção que tensiona a relação entre universalismo e particularismo, diversidade e desigualdade, colonialismo e racismo, entre outras noções.
Há 23 anos a ABA (Associação Brasileira de Antropologia) investe na premiação e publicação de artigos que resultam de pesquisas em torno do tema, por meio da série de livros “Antropologia e Direitos Humanos”, que já acumula dez volumes.
Este é o primeiro de cinco textos da parceria entre a ABA e o Nexo Políticas Públicas para a divulgação do acervo de livros da Associação na seção ‘Bibliografia básica’. São mais de 100 títulos, todos em acesso aberto, sobre variados temas que envolvem o saber e o fazer antropológicos. Sugerimos aqui cinco deles a fim de dar conta de diferentes contextos políticos e acadêmicos e das mudanças de temas e perspectivas nas densas relações entre Antropologia e Direitos Humanos. Nas próximas edições, você encontrará sugestões sobre antropologia e políticas públicas; raça, racismo e territorialidades negras; e povos indígenas.
Antropologia e Direitos Humanos 1
Regina Reyes Novaes e Roberto Kant de Lima (orgs.) Niterói: EdUFF, 2001
A coletânea reúne artigos reconhecidos na edição inaugural do Prêmio Antropologia e Direitos Humanos da ABA. Situando a interseção entre Antropologia e DHs, as discussões abordam a tensão entre a pretensa universalidade dos Direitos Humanos e conflitos morais na prática antropológica a partir de um caso de questionamento/aceitação da “mutilação ritual” oriundo da literatura de ficção; as tensões entre os direitos individuais, expressos na Declaração Universal dos DHs, e a emergência de novos sujeitos de direito coletivo; os limites e possibilidades de atuação e mediação de antropólogos/as brasileiros/as no processo de reconhecimento oficial dos direitos territoriais indígenas; as polêmicas que marcaram o movimento feminista no Brasil, projetado a partir da emergência de uma cultura de DH; e os modos de fazer política e produzir espaços de reivindicação de direitos humanos a partir do caso dos desaparecidos políticos durante a ditadura militar argentina.
Essa obra evidencia duas contribuições da Antropologia no campo dos direitos humanos. Primeiro, a importância de relativizar e situar os valores propostos em nome dos direitos humanos a partir de tradições locais. Segundo, demonstra que os ‘direitos humanos’, como muitas vezes enunciados, não são uma entidade abstrata. Ao contrário: resultam de ações, decisões, iniciativas e valores agenciados por pessoas, instituições e grupos específicos.
São autores desta edição: Debora Diniz, Rosinaldo Silva de Sousa, Paulo José Brando Santilli, Alinne de Lima Bonetti e Ludmila da Silva Catela.
Antropologia e Direitos Humanos 4
Miriam Pillar Grossi, Maria Luiza Heilborn e Sergio Carrara (Orgs). Blumenau: Nova Letra, 2006
A partir do volume 3, a diversidade temática está atravessada pelos processos de reconhecimento de direitos sustentados pela Constituição Federal de 1988 e outras legislações posteriores, atrelados a grupos e identidades específicas: crianças, mulheres, quilombolas, indígenas, ciganos, pescadores tradicionais, ribeirinhos, população LGBT, imigrantes. Nesse contexto, os trabalhos publicados evidenciam um momento histórico e político no qual a gramática dos direitos se torna uma forma legítima de reivindicar formas dignas de vida e igualdade de condições, diante das violências institucionais e das desigualdades sociais e jurídicas.
Sob esta chave, o quarto volume apresenta resultados de etnografias em campos empíricos diversos: reflexões em torno da interface entre intersexualidade, (bio)ética e direitos humanos; das práticas de justiça da infância e juventude a partir do ECA; da biotecnologia e do acesso aos conhecimentos tradicionais dos krahô; dos direitos civis entre trabalhadores informais nos trens da Central do Brasil; das relações entre polícia e justiça na violação de direitos na Argentina; das facções e a organização das prisões em São Paulo e dos saberes e formas de expressão de crianças em torno da violência em Florianópolis/SC.
Os capítulos dessa edição têm como autores: Paula Sandrine Machado, Patrice Schuch, Thiago Antônio Machado Ávila, Lenin Pires, Lucía Eilbaum, Karina Biondi e Danielli Vieira.
Antropologia e Direitos Humanos 6
Claudia Fonseca; Ana Lucia Pastore Schritzmeyer; Eliane Cantarino O’Dwyer; Patrice Schuch; Russell Parry Scott; Sergio Carrara (Orgs.). Rio de Janeiro: Mórula, 2016
O volume 6 reúne material laureado na edição do Prêmio que teve como tema “Expandindo Fronteiras: Lutas Sociais e Construção de Direito”, trazendo com força as reivindicações e demandas por direitos a partir da mobilização social de certos grupos. Seja por meio dos próprios protagonistas, como no caso de mães e familiares na “luta por justiça” diante do assassinato dos seus filhos; de familiares na luta por “memória, verdade e justiça” em crimes cometidos na ditadura cívico militar na Argentina; ou na memória de lideranças camponesas e indígenas assassinadas em áreas de conflito fundiário; seja através da atuação de organizações não governamentais em pesquisas desenvolvidas no exterior, em relação ao reconhecimento da identidade cigana no Canadá, ou em casos de violência contra a mulher em Marrocos; ou ainda em torno ao uso estratégico dos DHs para a criminalização do infanticídio indígena no Congresso Nacional.
Além de dar visibilidade a essas mobilizações, os trabalhos demonstram os engajamentos diversos que antropólogos/as produzem nas suas empreitadas de pesquisa, levantando questões políticas, éticas e morais que terão continuidade nas edições posteriores da série, diante de cenários cada vez menos favoráveis em termos de direitos. Por fim, o número também registra a crescente internacionalização da Antropologia brasileira, que foi estendendo cada vez mais suas pesquisas para além das fronteiras nacionais.
Os artigos mencionados são de Paula Lacerda, Liliana Sanjurjo, Edmilson Rodrigues de Souza, Mirian Alves, Rebeca de Faria Silenes, Marlise Rosal.
Antropologia e Direitos Humanos 8
Lucía Eilbaum; Patrice Schuch e Gisele Fonseca Chagas (orgs.). Rio de Janeiro: E‐papers, 2020.
O volume 8 é dedicado à memória da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018 e, no seu nome, à luta de todas as pessoas defensoras de direitos humanos. A premiação foi anunciada no ano de seu assassinato e teve como tema “Violências, ativismos e direitos”. A escolha do tema foi mobilizada ainda por um momento em que, desde altos cargos, prezava-se publicamente pelo “fim dos ativismos” e chamava-se os direitos humanos de “desserviço ao nosso país”.
Intrinsecamente vinculada ao campo dos DHs, a violência de estado e a luta por memória é um tema que acompanha a série desde suas primeiras edições com trabalhos realizados na Argentina e no Brasil. Neste volume o campo se abre para discussões diversificadas: trabalho análogo à escravidão nos piaçabais em Barcelos/AM; violência juvenil e a noção de bullying; tecnologias de governo através de políticas públicas de educação, saúde e assistência social e as marcas que podem deixar no corpo e na subjetividade das pessoas por elas afetadas; processos de transformação e medicalização das práticas de parto em quilombos do Recôncavo Baiano; mobilizações e direitos de mulheres em situação de rua em Porto Alegre; e sensos e práticas de justiça no Timor-Leste contemporâneo.
Neste sentido, a coletânea abre também caminho para a problematização de situações que nem sempre encontram formas organizadas de luta, mas que representam a vulneração de direitos e formas de vida deslegitimados e desvalorizados pelas políticas públicas e por um certo senso comum. Ampliam assim a discussão para o lugar do Estado nos processos de cuidado e garantia de direitos da população mais vulnerabilizada.
Os artigos desta edição são de Elieyd Sousa de Menezes, Juliane Bazzo, Alexandre Bosquetti Kunsler, Naiara Maria Santana Neves, Caroline Silveira Sarmento e Henrique Romanó Rocha.
Antropologia e Direitos Humanos 10
Lucía Eilbaum, Ana Paula da Silva, Debora Allebrandt, Flavia Medeiros, Helder Ferreira, Juliane Bazzo, Paulo Victor Leite Lopes, Taniele Rui (orgs.). Rio de Janeiro: E-papers, 2023.
Recém-publicado, o volume resulta da edição do Prêmio que teve por tema “Cuidar, resistir e lembrar”, mobilizado pelos efeitos da pandemia Covid-19 que predominou na maior parte do tempo de elaboração das pesquisas e trabalhos apresentados. A pandemia impôs grandes desafios tanto para a produção das pesquisas, quanto para a resistência política e pessoal. Por isso, o livro é também uma homenagem a todas as pessoas atingidas pela falta de uma política pública de cuidado e de memória, e a todas aquelas que, apesar dessa ausência, resistiram.
Os artigos abordam a violência de estado a partir das agências das mães e familiares de vítimas de violência do Estado na Baixada Fluminense/RJ; da discussão de processos de Estado, raça e gênero na audiência pública da ADPF 635; do (re)conhecimento da dor e da violência obstétrica no cotidiano de mães enlutadas e de "mães especiais” no interior do Rio Grande do Sul; e dos processos de esquecimento de imigrantes da metrópole paulistana durante a pandemia. Na interseção da violência por parte de agentes de estado com outros atores, também são abordados os processos de grilagem de terras em uma comunidade quilombola em território Kalunga/GO. Três dos artigos convergem na discussão sobre o reconhecimento da diversidade sexual enquanto direito, a partir dos agenciamentos em relação à criação e produção de uma Ala LGBT em uma penitenciária masculina em Belo Horizonte/MG; da mobilização política e as emoções em uma associação de mães e pais de filhos LGBT; e das reivindicações de um coletivo preto, posithivo e LGBT+ na cidade de São Paulo.
Colaboraram com o volume: Giulia Escuri de Souza, Murilo Cavalcanti, Bruna Fani Duarte Rocha, Alexandre Branco-Pereira, Chico Sousa, Vanessa Sander, Arthur Costa Novo, Bruno Nzinga Ribeiro.
Todos os artigos dão conta de profundos engajamentos de pesquisa e da construção de formas de interlocução compromissadas. Destaca-se, assim, a reflexão sobre o papel dos/as antropólogos/as no campo dos direitos humanos e as implicações que suas atuações podem gerar.
Lucía Eilbaum é antropóloga, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora do INCT-InEAC. Desde 2015, integra a Comissão de Direitos Humanos da Associação Brasileira de Antropologia.
Este texto foi elaborado em parceria com os membros da Comissão: Taniele Rui (coordenadora; Unicamp), Flavia Medeiros (vice-coordenadora, UFSC), Ana Paula da Silva (UFF); Débora Allebrandt (UFAL); Diógenes E. Cariaga (UEMS e UFGD); Flavia Melo da Cunha (UFAM); Hélder Ferreira de Sousa (UFDPar); Lívia Reis Santos (UFRJ); Manuela S. S. Cordeiro (INAN); Marianna A. F. Holanda (UnB) e Paulo V. L. Lopes (UFRN).
Link para matéria: https://pp.nexojornal.com.br/bibliografia-basica/2023/10/31/Antropologia-e-Direitos-Humanos