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Claúdio Salles

Claúdio Salles

O site do INCT-INEAC reproduz aqui o artigo "Da militarização à milicialização das cidades: efeitos de uma política nacional" publicado originalmente no LE MONDE DIPLOMATIQUE https://diplomatique.org.br/da-militarizacao-a-milicializacao-das-cidades-efeitos-de-uma-politica-nacional/ .

O Texto foi escrito por Daniel Hirata (UFF), Jordana Almeida (IPPUR/UFRJ), Lia de Mattos Rocha (UERJ), Maria Júlia Miranda (Defensoria Pública RJ), Orlando dos Santos Junior (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Tarcyla Fidalgo Ribeiro (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Utanaan Reis Barbosa Filho (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Priscila Coli (University of California Berkeley) e Lenin Pires (LAESP/UFF).

 

DIREITO À CIDADE

Da militarização à milicialização das cidades: efeitos de uma política nacional

Os números nos revelam, sem surpresas, um país que promove um crescente genocídio da população jovem negra e que vem ampliando seu cenário de violência social. É clara a contribuição dos discursos presidenciais no sentido de fortalecer essas práticas.

 

Desde o início do governo, o presidente Jair Bolsonaro adotou discursos voltados para a incitação do ódio e da violência no Brasil, com a defesa de aquisição ampla de armas de fogo pela população e utilização de força contra adversários políticos. Mas não se trata apenas de palavras. As políticas do governo Bolsonaro também têm promovido a crescente militarização e milicialização das cidades.

A expressão militarização das cidades, ou urbanização militar, está fundada na abordagem de Stephan Graham[1] e busca dar conta das transformações recentes nas sociedades urbanas, nas quais se percebe que os espaços – envolvendo desde a infraestrutura, os recursos naturais e a população –, tornam-se palco de conflitos militares. Dessa forma, a metáfora da guerra é cada vez mais acionada para descrever a condição das cidades, já em constante batalha contra as drogas, o crime, a insegurança, o terror, e tudo o mais que se constrói enquanto um inimigo a ser combatido.

Já a milicialização pode ser considerada como uma das expressões mais significativas da militarização no contexto periférico brasileiro. Caracteriza-se pelo controle de um grupo armado sobre um território, associado a um modelo de negócios que faz a intermediação de bens e serviços bastante diversificado, envolvendo a segurança púbica, a produção habitacional, serviços de gás, televisão, internet, entre outros. Trata-se, assim, de um fenômeno que opera nas fronteiras, muitas vezes indiscerníveis, entre o legal e o ilegal, o lícito e o ilícito, o formal e o informal, envolvendo aparatos e instituições do Estado.

As milícias, que já foram consideradas um fenômeno carioca, expandiram a atuação para outros territórios no Estado do Rio de Janeiro e também para outras unidades da federação. Expandiram ainda os ramos de negócios nos quais atuam. E, além disso, exportaram esse modelo, cada vez mais adotado por grupos armados que controlam territórios populares mundo afora.

Militarização e milicialização são dimensões do fenômeno dos ilegalismos que atravessam as cidades brasileiras. Neste artigo, destacamos alguns aspectos desse fenômeno, que merecem ser abordados na discussão dos impactos da inflexão ultraliberal sobre o direito à cidade.

 

O crescimento das mortes violentas intencionais e o padrão racial nas mortes decorrentes das intervenções policiais

A política federal de segurança pública tem aprofundado a criminalização da pobreza e o caráter racista do sistema de justiça criminal, como confirmam os dados dos Anuários Brasileiros de Segurança Pública, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) a cada ano.

O ano de 2020 revelou um crescimento de 4% na taxa de mortes violentas intencionais no Brasil em relação a 2019, fazendo com que esta alcançasse a marca de 23,6 por 100 mil habitantes. Quem são as vítimas destas mortes violentas intencionais? Segundo as evidências dos dados compilados no Anuário, os homens, os negros e os jovens são as principais vítimas em todos os tipos de morte violenta intencional. Pretos e pardos foram 77,9% das vítimas desses homicídios, a maioria delas com idades entre 12 e 29 anos. É estarrecedor constatar que a violência é a principal causa de morte entre os jovens.

A gravidade desse quadro também se expressa nos dados relativos à violência policial. Segundo o Anuário, em 2020, os dados sobre morte em decorrência de intervenções policiais atingiram o seu maior número desde que esse indicador passou a ser monitorado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados de 2020 reproduzem o padrão histórico dessas vítimas, constituídas majoritariamente por homens (98,4% das vítimas). Outro aspecto que deve ser destacado é a reprodução do padrão racista institucional das polícias, que vitimizam mais os negros do que os brancos. Em 2020, 78,9% das vítimas de ações policiais eram negras. Ou seja, negros e negras têm 2,8 vezes mais chances de morrer durante uma ação policial do que pessoas brancas.

Os números nos revelam, sem surpresas, um país que promove um crescente genocídio da população jovem negra e que vem ampliando seu cenário de violência social. É clara a contribuição dos discursos presidenciais no sentido de fortalecer essas práticas.

Operações militares em favelas e territórios populares estão se disseminando como um padrão de intervenção das polícias militares em vários Estados da federação, mas o caso do Rio de Janeiro aparece como o principal paradigma. Aqui, a violação de direitos fundamentais durante as intervenções policiais não é excepcional, sendo rotina nas favelas e periferias do Estado a invasão de domicílio, destruição de patrimônio, agressões físicas e verbais, assédio, mortes e execuções sumárias. Sempre posicionado dentre os Estados com maior percentual de mortes decorrentes de intervenção policial na relação com as mortes intencionais violentas, o impacto da atuação das polícias no Rio de Janeiro tem reflexos nacionais, ocupando especial espaço na mídia e nos debates acadêmicos e jurídicos.


Fuzileiros Navais participam de operação de segurança em favela na zona norte do Rio de Janeiro (Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Militarização e milicialização dos territórios e instituições públicas

militarização é um traço estrutural da organização das polícias Militar e Civil, que operam com mecanismos seletivos, reproduzindo e promovendo desigualdades sociais e raciais. De fato, a militarização é um fenômeno de múltiplas dimensões, e é possível observá-lo também em sua dimensão político-institucional. Entre as eleições de 2014 e 2018, o número de representantes eleitos para o Legislativo oriundos das Forças Armadas, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, considerando as Assembleias Legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado, saltou de 18 para 73, segundo levantamento do portal G1, com base nos dados do TSE[2]. Isso significa que o número de policiais e militares eleitos foi quatro vezes maior do que nas eleições precedentes.

A militarização também se expressa na agenda política. Tomando a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) como referência, pode-se identificar a tramitação de diversos projetos de lei que buscam garantir a disseminação da militarização pela estrutura estatal, sobretudo na área da segurança. Ao mesmo tempo, e como parte desse processo de militarização, a diminuição do controle externo da atividade policial possibilita maior liberdade aos batalhões de Polícia Militar. Como resultado disso, as incursões em morros e favelas no Rio de Janeiro não atendem a nenhum planejamento amplo de Segurança Pública, se orientando tão somente pela vontade de ação de cada batalhão. O resultado é a discricionariedade das incursões policiais justificadas pelo “combate ao inimigo” incerto, sem localidade pré-definida e não dotado de direitos.

A ausência de ações coordenadas e informadas do Estado também interfere na disputa do controle territorial exercido por grupos armados, como facções e milícias. Mais precisamente, a ação da polícia pode fortalecer militarmente um grupo em detrimento de outro, intervindo, mesmo que não diretamente, no confronto existente.

Por sua vez, o Mapa dos Grupos Armados no Rio de Janeiro[3] revelou que os grupos milicianos atualmente controlam 56,8% do território da capital fluminense, exercendo controle sobre a vida de uma população de aproximadamente 2.178.620 pessoas (33,9% da população total). Ao mesmo tempo, são essas áreas que apresentam menor número de embates com as forças policiais. Ou seja, o que se revela é que a falta de uma estrutura coesa de segurança pública no Estado coopera para ações pouco transparentes daqueles que possuem poder de repressão e grande poderio bélico.

Apesar de não se apresentarem como um grupo homogêneo – diferenciando-se por suas ligações e influências políticas e institucionais –, as milícias são uma ameaça à democracia em todas as suas dimensões, pois são parte do próprio Estado. O cenário atual da política brasileira ainda conta com a presença massiva de membros do Exército Brasileiro em espaços decisórios. A militarização das instituições dentro do contexto de anomalia política que vivemos modela, justifica e fortalece a barbárie, pois a partir dela deriva o militarismo, uma anomalia que está no cerne do próprio processo de milicialização referido.

 

O que fazer?

O crescente processo de militarização e milicialização das cidades tem fortes impactos sobre as possibilidades de exercício do direito à cidade. Em primeiro lugar, podemos dizer que estamos diante de processos que bloqueiam ou dificultam a constituição de agentes e sujeitos coletivos que expressem a agenda do direito à cidade, afetando o exercício da cidadania e os ativismos nos territórios populares. Em segundo lugar, a militarização e milicialização também promovem fortes obstáculos às possibilidades de apropriação da cidade por parte dos moradores estigmatizados e criminalizados por suas ações. Por fim, estamos diante da difusão de padrões de coesão social fundados na intolerância, na violência e no controle armado que constituem em grave ameaça às liberdades individuais e coletivas, bem como às possibilidades de constituição de outras solidariedades fundadas no afeto, na democracia, na tolerância e na justiça social.

A partir de todo o exposto, é fundamental o fortalecimento das ações da sociedade civil, e mesmo de agentes públicos, em torno das denúncias e enfrentamentos de medidas que aprofundem o cenário crescente de militarização/milicialização experimentado em nosso país. Como pauta de ação, é fundamental:

Ampliar o debate social e institucional sobre a política nacional de inteligência e segurança pública;

Defender a elaboração de planos estaduais de redução da letalidade policial;

Debater e propor políticas e medidas visando a desmilitarização e ao maior controle das ações das polícias militar e civil;

Sustentar a defesa do fim das operações militares como dispositivo de rotina do policiamento nos territórios de favela;

Promover canais de controle social e de gestão democrática das políticas federal e estaduais de segurança pública;

Adotar políticas de restrição à comercialização e uso de armas letais; e

Promover e instituir mecanismos de gestão comunitária dos territórios populares para estimular padrões de solidariedade local fundados na tolerância, na paz, na democracia e na justiça social.

 

 

*Texto escrito por Daniel Hirata (UFF), Jordana Almeida (IPPUR/UFRJ), Lia de Mattos Rocha (UERJ), Maria Júlia Miranda (Defensoria Pública RJ), Orlando dos Santos Junior (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Tarcyla Fidalgo Ribeiro (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Utanaan Reis Barbosa Filho (INCT Observatório das Metrópoles, IPPUR/UFRJ), Priscila Coli (University of California Berkeley) e Lenin Pires (LAESP/UFF).

[1] Cf. GRAHAM, Stephen. Cidades sitiadas: o novo urbanismo militar. São Paulo: Boitempo, 2016.

[2] Cf. https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/eleicao-em-numeros/noticia/2018/10/08/numero-de-policiais-e-militares-no-legislativo-e-quatro-vezes-maior-do-que-o-de-2014.ghtml, acessado em julho de 2022.

[3] Ver https://geni.uff.br/2021/03/26/apresentacao-ao-mapa-dos-grupos-armados-do-rio-de-janeiro/


Acontece nessa quinta-feira 8 de setembro de 2022, ás 14h a live sobre "RELATÓRIO DOS CONFLITOS DE NATUREZA ETNICO-RACIAL-RELIGIOSAS NO RJ" com a mediação e apresentação das antropólogas Ana Paula Mendes de Miranda e Rosiane Rodrigues , ambas pesquisadoras vinculadas ao INCT/INEAC, e as participações do jornalista Aydano Motta e de Lúcia Xavier coordenadora da ONG Criola.  A atividade acontecerá no LEMI - Laboratório de Estudos Multimídias do INCT/INEAC.

Para assistir acesse o link do Canal do INCT/INEAC no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=kxR9xw7lGSA

 

 

O INCT/INEAC recebeu o Prêmio de Divulgação Científica pela ABA - Associação Brasileira de Antropologia , durante a 33 Reunião Brasileira de Antropologia, que acontece entre 28 de agosto e 3 de setembro de 2022, pelo INEAC AO VIVO , uma série de lives mediada ou com a participação de antropólogos do InEAC e de fora dele, este conjunto é composto por 8 programas que produziram 95 lives nos anos de 2020, 2021 e 2022.

Esta proposta foi selecionada dentre os múltiplos conteúdos produzidos e divulgados pelos pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC – www.ineac.uff.br), através de seu Laboratório Estúdio Multimídia do InEAC (LEMI).

Assista no link abaixo momento da Premiação

https://youtu.be/X0YUfT0517M

A série INEAC AO VIVO teve grande adesão de diversos pesquisadores do INCT-InEAC, muitos deles jovens pesquisadores e recém doutores mais familiarizados com o domínio das plataformas. Foram desenvolvidos 8 programas, totalizando 95 episódios e apresentadas e produzidas 5 Mesas, em torno de temas centrais de produção do Instituto, uma delas “InEAC para o mundo”, com a participação do nosso consultor internacional antropólogo George Bisharat (Hastings College of the Law, U. Califórnia, San Francisco). Em razão da rapidez com que conseguimos promover essas atividades, bem como manter sua periodicidade semanal, muitas delas foram utilizadas como material didático para diversos cursos de graduação e pós-graduação, entre eles os cursos de graduação em Antropologia, Ciências Sociais, Segurança Pública, Direito e Ciências Sociais nos campi da UFF de Niterói e de Campos dos Goytacazes, e nos cursos de pós-graduação da UFF em Antropologia e em Justiça e Segurança, ambos da grande área de Antropologia da CAPES. 

Inicialmente, a proposta do INEAC AO VIVO era de promover uma série de lives semanais distribuídas em diferentes programações que trouxessem entrevistas e rodas de conversa para divulgação das etnografias realizadas pelos pesquisadores da nossa rede nacional e internacional, presente em 8 (oito) unidades da federação e 8 (oito) países, além da divulgação de novas pesquisas realizadas sobre os impactos da pandemia que a cada momento se atualizavam.  Com a continuidade da pandemia, o INEAC AO VIVO passou também a produzir e transmitir eventos acadêmicos inteiramente virtuais, como seminários, congressos e colóquios.

Criado no âmbito do INCT-InEAC com uma equipe de profissionais, bolsistas e pesquisadores que se dedicaram a organizar dezenas de conteúdos digitais disponibilizados nas nossas principais redes sociais, as mais de 95 lives realizadas foram divulgadas por meio de cartazes eletrônicos e vídeos amplamente difundidos pelo WhatsApp e também pelas referidas redes sociais, organizadas em 8 (oito) programas diferentes, todos contando com a presença de antropólogos da rede do InEAC, como listado a seguir.

O “InEAC ao vivo” é composto pelos programas “Antropopapo”, “Para sua Ciência”, “Um Covid à Reflexão”, “Sexta Básica”, “Luz Vermelha”, “InEAC pelo Mundo” e Mesas de Conversa diversas, como o programa que ainda segue ativo “Justas Conversas”, tendo todo seu conteúdo transmitido no formato de lives pelo Facebook, Instagram e canal do Youtube, e posteriormente gravados e disponibilizados neste último (https://www.youtube.com/InEAC/).

 

 

  1. InEAC ao vivo: “Antropopapo”

O Antropopapo foi um programa de divulgação científica do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas (NUFEP/ICHF/UFF) e do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT/InEAC). O programa, apresentado pelos antropólogos Fábio Reis Mota (UFF), Yolanda Gaffrée Ribeiro (PPGA/UFF), Hully Falcão (FIOCRUZ), Luiza Aragon Ovalle (NUFEP) e Daniela Velásquez Pelaez (PPGA/UFF) recebia convidados - em sua maioria oriundos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFF (PPGA/UFF) -, mas também lideranças de movimentos sociais, para discutir e debater temas concernentes à antropologia de maneira acessível, como um bate-papo. Os assuntos trazidos foram diversos, tais quais, sexualidade e corpo; segurança pública; formação antropológica; organização e ocupação do espaço público; trabalho de campo e mudanças em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Inicialmente, era realizado semanalmente, depois passou a ser organizado quinzenalmente. O primeiro Antropopapo foi ao ar em 20 de maio de 2020, e em sua maioria foi realizado no formato de lives no perfil do InEAC no Instagram e, após sua realização, inserido no canal do InEAC no YouTube.

LINK: https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP7fu7c3h9Tqr9SONDhIvIHJ

 

  1. InEAC ao vivo: “Para sua Ciência”

A fim de divulgar a importância das pesquisas realizadas na grande área de ciências humanas como parte fundamental da atividade científica brasileira, a antropóloga Izabel Nuñez (NEPSSE/INCT-InEAC) conduzia entrevistas com convidados diversos para que eles apresentassem suas pesquisas e contribuições para o enfrentamento e compreensão dos problemas sociais no Brasil. Foram abordados temas como cibercultura e trabalho de campo nas redes; etnografias em sistemas prisionais; racismo; divulgação científica e desinformação; gestão de mortos na pandemia; entre outros.

LINK: https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP4EwO5KULvDfDbIYuc7mnx7

 

  1. InEAC ao vivo: “Um Covid à Reflexão”

Em “Um Covid à Reflexão”, a antropóloga Elizabete Albernaz (WITS University/INCT-InEAC) e o pesquisador Igor Vasconcellos (PPGSD/UFF) recebiam juntos, sob a forma de uma roda de conversa, pesquisadores de diversas áreas de formação para falarem sobre suas dissertações de mestrado e teses de doutorado com a proposta de garantir um espaço de divulgação das etnografias dos pesquisadores da nossa rede e para além dela, em uma tentativa de superar o isolamento imposto durante o enfrentamento da pandemia, além de novas reflexões entre esses trabalhos e as novas dinâmicas e problemas oriundos da mesma. Foram discutidas pesquisas sobre jogo do bicho; populações tradicionais no Mato Grosso e políticas públicas em tempos de COVID; população em situação de rua; antropologia da infância; trabalhadores de plataformas digitais e precarização do trabalho; entre outros.

LINK:

https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP6-l_g9BRCVMewuGWgvqSIY

 

  1. InEAC ao vivo: “Sexta básica”

O antropólogo Lenin Pires (LAESP/IAC/InEAC), também diretor do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (IAC/UFF), apresentava toda sexta-feira o “Sexta básica”, programa de lives com temas variados envolvendo a comunidade científica, a sociedade e a Segurança Pública, cuja proposta era de promover uma reflexão e pensar propostas para compreender e superar os desafios impostos pela pandemia e seus reflexos nas Universidades e cidades brasileiras com antropólogos, historiadores e gestores públicos. Foram discutidos temas como tecnologias digitais; mercados ilegais; práticas esportivas e a pandemia; experiências contrastivas de ensino no Brasil, Canadá e Argentina durante a pandemia.

LINK: https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP6Xjm3rQA0r56g0irvRJ2XG

 

  1. InEAC ao vivo: “Luz Vermelha”

Programa de divulgação e difusão científica apresentado pelo jornalista Claudio Salles (LEMI/INCT-InEAC), coordenador de Comunicação do LEMI. O programa trazia antropólogos do INCT/INEAC e convidados especiais de fora da academia, como o ex-Ministro Nelson Jobim, o cantor Ney Matogrosso, o ex-ministro Carlos Minc, o cartunista Aroeira, os deputados Alessandro Molon e Marcelo Freixo, além de antigos interlocutores de pesquisa, para debaterem sobre suas percepções e pesquisas diante de temas muitas vezes considerados tabus na sociedade brasileira. Foram debatidos temas como cultura cannábica; um especial sobre a obra “Carnavais, Malandros e Heróis”, do antropólogo Roberto DaMatta; censura; organizações de prostitutas no Brasil; mobilidade urbana; fake news e disputas de narrativas na internet; amor e sexualidades; e muitos outros.

LINK:

https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP4zewAZgnlYg0A59jSRmJ7h

 

 

 

O INCT/INEAC recebeu o Prêmio de Divulgação Científica pela ABA - Associação Brasileira de Antropologia , durante a 33 Reunião Brasileira de Antropologia, que acontece entre 28 de agosto e 3 de setembro de 2022, pelo INEAC AO VIVO , uma série de lives mediada ou com a participação de antropólogos do InEAC e de fora dele, este conjunto é composto por 8 programas que produziram 95 lives nos anos de 2020, 2021 e 2022.

Esta proposta foi selecionada dentre os múltiplos conteúdos produzidos e divulgados pelos pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC – www.ineac.uff.br), através de seu Laboratório Estúdio Multimídia do InEAC (LEMI).

Assista no link abaixo momento da Premiação

https://youtu.be/X0YUfT0517M

A série INEAC AO VIVO teve grande adesão de diversos pesquisadores do INCT-InEAC, muitos deles jovens pesquisadores e recém doutores mais familiarizados com o domínio das plataformas. Foram desenvolvidos 8 programas, totalizando 95 episódios e apresentadas e produzidas 5 Mesas, em torno de temas centrais de produção do Instituto, uma delas “InEAC para o mundo”, com a participação do nosso consultor internacional antropólogo George Bisharat (Hastings College of the Law, U. Califórnia, San Francisco). Em razão da rapidez com que conseguimos promover essas atividades, bem como manter sua periodicidade semanal, muitas delas foram utilizadas como material didático para diversos cursos de graduação e pós-graduação, entre eles os cursos de graduação em Antropologia, Ciências Sociais, Segurança Pública, Direito e Ciências Sociais nos campi da UFF de Niterói e de Campos dos Goytacazes, e nos cursos de pós-graduação da UFF em Antropologia e em Justiça e Segurança, ambos da grande área de Antropologia da CAPES. 

Inicialmente, a proposta do INEAC AO VIVO era de promover uma série de lives semanais distribuídas em diferentes programações que trouxessem entrevistas e rodas de conversa para divulgação das etnografias realizadas pelos pesquisadores da nossa rede nacional e internacional, presente em 8 (oito) unidades da federação e 8 (oito) países, além da divulgação de novas pesquisas realizadas sobre os impactos da pandemia que a cada momento se atualizavam.  Com a continuidade da pandemia, o INEAC AO VIVO passou também a produzir e transmitir eventos acadêmicos inteiramente virtuais, como seminários, congressos e colóquios.

Criado no âmbito do INCT-InEAC com uma equipe de profissionais, bolsistas e pesquisadores que se dedicaram a organizar dezenas de conteúdos digitais disponibilizados nas nossas principais redes sociais, as mais de 95 lives realizadas foram divulgadas por meio de cartazes eletrônicos e vídeos amplamente difundidos pelo WhatsApp e também pelas referidas redes sociais, organizadas em 8 (oito) programas diferentes, todos contando com a presença de antropólogos da rede do InEAC, como listado a seguir.

O “InEAC ao vivo” é composto pelos programas “Antropopapo”, “Para sua Ciência”, “Um Covid à Reflexão”, “Sexta Básica”, “Luz Vermelha”, “InEAC pelo Mundo” e Mesas de Conversa diversas, como o programa que ainda segue ativo “Justas Conversas”, tendo todo seu conteúdo transmitido no formato de lives pelo Facebook, Instagram e canal do Youtube, e posteriormente gravados e disponibilizados neste último (https://www.youtube.com/InEAC/).

 

 

  1. InEAC ao vivo: “Antropopapo”

O Antropopapo foi um programa de divulgação científica do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas (NUFEP/ICHF/UFF) e do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT/InEAC). O programa, apresentado pelos antropólogos Fábio Reis Mota (UFF), Yolanda Gaffrée Ribeiro (PPGA/UFF), Hully Falcão (FIOCRUZ), Luiza Aragon Ovalle (NUFEP) e Daniela Velásquez Pelaez (PPGA/UFF) recebia convidados - em sua maioria oriundos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFF (PPGA/UFF) -, mas também lideranças de movimentos sociais, para discutir e debater temas concernentes à antropologia de maneira acessível, como um bate-papo. Os assuntos trazidos foram diversos, tais quais, sexualidade e corpo; segurança pública; formação antropológica; organização e ocupação do espaço público; trabalho de campo e mudanças em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Inicialmente, era realizado semanalmente, depois passou a ser organizado quinzenalmente. O primeiro Antropopapo foi ao ar em 20 de maio de 2020, e em sua maioria foi realizado no formato de lives no perfil do InEAC no Instagram e, após sua realização, inserido no canal do InEAC no YouTube.

LINK: https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP7fu7c3h9Tqr9SONDhIvIHJ

 

  1. InEAC ao vivo: “Para sua Ciência”

A fim de divulgar a importância das pesquisas realizadas na grande área de ciências humanas como parte fundamental da atividade científica brasileira, a antropóloga Izabel Nuñez (NEPSSE/INCT-InEAC) conduzia entrevistas com convidados diversos para que eles apresentassem suas pesquisas e contribuições para o enfrentamento e compreensão dos problemas sociais no Brasil. Foram abordados temas como cibercultura e trabalho de campo nas redes; etnografias em sistemas prisionais; racismo; divulgação científica e desinformação; gestão de mortos na pandemia; entre outros.

LINK: https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP4EwO5KULvDfDbIYuc7mnx7

 

  1. InEAC ao vivo: “Um Covid à Reflexão”

Em “Um Covid à Reflexão”, a antropóloga Elizabete Albernaz (WITS University/INCT-InEAC) e o pesquisador Igor Vasconcellos (PPGSD/UFF) recebiam juntos, sob a forma de uma roda de conversa, pesquisadores de diversas áreas de formação para falarem sobre suas dissertações de mestrado e teses de doutorado com a proposta de garantir um espaço de divulgação das etnografias dos pesquisadores da nossa rede e para além dela, em uma tentativa de superar o isolamento imposto durante o enfrentamento da pandemia, além de novas reflexões entre esses trabalhos e as novas dinâmicas e problemas oriundos da mesma. Foram discutidas pesquisas sobre jogo do bicho; populações tradicionais no Mato Grosso e políticas públicas em tempos de COVID; população em situação de rua; antropologia da infância; trabalhadores de plataformas digitais e precarização do trabalho; entre outros.

LINK:

https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP6-l_g9BRCVMewuGWgvqSIY

 

  1. InEAC ao vivo: “Sexta básica”

O antropólogo Lenin Pires (LAESP/IAC/InEAC), também diretor do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (IAC/UFF), apresentava toda sexta-feira o “Sexta básica”, programa de lives com temas variados envolvendo a comunidade científica, a sociedade e a Segurança Pública, cuja proposta era de promover uma reflexão e pensar propostas para compreender e superar os desafios impostos pela pandemia e seus reflexos nas Universidades e cidades brasileiras com antropólogos, historiadores e gestores públicos. Foram discutidos temas como tecnologias digitais; mercados ilegais; práticas esportivas e a pandemia; experiências contrastivas de ensino no Brasil, Canadá e Argentina durante a pandemia.

LINK: https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP6Xjm3rQA0r56g0irvRJ2XG

 

  1. InEAC ao vivo: “Luz Vermelha”

Programa de divulgação e difusão científica apresentado pelo jornalista Claudio Salles (LEMI/INCT-InEAC), coordenador de Comunicação do LEMI. O programa trazia antropólogos do INCT/INEAC e convidados especiais de fora da academia, como o ex-Ministro Nelson Jobim, o cantor Ney Matogrosso, o ex-ministro Carlos Minc, o cartunista Aroeira, os deputados Alessandro Molon e Marcelo Freixo, além de antigos interlocutores de pesquisa, para debaterem sobre suas percepções e pesquisas diante de temas muitas vezes considerados tabus na sociedade brasileira. Foram debatidos temas como cultura cannábica; um especial sobre a obra “Carnavais, Malandros e Heróis”, do antropólogo Roberto DaMatta; censura; organizações de prostitutas no Brasil; mobilidade urbana; fake news e disputas de narrativas na internet; amor e sexualidades; e muitos outros.

LINK:

https://youtube.com/playlist?list=PLlhlK3SrvYP4zewAZgnlYg0A59jSRmJ7h

 

 

 

Nesta sexta-feira, às 20:30h, na 33 Reunião Brasileira de Antropologia será lançado o livro "A luta por um modo de vida: enfrentamento ao racismo religioso no Brasil" (EdUFF), escrito pela antropóloga Rosiane Rodrigues, pesquisadora vinculada ao INCT/INEAC.
A obra, com download gratuito, é parte da tese de doutorado vencedora do I Prêmio Lélia Gonzalez (RBA/2020), orientada pela Profa. Ana Paula Miranda, e trata sobre a criminalidade violenta nos terreiros do país. O prefácio é da Profa. Luena Nunes Pereira.

Para fazer o download gratuito do livro "A luta por um modo de vida: enfrentamento ao racismo religioso no Brasil" (EdUFF) acesse o download abaixo:

https://m.eduff.com.br/produto/a-luta-por-um-modo-de-vida-enfrentamento-ao-racismo-religioso-no-brasil-e-book-pdf-694

 

Pesquisadores do INCT/INEAC lançam seus livros durante a 33 Reunião Brasileira de Antropologia, que acontece no modo online, entre 29 de agosto e 3 de setembro de 2022 e cujo o tema é : DEFENDER DIREITOS E FAZER ANTROPOLOGIA EM TEMPOS EXTREMOS.  Acompanhe a programação do 33 RBA pelo link https://www.33rba.abant.org.br/programacao

Para acessar a lista com os livros, pesquisadores , com data e horários dos respectivos lançamentos, faça o download do PDF em anexo .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nalayne Mendonça Pinto tem Doutorado em Ciências Humanas (Sociologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006), Mestrado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). É professora associada do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiros. É pesquisadora na área de Sociologia, com ênfase nos seguintes temas: Sociologia Jurídica, Sociologia Criminal, Criminologia, Sociologia das Organizações. Pesquisadora do Observatório Fluminense/ UFRRJ e Pesquisadora Associada ao Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos - INeAC/ INCT.

Compartilhamos aqui a chamada para o VII Encontro de Pesquisa sobre Administração de Conflitos do PPGD/UVA (2022).

Está aberta a inscrição e envio de resumos de trabalhos!
Os resumos devem ser enviados até o dia 11 de setembro de 2022 via formulário no link:

https://forms.gle/sC2cUHpBT9iRRVPz6

Os trabalhos definitivos devem ser enviados até 02/10/22 para o e-mail <Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.>

Devido a pandemia, o evento será realizado de forma remota, de 18 a 21 de outubro.

Mais informações em: https://www.ineac.uff.br/index.php/noticias/item/867-vii-encontro-de-pesquisa-sobre-administracao-de-conflitos-do-ppgd-uva-2022

Chamada para apresentação de trabalhos no simpósio Nº 21 Incursões Antropológicas e Etnográficas no Campo Jurídico no Chile, no XI Congresso Chileno de Antropologia.
 
Para todos os interessados ​​em participar do Congresso Nacional, dentro dos 25 simpósios aceitos em nossa próxima versão do XI Congresso Chileno de Antropologia temos:
 
Simpósio 21: Incursões antropológicas e etnográficas no campo jurídico no Chile.
 
Apresente seu trabalho até 30 de setembro de 2022.
 

S21 Incursões antropológicas e etnográficas no campo jurídico no ChileResumo do simpósio

Este espaço dá continuidade aos simpósios “Perícia antropológica no Chile na justiça criminal” e “Antropologia da justiça” realizados durante as duas últimas edições do Congresso Chileno de Antropologia, respectivamente em Castro (2017) e Temuco (2019). Por meio dele, pretende-se socializar experiências e resultados de pesquisas e reflexões antropológico-etnográficas no campo jurídico desenvolvidas no Chile ou em outros países latino-americanos. O objetivo do simpósio é gerar uma instância de comunicação, debate e reflexão sobre como a antropologia pode contribuir para a compreensão e contribuir para as transformações do campo jurídico. Tendo em conta o contexto atual do novo quadro constitucional que irá reger o país, É interessante destacar a utilidade real e potencial dessas perspectivas para atuar em contextos de justiça estatal e pluralismo jurídico. Interessa, em especial, visualizar novos objetos, abordagens e propostas teórico-metodológicas para o estudo, crítica e transformação dos espaços de justiça estatal, que estimulem o desenvolvimento da antropologia jurídica diante dos desafios contemporâneos marcados pela plurinacionalidade, emergência de identidades em busca de reconhecimento jurídico, populismo criminal ou aspiração à justiça substantiva em sociedades marcadas por injustiças e desigualdades sociais.

Coordenadores

  • Marcelo Berho Castillo – Universidade Católica de Temuco
  • Fabien Le Bonniec – Universidade de La Frontera
  • Héctor Wladimir Martínez Cañoles – Pontifícia Universidade Católica do Chile

Contato

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  • Outras informações acesse: http://congresoantropologia.cl/

 

Formulário de inscrição Monitores IX Seminário Internacional - INCT/InEAC

O IX Seminário Internacional do INCT-InEAC "Direitos, Desigualdades e Ciência - Impactos da Pandemia em Perspectiva Comparada" que acontecerá entre os dias 25 e 28 de outubro de 2022 está recebendo inscrições para atividades de monitoria ao longo do evento.

 

Prazo de inscrições: de 22/08/2022 - 31/08/2022

 

O candidato deverá preencher o formulário no link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSczB_lh-WERHzW2-phOshFzC-4th1Utg6-8jJtYRZ6B0yWpWQ/viewform  sinalizando sua disponibilidade no período do evento. 

A Coordenação de Monitoria convocará os selecionados, em data a ser definida, a fim de organizar a escala de atividades, bem como instruir os monitores sobre as atividades a serem desenvolvidas no decorrer do evento.

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