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Terça, 25 Junho 2019 15:57

UFF RECEBE SOCIÓLOGOS FRANCESES

Antropologia da UFF recebe pesquisadores franceses na universidade.  Na semana que vem estaremos recebendo no Ppga Uff, NUFEP, InEAC e ICHF/UFF, os sociólogos franceses LUC BOLTANSKI E ARNAUD ESQUERRE.
No dia 01 de julho, no auditório do bloco P, no campus do Gragoatá, às 14 hs, no âmbito das comemorações dos 50 anos do ICHF, eles irão proferir a conferência "Enrichissement", ocasião na qual falarão sobre o último livro publicado pelos 2 autores franceses pela Gallimard e contará com tradução simultânea.
No dia 02 às 14 hs na sala 231 do PPGA-UFF no Bloco P, Luc Boltanski tratará do clássico livro "De la Justification" a partir de uma releitura crítica e inédita feita por ele e Laurent Thévenot para a introdução da versão do livro em português, cuja publicação sairá em breve pela Editora da UFRJ.
No dia 03 às 14 hs na sala 231 do Bloco P, Arnaud Esquerre falará sobre seus últimos artigos e livros relacionados com suas pesquisas sobre as "Predições do fim do mundo: por uma antropologia dos extraterrestres", tratando de temas relacionados a novos sistemas de crenças, seitas, racionalidade, etc.
O evento é gratuito e aberto para o público em geral e conta com o apoio da Faperj e da Embaixada francesa.

 

O Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade de Evora, em Portugal, promove, no próximo dia 27 de junho de 2019  a CONFERÊNCIA - "A dança das regras: a invenção dos estatutos e o lugar do respeito nas gafieiras cariocas",  e que terá como convidado especial o antropólogo Felipe Berocan Veiga (UFF) , pesquisador vinculado ao INCT/INEAC. A palestra versa sobre a constituição dos estatutos da gafieira, quadro de regras situado na entrada e no salão da Gafieira Estudantina, famosa casa de dança localizada na Praça Tiradentes. Buscam-se identificar os processos de construção moral das ambiências urbanas e as práticas sociais cotidianas relacionadas à dança social no Centro do Rio de Janeiro. Nesses ambientes, a ideia de respeito se impõe como categoria fundamental na conformação de um gênero particular de divertimento associado à metrópole carioca. Nesse contexto, as gafieiras promovem um encontro singular entre a dança de salão, a música dos conjuntos e orquestras e a administração familiar comandada por imigrantes galego-espanhóis. Por meio de um sofisticado quadro de regras, que define modos de vestir e de se comportar, as gafieiras dramatizam uma delicada hospitalidade altamente ritualizada e complexas relações entre os chamados mundos da arte, configurando-se como um espaço de convergência interclasse.

 

Mais informações sobre a conferência confira no cartaz abaixo.

 

A Revista Forum publicou nesse fim de semana entrevista com a professora Jacqueline Muniz, pesquisadora também vinculada ao INCT/INEAC.

https://www.revistaforum.com.br/forum-entrevista-igrejas-tornaram-se-lavanderias-para-o-dinheiro-das-milicias-diz-jacqueline-muniz/amp/

 

Fórum Entrevista: Igrejas tornaram-se lavanderias para o dinheiro das milícias, diz Jacqueline Muniz

Professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), antropóloga e cientista política diz que o desmanche das UPPs possibilitaram a "neomiliciazão do Rio de Janeiro", que voltaram a financiar carreiras políticas

 

Professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), antropóloga e cientista política, Jacqueline Muniz disse em entrevista a Renato Rovai, editor da Fórum, que muitas agremiações religiosas são montadas com o intuito de se tornarem lavanderias do dinheiro do crime angariado pelas milícias no Rio de Janeiro.

“Lavanderias do dinheiro do crime passa por agremiações religiosas. Onde é que você vai lavar o dinheiro do crime, você vai usar as agremiações religiosas porque cada uma delas tem um CNPJ. Então você pode criar uma casa de oração ali na esquina, lavar o dinheiro do crime e com isso também produzir intolerância religiosa, destruição de terreiros nas comunidades populares”, disse a especialista em segurança pública, que contou, em entrevista à Fórum a história das milícias, ou o que ela chama de comandos armados.

Segundo ela, a formação desse grupos armados para controle territorial é histórica e o desmanche das UPPs possibilitaram a “neomiliciazão do Rio de Janeiro”.

“As UPPs significavam prejuízo para as economias criminosas e boa parte das carreiras políticas, tanto do político local ao Senado, que financiavam a carreira com esse dinheiro”, disse ela, sobre o movimento de instalação das milícias nas comunidades periféricas do Rio, que começou nos anos 80.

Jacqueline Muniz ressalta que a formação de grupos armados para controles territoriais é muito comum “quando não se tem controle sobre os meios de força (forças armadas e polícias)”.

“Sempre que você tem governos débeis, incapacidade de governar e controlar a polícia, o fenômeno da milícia emerge. Quem dá o alvará de funcionamento para os domínios territoriais armados é o Estado, são setores do governo. É como se o Estado terceirizasse suas funções”, diz ela.

Confira o vídeo da entrevista no link abaixo:

https://youtu.be/xf6HArcyRp4

 

NA PRÁTICA, JUSTIÇA BRASILEIRA É BASEADA EM RELAÇÕES PESSOAIS

A pessoalidade acaba agravada em um caso de repercussão como a Lava Jato, ainda mais, dotado de conotações político-partidárias
 
Domingo passado o The Intercept Brasil veiculou mensagens de texto trocadas entre um procurador da república, um magistrado e outros agentes, envolvidos na condução da Operação “Lava Jato” em Curitiba. Do que até então foi revelado, nota-se a troca de informações sobre o andamento dos processos e diligências a serem realizadas, suas representações sobre os personagens envolvidos, assim como decisões informais sobre as provas. Por ter escrito uma tese de doutorado baseada na realização de trabalho de campo no poder judiciário, acompanhei, durante um ano e meio, o funcionamento de uma das Varas Criminais da comarca do Rio de Janeiro. Assim, observei o trabalho dos agentes responsáveis pela aplicação da lei penal, antes e depois da realização das audiências e das sessões de julgamento, bem como em seus intervalos. Em especial, atentei para as funções desempenhadas por defensores públicos e promotores de justiça e as suas práticas em seus gabinetes. Pude, por isso, também observar as formas pelas quais são estabelecidas as relações pessoais e profissionais entre eles.
 
Para além das informalidades e ilegalidades identificadas nas conversas veiculadas e suas possíveis consequências, os comentários sobre a “Vaza Jato” denotam, por parte daqueles que os enunciam, grande surpresa. A leitura choca quem toma conhecimento de tais relações, apontadas como pouco transparentes e não republicanas. E, ainda, que têm por consequência a negociação (ou subtração) de direitos dos réus e a subversão da posição do magistrado, que passa a funcionar explicitamente como um inquisidor, já que atua como parceiro do Ministério Público e não como garantidor dos direitos do acusado.
 
No trabalho de campo que realizei, notei que diversos tipos de acertos eram feitos entre acusação e defesa, e também entre eles e os magistrados. Os “acordos”, que não são permitidos pela legislação brasileira, eram eventualmente firmados por meio de mensagens de whatsapp e conversas telefônicas. Tais ajustes buscavam acelerar, ou reduzir, o volume de trabalho dos agentes, sem necessariamente indicar apreço por garantir os direitos dos réus. No entanto, à diferença do que demonstram as mensagens veiculadas pelo The Intercept Brasil, nos casos que acompanhei a defesa não ficava afastada das negociatas. Isso porque os defensores públicos, em razão de integrarem a “família judicial”, podiam participar desses contatos informais. O mesmo não ocorria com os advogados. Estes últimos, ao explicitamente demandarem a aplicação das regras processuais e os direitos correspondentes, eram identificados como chatos e impertinentes e não participavam do que era transacionado entre os agentes do Estado.
 

Ainda, os casos por mim acompanhados raramente eram de repercussão. Ou seja, se tratavam de processos que, por suas características, não mobilizavam, de modo particular, os agentes que fazem o sistema de justiça criminal funcionar. Significa dizer que, em contraste com os personagens da “Lava Jato”, aqueles acusados eram considerados muito menos relevantes, pois supostos autores de crimes comuns ou corriqueiros e, ainda, por não se tratarem de personagens proeminentes. Tinham, possivelmente também por isso, suas liberdades habitualmente barganhadas. Lá, no dia-a-dia do sistema de justiça criminal, era a convivência ordinária, a pressa para dar fim às lides, reduzindo, por consequência, o volume dos processos, que fornecia subsídios morais para a violação de certos preceitos basilares do processo penal.

A Antropologia da UFF realiza nesse Junho 2019 uma série de comemorações no ICHF/UFF, com a presença de pesquisadores do Brasil e do exterior. 
Já nesse próximo domingo, dia 9 de junho, às 15h, o MAC - Museu de Arte Contemporânea de Niterói, abre as portas para um encontro da arte com a ciência e reúne no seu auditório o projeto CONVERSAS ANTROPOFÁGICAS, realizado por antropólogos da UFF e o coletivo de poetas e artistas do CORUJÃO DA POESIA. Veja as informações nesse link (http://www.ineac.uff.br/index.php/noticias/item/418-antropologia-uff-e-corujao-da-poesia-no-mac).
E a semana com vário seminários na Universidade, começando com o evento realizado na segunda e terça-feira, comemorativo de 25 anos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia, fundado em março de 1994, hoje com nota 5 da CAPES.Confira detalhes nesse link ( http://www.ineac.uff.br/index.php/noticias/item/423-seminario-de-25-anos-do-programa-de-pos-graduacao-em-antropologia-da-universidade-federal-fluminense-ppga-uff) .
Na quarta-feira segue-se o evento que comemora os 25 anos do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas, vinculado ao ICHF, fundado pelo Professor Emérito da UFFe da UFRJ, Luiz de Castro Faria. 
Na quinta-feira, comemora-se os 10 anos do INCT-InEAC, Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos, com sede no Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão de Estudos Comparados em Administração de Conflitos, vinculado à PROPPI (NEPEAC/PROPPI/UFF - www.ineac.uff.br). Toda a programação nesse Link (http://www.ineac.uff.br/index.php/noticias/item/422-seminario-10-anos-inct-ineac)
 
Assista o teaser da SEMANA DE ANTROPOLOGIA DA UFF NESSE LINK: https://youtu.be/pRisvr1Ltnk
 
 

O LEMI- LABORATÓRIO ESTÚDIO MULTIMÍDIA DO INCT/INEAC transmitirá todos os evento. Para assistir acesse a Fan Page do INCT InEAC : https://www.facebook.com/inctineac/

Ou o canal do Youtube: https://www.youtube.com/c/ineac

 

 

 

 

 

Quarta, 05 Junho 2019 11:21

SEMINÁRIO DE 25 ANOS DO NUFEP/UFF

O NUFEP, Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas da UFF, dentro da semana de comemorações da ANTROPOLOGIA DA UFF, também vai promover atividade comemorativa nesse mês de junho. Na próxima quarta-feira,  dia 12 junho será realizado o seminário de 25 anos do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisa (NUFEP) no auditório do Bloco "P" do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF) da Universidade Federal Fluminense (UFF).

O LEMI- LABORATÓRIO ESTÚDIO MULTIMÍDIA DO INCT/INEAC transmitirá o evento. Para assistir acesse a Fan Page do INCT InEAC : https://www.facebook.com/inctineac/

Ou o canal do Youtube: https://www.youtube.com/c/ineac . Acesse, curta, se inscreva e compartilhe: seja um militante da difusão científica.

Confira abaixo a programação abaixo:

10h - 13h
Mesa Encontros e perspectivas interdisciplinares: a formação do NUFEP

14h - 17h
Mesa O NUFEP na atualidade

18h
Conferência de Encerramento - João Baptista Borges Pereira (USP)

 

 

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