formação, educação e inovação social

As ações de inovação social realizadas em termos de tecnologias sociais, têm destaque nas crescentes atividades de formação com a rede pública de ensino, através da organização do Laboratório Escolar de Pesquisa e Iniciação Científica (LEPIC) e das Feiras de Ciências Simoni Lahud Guedes: Conflitos e Diálogos na Escola.

O LEPIC tem como objetivo geral contribuir para a construção sistemática da prática de pesquisa e socialização acadêmica de alunos do Ensino Médio da Rede Pública Fluminense. Especificamente, pretende tomar os diversificados conflitos que acontecem no ambiente escolar e seu entorno como ponto de partida para a problematização sobre suas rotinas, gerando inquietações, que no ambiente de pesquisa criado na escola, podem se tornar objetos de pesquisa e formas de inserção destes alunos na universidade.

Para o sucesso dessa metodologia, o laboratório conta com a participação de professores da rede pública de ensino, também pesquisadores do InEAC. Particularmente a partir de 2020, uma das atividades do laboratório é a organização das edições anuais das Feiras de Ciências Simoni Lahud Guedes, financiada inicialmente pelo CNPq e posteriormente pela FAPERJ e SBPC. Este projeto consiste na organização de feiras científicas, buscando trabalhar a educação científica de temas relacionados aos processos de administração de conflitos em ambientes escolares. Através de estímulo à inovação e ao desenvolvimento tecnológicos, de maneira inclusiva, busca-se que os alunos tenham contato com diferentes áreas do conhecimento.

Trata-se de uma atividade de extensão iniciada em 2019, com a qual a equipe interdisciplinar de extensionistas da Universidade Federal Fluminense organiza e executa atividades de Assessoria Popular com grupos urbanos de grande vulnerabilidade social em Niterói (RJ).

A partir de metodologias e abordagens participativas, a equipe estabelece com a comunidade processos de identificação dos principais conflitos que demandam ações de mediação e administração no espaço urbano. Após a identificação destas principais demandas, a equipe elabora, junto à comunidade, um plano de ação que pode se caracterizar como uma atividade de organização comunitária, cursos, oficinas, prestações de serviço, atividades culturais, dentre outras ações de extensão que estabeleçam um elo entre os saberes da Universidade com os saberes e as demandas dos setores populares em Niterói.

Trata-se de uma iniciativa interdisciplinar cuja implantação é financiada por um edital “Temáticos” da FAPERJ e com recursos da Reitoria da UFF e do CNPq. Nesse sentido, o laboratório agrega pesquisadores do InEAC, dos Institutos de Computação e de Geociências e do Departamento de Telecomunicações da Escola de Engenharia, todos da UFF.

O projeto se propõe a identificar, descrever etnograficamente e analisar as percepções e as situações de administração institucional de conflitos vivenciadas frequentemente pelos diferentes atores da comunidade universitária. Como parte do projeto, o laboratório concebeu sua assistente virtual Lara que tem como função colaborar com a conexão entre o laboratório e a comunidade UFF. O LASEG tem sua sede no IAC, unidade de ensino que leva o mesmo nome da rede e foi criada a partir do trabalho de pesquisa, ensino, extensão e inovação da rede do InEAC.

Mais um projeto inovador é o Laboratório de Iniciação Acadêmica em Administração de Conflitos (LABIAC), realizado no âmbito do INCT-InEAC, que consiste em popularizar a prática de pesquisa, a produção e divulgação do conhecimento em direção a escolas da Rede Pública Estadual de Ensino e para operadores de Sistema de Segurança Pública matriculados na graduação em Tecnologia em Segurança Pública e Social da UFF.

Sob o guarda-chuva que o LABIAC estão:

1) Laboratório Escolar de Pesquisa e Iniciação Científica (LEPIC), que leva a nucleação da proposta do INCT-InEAC para estudantes de Ensino Médio da rede pública de ensino interessados em aprender a fazer pesquisa empírica a partir da investigação de inspiração etnográfica sobre os conflitos escolares, concorrendo a bolsas de Iniciação Científica do PIBIC/UFF/EM CNPq e Jovens Talentos da FAPERJ;

2) Grupo de Estudos em Segurança Pública (GESP), que tem consolidado a proposta de levar a perspectiva acadêmica por meio da prática de estudos (reuniões ordinárias e regulares, eventos como mesas redondas, palestras, lançamento de livros etc.) para os polos do Consórcio CEDERJ-CECIERJ onde o curso de Tecnologia em Segurança Pública e Social são ofertados;

3) Revista Campo Minado: estudos acadêmicos em Segurança Pública, atualmente classificada Qualis B4 da CAPES, cujo objetivo é se firmar como referência para o debate acadêmico no campo da Segurança Pública e administração de conflitos por meio de edições semestrais contendo as seguintes seções: dossiê, artigos avulsos, resenhas, entrevista, traduções e monografias aprovadas no Bacharelado em Segurança Pública e Social da UFF.