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 “Controle Territorial Armado no Rio de Janeiro” será lançada oficialmente nesta segunda-feira  26 de outubro de 2020, às 14h, durante o 1º Seminário da Rede Fluminense de Pesquisas sobre Violência, Segurança e Direitos — Milícias, grupos armados e disputas territoriais no Rio de Janeiro.

 

O evento terá transmissão ao vivo pelo YouTube. A mesa terá a participação dos pesquisadores João Trajano Sento-Sé, Marcelo Burgos, José Cláudio Sousa Alves e Claudio Ferraz. Os comentários serão das antropólogas  Jaqueline Muniz e Ana Paula Miranda, ambas pesquisadoras vinculadas ao INCT/INEAC.

O seminário terá ainda um último encontro na sexta-feira (30), às 14h, com o tema “O Fenômeno das Milícias no Rio e em outros estados brasileiros”. A mesa virtual será formada por Rafael Soares, Bruno Paes Manso, Aiala Colares Couto e Carolina Grillo, com comentários de Paulo Baía, Pablo Nunes e Paula Poncioni.

 

Está disponível no nosso canal do Youtube (aqui) a Mesa de Conversa intitulada "Perspectivas empíricas sobre o direito", realizada na última quinta-feira, 22 de outubro, que contou com a presença de Fernanda Duarte (UFF/UNESA/InEAC), Rafael Iorio (UFF/UNESA/InEAC), Bárbara Lupetti (UFF/InEAC) e Michel Lobo (UVA/InEAC).

O seminário “Segurança na Universidade: Uma pesquisa interdisciplinar e aplicada”, realizado nos canais do Youtube da Unitevê, INCT/InEAC e da LARA, discutiu sobre como pesquisar, analisar e resolver os problemas causados pelos conflitos, sejam eles no ambiente universitário, seja no entorno dos campis, através do projeto Lara, financiado pela FAPERJ.

A mesa teve participação de Antônio Cláudio, reitor da UFF; Klarissa Platero chefe do Departamento de Segurança Pública; Lenin Pires, Diretor do Iac/UFF; Robert Kant de Lima Coordenador do INCT/InEAC; Carlos Alberto Molcher Coordenador do GTECCOM/EE e Juliana Vinuto, Professora do Departamento de Segurança Pública.

Durante o evento, o reitor reitera a necessidade de construir um olhar mais alargado para ver os conflitos e as situações de violência e deseja que o projeto dê certo. Kant, um dos coordenadores, comenta sobre transferir os dados da pesquisa para a sociedade e institucionalizar a ciência.

É comentado durante o seminário que a iniciativa surgiu na observação de uma série de incidentes que rondam as universidades públicas e por isso, pensar num conceito de segurança universitária. O objetivo do Lara é conhecer, fazer diagnósticos dos conflitos e saber dessas inseguranças estabelecendo um contato direto com os estudantes, professores, funcionários para conseguirem apontar essas situações e elaborar protocolos para solucioná-las.


O uso do laboratório será para criar, construir mapas e registros usando a tecnologia, pois a FAPERJ irá apoiar com computadores, câmeras de segurança, dentre outros tipos de conhecimento. Carlos Molcher comentou sobre a multidisciplinaridade do projeto na área tecnológica e na composição da equipe de diferentes setores como por exemplo, a tecnologia, engenharia, ciências sociais, engenharia de telecomunicação e segurança pública. O problema de segurança não é apenas relacionado a assaltos ou violência do tipo, mas também na manutenção de um elevador, da energia elétrica com os recursos da própria instituição.


Carlos ainda afirma a necessidade desse centro para concentração dos dados e assim serem feitas as análises. A UFF é um exemplo de cidade inteligente pelo fato de integrar a tecnologia para a melhoria de vida.

Segundo Klarissa Platero, o projeto fará o uso das ocorrências policiais denunciadas nas delegacias próximas dos campis das Universidade Federal Fluminense, de ferramentas de engajamento, e pesquisa de vitimização com a comunidade da UFF por meio de entrevistas, questionários e grupos focais por enquanto de forma online; essa pesquisa de vitimização é para saber sobre casos onde não houve a denúncia oficial e consequentemente, não aparecem nos dados.


De acordo com a professora Juliana Vinuto, a realização do projeto LARA tem como objetivo a comunicação contínua com a comunidade, fomentando um canal democrático de diálogo, prestar contas pelas ações promovidas e possibilitar um meio de direcionar os membros das comunidade universitária em falar sobre os conflitos.


Lenin Pires, finalmente, assinala que o projeto visa o congraçamento de conhecimentos disciplinares para possibilitar trajetos formativos que disponibilizem novos conhecimentos no mercado de competências envolvendo tecnologias para administração institucional de conflitos.

LARA auxiliará estudantes, docentes, técnicos e comunidade acadêmica a encontrar informações e soluções para administrar conflitos de diferentes naturezas no ambiente universitário e seu entorno.

Nascida do projeto "Universidade e Segurança: paradoxos nos processos de administração de conflitos em campi universitários do Estado do Rio de Janeiro", com financiamento da FAPERJ, reúne uma equipe interdisciplinar de profissionais de ciências sociais, engenharia de computação, estatísticos, geógrafos, profissionais ligados ao STI, entre outros.

Confira em anexo a programação completa do 11º Congresso Internacional de Ciências Criminais - "Jurisdição Constitucional e Reformas Penais em Tempos de Pandemia" - PUCRS, que acontece nos dias 11, 12 e 13 de novembro de 2020, na modalidade online.

 

Principais resultados da pesquisa Policiamento Ostensivo e Relações Raciais que será apresentada dias 21 e 22 out, às 16h no canal YouTube do InEAC (/ineac).
Confira a programação do seminário clicando aqui.

Policiais reconhecem existência do racismo, mas negam prática discriminatória; números apontam que pessoas negras têm entre 3 e 7 vezes mais chance de sofrerem violência policial

 

Nos dias 21 e 22 de outubro ocorrerá o Seminário Policiamento Ostensivo e Relações Raciais, que divulga os resultados da pesquisa coordenada pela UFSCar, num projeto em rede, com o apoio do INCT-InEAC, feito nos estados de SP, MG, RS e DF. A pesquisa enfocou o modelo de policiamento ostensivo e seus impactos na produção da desigualdade racial na segurança pública. A pesquisa foi financiada com recursos do CNPq.

Foram analisados dados quantitativos de prisões em flagrante e letalidade policial por cor/raça. Foram feitas entrevistas em profundidade com policiais militares sobre o tema polícia e racismo, permitindo conhecer o que policiais brancos e negros, oficiais e praças, pensam sobre o tema. O seminário contará com a exposição de pesquisadores e o comentário de policiais sobre os resultados encontrados.

Os resultados apontam que pessoas negras sofrem de 3 a 7 vezes mais punições do que as pessoas brancas.

Os policiais associam pessoas negras a atitudes “suspeitas”. A proporção de prisões em flagrante de pessoas negras em relação às brancas chega a ser até quatro vezes maior (ponderando o número de brancos e negros na população). As pessoas negras são alvo mais frequente de uso letal da força. A depender do ano e do distrito, a chance matemática de uma pessoa negra ser morta pela polícia é de 3 a 7 vezes maior do que a chance de um branco receber o mesmo tratamento. Esse quadro foi obtido por meio de dados oficiais de São Paulo e Minas Gerais, pois a deficiência das estatísticas dificulta fazer o acompanhamento em todos os estados.

Os policiais explicam que seu trabalho é baseado na busca ativa de atitudes suspeitas, que a grande maioria dos policiais descreve como sendo características corporais, de vestimenta, de gestual, de modo de andar e olhar, e até de cortar o cabelo. Dessa forma, não são atitudes impessoais que eles procuram, mas tipos físicos estigmatizados, estereótipos sobre o corpo e características culturais forjadas pelo racismo.

As instituições negam a existência de evidências de discriminação racial na atuação policial, o que dificulta discutir soluções para reverter o quadro e melhorar as técnicas de trabalho policial. Os cursos preparatórios não discutem diretamente os efeitos perversos do uso da força letal ou da filtragem racial, que vão desde o constrangimento sistêmico das pessoas negras em sua liberdade de ir e vir, à experiência de ser vítima da brutalidade policial; da desconfiança sistemática na relação polícia-sociedade, até a impunidade de pessoas brancas que cometem crimes sem se tornarem alvo da vigilância das guarnições.

As polícias não ensinam outros métodos de como fazer o trabalho preventivo sem que os policiais tenham que usar o olhar sobre o corpo como única base de sua decisão de intervir. Mesmo a tecnologia de informação empregada na ação policial está baseada em identificar corpos e rostos suspeitos e destacá-los da multidão.

Os policiais negros ouvidos pela pesquisa sabem que o método é discriminatório e violento. Alguns sentem receio de serem abordados por colegas quando estão a paisana ou dirigindo seus carros particulares. Os policiais também afirmam o orgulho de participar de uma corporação que emprega profissionais negros e favorece sua ascensão social, por meio do concurso público. A maioria dos policiais admite que exista racismo na sociedade brasileira, mas nega que a polícia seja parte do problema e, portanto, que possa fazer parte da solução.

 

Serviço: Seminário Policiamento Ostensivo e Relações Raciais

Dias: 21 e 22 de outubro de 2020, às 16 horas

Meio: Canal do Youtube do InEAC

Contato: Jacqueline Sinhoretto (Professora do Depto de Sociologia da UFSCar): (11) 99707- 5187 ; Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

Relatório completo da pesquisa disponível em http://www.gevac.ufscar.br/policiamentoostensivo-e-relacoes-raciais-relatorio-de-pesquisa/
No dia 21 de outubro será divulgado o sumário executivo, com os principais achados da pesquisa, no link acima.

Programação do seminário:
MESA I – POLICIAMENTO OSTENSIVO E FILTRAGEM RACIAL (21/10, 16h)
Eduardo Batitucci (FJP/InEAC)
Henrique Macedo (UFSCar/InEAC)
Gilvan Gomes da Silva (UnB/PMDF)
Juliana Leme (UFF/PMMG)
Mediação: Jacqueline Sinhoretto (UFSCar/InEAC)

MESA II – POLICIAIS E DESIGUALDADES RACIAIS (22/10, 16h)
Haydée Caruso (UnB/InEAC)
Felipe Zilli (FJP/InEAC)
Luiza Dutra (PUCRS/InEAC)
Major Albuquerque (BM-RS)
Mediação: Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUCRS/InEAC)

 

 

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